Capítulo 22

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Mary Narrando

- Estamos chegando? - Pergunto ao Nicolae, que está atrás de mim, tapando meus olhos.

- Deixa de ser ansiosa. - Sussurra no meu ouvido e eu acabo arrepiando com sua voz. - Estamos quase lá. - Concentro-me nos sons ao meu redor.

Natureza, isso é o que tenho ao meu redor. Sinto o cheiro perfumado das flores e mais diversas vezes. Consigo ouvir os pássaros cantar. Eu não estou vendo, mas tenho certeza de que esse lugar é linda.

- Levante o pé um pouco mais alto. - Faço o que ele manda. - Isso, agora faz como se tivesse um objeto do chão, passe sobre ele. - Obedeço e ele beija minha bochecha. - Isso.

- O que tinha no chão? - Pergunto deitando minha cabeça em seu peito.

- Uma pedra. - Ele de repente para, colando nossos corpo. - Pronta? - Apenas aceno e ele sorri. - 1, 2... 3. - Ele tira a mão dos meus olhos e fico maravilhada com o que vejo.

Sem dúvida alguma esse é o lugar mais lindo que vi em toda a minha vida. A cor verde se destaca no ambiente. Desde as árvores maiores, até às pequenas relvas no chão. Vejo umas escadas de madeira, dando passagem para uma longa fenda. Me viro para o Nicolae, que me encoraja a olhar mais de perto.

Lentamente, começo a me aproximar, chegando nas escadas. Olho para baixo e vejo uma linda gruta, dentro dela tem uma piscina natural, com uma água tão clara que se nota o fundo coberto de areia. Olho para o Nicolae, que se aproximou agora mesmo e abraço ele.

- É lindo! - Olho novamente. - Vamos nadar? - Quase que começo a pedir interiormente que ele aceite.

Eu amo nadar. Eu e a Madalena muitas vezes fugíamos para nadar às escondidas. (Não era minha ideia, sempre dela.)

- Eu não sei. - Ela passa a mão no cabelo, colocando ele para trás. - Não trouxemos roupa de banho. - Sorrio.

- Quem precisa? - Ele enruga a testa confuso. - Ah, vai, Nicolae! - Coloco as mãos na cintura. - Nunca nadou de roupa interior.

- Claro que não. - Fico surpresa por um tempo, mas logo sorrio.

- Tudo bem, não quer ir, eu vou. - Levo a mão à balha da minha camisa e subo ela, ficando de sutiã.

Nicolae passa o olhar pelo meu corpo, de olhos abertos em espanto e sorrio.

- Se mudar de ideias. - Tiro os meus calções e me viro, indo até à beira.

- Você não está pensando em pular daí, não é? - Olho para ele por cima do ombro e sorrio.

- Nos vemos lá em baixo. - Pulo, indo na direção da água e assim que perfuro ela, a bela sensação de saudade me invade.

Sempre tive um pouco de loucura por isso, não sou tão certinha a ponto de não me divertir.

São debaixo da água e olho para a frente, vendo o Nicolae descer as escadas com as minhas roupas na mão e a maleta com as bolsas de sangue e tudo mais no ombro.

Nado até à pequena ponte e sorrio para ele, que está com uma cara de espanto e susto.

- Você ficou louca? - Sorrio e deito a cabeça para trás, molhando novamente meu cabelo.

- Ah, deixa de ser chato. - Sorrio. - A água está ótima. Não quer mesmo vir? - Faço um beicinho, vendo ele olhar a água, meio pensativo. - Você não sabe nadar? - Ele me olha e sorrio, recebendo a resposta. (O Nicolae não sabe nadar.)

- Não ria... - Fico séria e olho para ele.

- Vem. - Estendo a mão para ele e o mesmo nega. - Eu te ensino, vai ver que não é difícil. -

Vejo o Nicolae levar as mãos à sua blusa e sobe ela lentamente, me fazendo olhar o seu abdominal bem trabalho. Olho sem pudor para seu corpo, logo encontrando seu olhar, quando ele começa a tirar seus sapatos e calças. Logo que ele está livre para poder entrar na água, se senta ma pequena ponte e chego mais perto.

- Entra na água, aí se segure em mim. - Ele apenas acena e sorrio, vendo seu corpo mergulhar na água cristalina.

O contacto de seu pela branca com a água, é com certeza a oitava maravilha do mundo.

- E agora o que eu faço? - Ele pergunta, já com um braço em torno dos meus ombros.

- Para você não ir ao fundo, tem que mexer os braços e as pernas. - Ele faz o que digo, meio desajeitado e solto uma risadinha.

- Estou fazendo errado? - Nego.

- Isso é aprender a bolhar e você tá indo bem. - Sorrio. - Me dê suas mãos. - Ele nega.

- Nem pensar, você tá dizendo que preciso usar os braços e os pés. - Rio.

- Me dê suas mãos. - Meio relutante, ele me dá as mãos e começo a nadar para trás, puxando ele. - Bate os pés, como te ensinei. - Ele faz isso, meio brutamente. - Com calma, a água não tem culpa de não saberes. - Ele suspira e movimenta mais calmamente os pés. - Paro de nadar e chego seu corpo para o meu. - Na real, eu acho que um dia só não tem como aprender, mas quem sabe? Você é um vampiro, não morre.

- AH AH AH! - Ele solta uma gargalhada falsa e sorrio, soltando lentamente minha mãos da dele, sem que ele perceba. - Eu juro que eu nunca fui tão humilhado na minha vida. - Fico de frente para ele, vendo ele conseguir flutuar sem ajuda minha. - Fala a sério, Mary... eu posso me afogar. - Olha nos meus olhos e eu levanto uma sobrancelha.

- Pode não é? - Aponto para ele e ele se assusta vendo que está conseguindo sem minha ajuda.

- Eu sei nada? - Ele franze o cenho.

- Tenta. - Ele se deita na água e quase vai no fundo, mas sou rápida e seguro ele. - Movimenta os braços ou as pernas, pode escolher o que preferir, mas nunca deixe de o fazer. - Ele acena e tenta nadar até mim. (Não foi nada mau.)

- Eu estou conseguindo. - Ele fica feliz. - Olhe, Mary, eu estou mesmo conseguindo. - Rio e aceno, indo até ele e o abraço.

- Eu sabia que irias conseguir. - Olho seus olhos e sorrio.

- Que tal irmos beber um pouco e apanhar ler um livro? - Olho na direção da mini ponte e aceno.

Aceno, feliz por sua ideia e nadamos até à borda, dessa vez, sem o Nicolae precisar de ajuda.

Nota: Lugar onde o Nicolae levou a Mary

Nota: Lugar onde o Nicolae levou a Mary

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Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora