Capítulo 27

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Mary Narrando

Resmungo palavras e me mexo na cadeira em que estou amarrada.

Não consigo ver nada, meu rosto está tapado por um saco preto, ou um tecido... não sei ao certo. O que sei é que não vejo nada.

Sinto passos pela sala, chegando cada vez mais perto de mim e logo sinto uma mão puxando o que me venda.

- Mary Mikaelson. - Um homem com cabelos escuros se aproxima de mim. - Minha filha falou imenso de você.

- Sua filha? - Franzo o cenho, olhando ao meu redor.

- Ah... você não sabe. - Ele sorri. - Alicia é minha filha e você é quem está no caminho dela, pelo que eu sei.

Franzo cenho e minha mente entra em curto circuito. Eu não estou entendo nada do que sai da boca desse senhor... eu não estou entendendo mesmo.

- Eu acho que está havendo um equívoco, senhor. Eu não sou nenhum impace na vida de sua filha... - Olho ao meu redor, vendo mais pessoas. - Eu nunca fiz mal para ela.

- Eu nunca concordei em ter uma filha que trabalhou no meu de vampiros. - Minha boca se abre em espanto.

C-como? Ele sabe que somos vampiros? A Alicia também sabe?

- Vampiros? - Levanto uma sobrancelha, me fazendo de desentendida. - Isso é alguma piada?

- Não se faça de desentendida. - O mesmo segura os braços da cadeira, me olhando mais de perto. - Sabemos muito bem quem você é e o que os Bartholy são. - Fico tensa e escuto uma port abrir-se atrás de mim.

- Eu falei que não iam começar a conversar sem mim e o meu filho, Mattson. - A voz masculina atrás de nós chama meus sentidos para o modo On.

- Eu sei, Charles... - O pai da Alicia se afasta da minha cadeira e se coloca em postura. (Essa pessoa deve estar a cima dele.)

O tal Charles aparece em minha frente e abro os lábios ao encarar o meu aluno. (Loan?... Mas o que?...)

Encaro seus olhos, sem entender e ele me olha, não demonstrando reação nenhuma. Seus olhos estão sem vida, como se ele não estivesse realmente ali.

- Então... Uma Mickaelson... - Charles fala, me olhando. - Isso é interessante.

- Ela tem que morrer, Charles. - Engulo em seco e olho para o homem de cabelos esbranquiçados.

- Não matamos vampiros, não mais. - Ele sorri. - Não antes de descobrirmos o poder da imortalidade.

Franzo o cenho. "O poder da imortalidade"? Eles querem ser imortais?

- A imortalidade não existe, Charles. - O Mattson fala, se aproximando de mim. - Enfiamos nela uma estaca de prata no coração e ela morre. Disparamos umas das nossas balas tóxicas de prata e ela morre. - Ele olha para mim e fixo meu olhar no Loan. - Imortalidade tem fim.

- Tens razão, mas mesmo assim ainda existe. Viktor Bartholy, um original, nunca antes morto.

- Mero acaso. Nunca o conseguiram matar porque ainda não encontraram o homem certo. - Levanto uma sobrancelha.

Ah, eu fui capturada e eles estão mesmo discutindo o meu futuro na minha frente? É um método invulgar de captura.

- Olhem, eu não quero morrer, nem nada parecido, mas assim... vocês vão mesmo discutir meu futuro na minha frente? Estmaos na vida real, não num filme de ação. - Vejo o Loan esticar um pouco o canto da boca, mas logo se coloca sério de novo.

- Você fica calada! - Mattson vocifera e volta a se virar para o Charles. - Minha filha quer ela morta! Temos que matar ela.

- Sua filha quer ela morta porque se apaixonou por um monstro como ela. - Aponta para mim, sem me olhar. - Eu quero a imortalidade, a velocidade, a força... e eu vou ter. - Ele encara seus homens atrás de mim. - Levem ela para a sala de testes!

Arregalo os olhos e olho para o Loan, pedindo ajuda. Ele suspira e como se percebesse o meu imploro, ele acena. (Por favor... que ele chame a minha família.)

Nicolae Narrando

Ando de um lado para o outro inquieto e vejo a Madalena conversando no telefone com a família da Mary.

Infelizmente, por mais que eu não quisesse, também contactei o Viktor. A farsa dele pelos vistos é a única razão para a Mary ainda estar aqui com a gente. (Tenho que o agradecer por me trazer ela para minha vida.)

Madalena desliga e vem até nós.

- E então? - Me levanto apressado.

- O pai da Mary está doido... a mãe aos prantos. - Ela se senta perto do Drogo. - Eles vão vir o mais rápido possível e querem ser mantidos informados. - Aceno e me sento também.

- Peter ainda está de vigia com aquela garota? - Drogo acena e se levanta.

- Acho que vou substituir ele. O coitado deve estar morrendo de dor de cabeça. - Aceno e quando ele ia sair, a campainha toca.

Franzo o cenho e me levanto, correndo até à mesma e quando abro levanto uma sobrancelha.

(Esse não é o garoto que o Drogo e o Peter sempre falam?)

- O que fazes aqui, Huxley! - Drogo fala com raiva e se aproxima.

- Aguenta os cavalos, Bartholy. Estou aqui porque quero contar tudo. - Levanto uma sobrancelha. - Eu sei o que estão a fazer com a Mary e onde a estão escondendo.

- Entre! - Digo rapidamente.

Querendo saber de todas as informações. E não é que ele falou realmente tudo mais do que a Alicia?

Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora