Mary Narrando
Acordo com um som de batidas na minha janela, batidas de um bico. Olho para fora e vejo a pequena coruja do outro dia. Sorrio e corro para abrir a janela para a mesma.
- Bom dia. - Toco seu bico. - Sabes, acho que vou te dar um nome. - Fico pensando em um e logo me encanto com o que vem à minha memória. - Já sei, irei chamar-te Moly. - Vejo a Moly voar pelo quarto parece que ela gostou do nome que lhe atribui. - Bom, Moly a conversa está muito boa, porém eu estou faminta e não quero que vêm ao meu para ter certeza que não fugi novamente. - Aliso suas penas.
Minha coruja abre as asas e anda pelo o ar, se afastado da mansão. Vou até ao banheiro e faço a minha higiene matinal. Logo de seguida, desço, estou mesmo com fome hoje.
Assim que entro na cozinha dou de caras com todos na mesa.
- Bom dia! - Me sento de frente para o Drogo, e do lado da Lorie.
- Bom dia! - Nicolae me responde educadamente. - Já íamos conferir se tinhas fugindo novamente. - Brinca.
- Me passou pela cabeça. - Finjo.
- Bem, nesse caso seria obrigado a te trancar no porão para ter a certeza que não fugirias! - Rio. - Não é brincando. - Nos encaramos, como se estivéssemos desafiando um ao outro.
- Ah... - Peter tenta mudar o tema da conversa. - Quando é que irás fazer a hipnose à escola, Mary?
- Estava pensando ir hoje mesmo. - Porém eu não sei onde é, precisaria de um guia.
- Passo! - Drogo nem dá tempo.
- Nicolae não pode ir. - Olho para a pequena ao meu lado.
- E porquê? - Nicolae pergunta para ela.
- Porque vens fazer compras comigo! - Diz, como se fosse óbvio.
- Lorie, eu não me lembro de termos falado sobre isso.
- Estamos falando agora! - Menina chata. (Não que eu quisesse ir com ele)
- Sendo assim. - Me levanto. - Acho que o Peter não se importaria de me acompanhar. - Sorrio para ele.
- Por suposto! - Se levanta. - Vamos? - Aceno.
Olha para Nicolae.
- Depois conto como correu. - - Ele acena. - Com licença. - Saio da sala com o Peter.
- Não ligues para a Lorie. - Olho para o Peter. - Ela só não está habituada a ter... bom, cunhadas.
- Certo. - Andamos até um carro desportivo. - É seu?
- Não, é do Drogo.
- Ele sabe?
- Vai saber depois. - Rio.
- Eu vou dirigindo! - Ando até ao lado do condutor.
- Sabes dirigir? - Arregala os olhos.
- Eu ficava fechada em casa, achas que não experimentava várias coisas para não me sentir aborrecida? - Abro a porta e me sento no banco, atrás do volante.
Quando chegamos na faculdade saio do carro ás pressas.
- Não precisas entrar comigo. - Aviso. - Podes ir para casa, eu decorei o caminho. - Sorrio. - Depois vou a pé.
- Eu não sei se o Nicolae vai...
- Ele não vai nada, assim como assim, nem estará em casa. - Vejo que ele não vai ceder. - Ok... olha, fazemos assim, quando passar mais ou menos uma hora, vens me buscar.
- Tudo bem então. - Ele sai do banco de passageiro e se senta no lado do condutor. - Até mais tarde.
- Até.
Vejo o carro se afastar e suspiro. Gosto de ter meu espaço, não quero um guarda-costas. Eu disse que queria um guia e ele já me guiou, não era necessário mais.
Olho para a faculdade e respiro fundo. Já tem muito tempo que não hipnotizo, pode ser um pouco difícil. Entro na mesma e me dirijo até à secretária.
- Ah, bom dia! - Cumprimento a funcionária. - Eu queria falar com o diretor de cá.
- Bom dia! - Me cumprimenta educadamente. - Vem falar sobre algum aluno?
- Ah... não, na verdade eu queria fazer uma inscrição, para dar aulas aqui. - Vejo ela ver algo no seu computador.
- Só um momento. - Aceno. Ela pega no telefone e digita um número nele. - Senhor diretor, tem aqui uma senhora que quer falar consigo... Tudo bem. - Ela desliga. - Pode entrar. - Ela aponta para a porta ao meu lado e em cima está escrito "gabinete do diretor".
- Obrigada. - Ando até à porta e bato. (Ouço um entre do outro lado) - Bom dia.
- Bom dia, sente-se por gentileza. - Sorrio e me sento numa das cadeiras à sua frente. - Em que posso lhe ser útil?
- Bem, gostaria de poder dar aulas nessa faculdade. - Sorrio. - Ouvi dizer que é uma bela faculdade e é ótima em termos de ensino.
- Como a senhora deve saber, veio muito em cima da hora. A prova disso é que as aulas começarão amanhã, e lamento informar que não tem lugares vagos. - Sorrio e olho bem em seus olhos.
- Eu não ache que seja bem assim. - Concentro-me na sua íris preta. - O senhor me dará uma vaga.
- Eu lhe darei uma vaga. - Me repete.
- Serei professora de literatura, e irá fazer com que as aulas do antigo professor se repartam comigo.
- Repartir as aulas.
- Tudo bem. Agora assine a inscrição. - Ele pega numa folha de inscrição e começa a preenche-la. Me entrega e eu assino meu nome na mesma. - Agora ligará para o antigo professor e dirá que suas turmas serão divididas entre nós os dois. - Ele pega no telefone e digita o número. Passo a mão em frente de seu rosto e ele não reage, sorrio.
Assim que ele fala com o professor, tiro minha hipnose.
- Ah... - parece confuso. - Bom, a senhora começa amanhã. - Sorrio.
- Muito obrigada. - Me levanto. - Tenha um bom dia. - Aperto sua mão. (Foi fácil demais.)
Sorrio para a secretária ao lado, fechando a porta atrás de mim.
- Até amanhã! - Ela sorri.
Saio de dentro do edifício e quando passo pelos portões, encontro o Nicolae com a Lorie do lado.
- O Peter? - Pergunto.
- Eu estava perto e como ele me falou que te deixou sozinha poupei a gasolina do carro. - Aceno. - Iremos a pé. - Sorrio. (Era mesmo isso que eu queria) - Como correu? - Sorrio orgulhosa.
- Amanhã eu começo o meu emprego. - Caminhámos lado a lado. Olho para a Lorie, que não está com uma cara muito boa. - Gostas-te das compras, Lorie? - Ela me olha com cara feia.
- Não é da tua conta!
- Lorie!! - Ela revira os olhos, quando o Nicolae a repeende.
- Eu adorei. - Fala cínica.
Quando chegamos a casa todos nós fomos nos sentar na sala de estar e eu contei como tinha corrida a hipnose e tudo mais.
- Que tal irmos caçar hoje? - Drogo sugere. - Quero esticar minhas pernas.
- Por mim. - Peter disse. - Vais vir, Mary?
- Sim! - Falo animada (eu amo caçar).
- Então, se todo o mundo está de acordo. - Ele diz por fim. - Vão se preparar. - Acenamos e vamos cada um para seu respetivo quarto.
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Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]
FanfictionAs pessoas em Mistery Spell já começam a estranhar o facto de Nicolae Bartholy nunca ter sido visto com uma mulher. Então para que esses boatos terminam, Viktor Bartholy, seu criador, toma a iniciativa de encontrar uma noiva e é aí que aparecerá Mar...