Capítulo 16

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Mary Narrando

Chego na faculdade e como já estou um pouco atrasada atravesso de imediato todos os corredores. Quando chego na minha sala, vejo alguns alunos a sair da sala.

- Não, não... - Rio. - De volta para vossa sala, eu não vou dar um furo a vocês! - Rio baixinho.

- Ah, não, Mary. Sério isso? - A Sarah resmunga.

- Menos refilos e mais andar. - Olho para Sarah. - Para além disso, eu sei que devem estar entusiasmados com as peças, vamos sortear hoje! - Escuto alguns resmungos, mas não muitos.

Entramos na sala.

Coloco minha mala na mesa e sorrio para eles.

- Desculpem ter me atrasado meninos, é que tive que levar minha cunhada na escola. - Me sento em cima da mesa e pego o meu livro de ponto. - Estamos todos presentes?

- Sim! - Respondem em unisom.

- Certo. - Sorrio. - Eu já criei todos os grupos, querem saber? - Sorrio.

- Não temos outro remédio. - Rio.

- Exatamente, Vicente! - Sorrio para ele. - Bom, os grupos que eu fiz, eu acho que foram os melhores, não tem como trocar caso não gostarem do par! - Escuto múrmuros. - Eu avisei que podiam escolher, mas quiseram que fosse eu.

- Certo, Mary! Continue... - Ana sorri para mim, ela é uma menina muito doce.

Continuo minha aula, digo todas as informações para o que acontecerá.

- Agora que já sabem de todos os grupos e como irá funcionar. - Me levanto da mesa e pego minha bolsa. - Podem sair, mas sem fazer barulho! - Eles riem e saem.

Pego todas as minhas coisas e ando para a sala dos professores, tenho que saber o que irei fazer com a turma B, eu não quero fazer peças com eles também, mas não quero ser maçante também.

- Professora Mary! - Escuto uma voz masculina antes de poder entrar e me viro (Ah não... o Loan).

- Sim? - Ele chega mais perto.

- Eu estava a pensar se a professora não podia me dar umas explicações em privado. - Cerro os olhos. - Eu tentaria ao máximo melhorar.

- Lamento imenso, Loan. - Encolho os ombros. - É que nós professores não podemos dar explicações a nossos alunos, é contra a lei. O melhor a fazeres é pedires ao meu colega que também dá português. - Ele chega mais perto.

- Mas quem disse que quero explicações da matéria, professora? - Cerro os dentes.

- Do que mais seria? - Faço de desentendida.

- Ora professora... - Tenta tocar meu braço, mas me afasto e lhe olho ameaçadoramente (Ele ri baixinho). - Nós podíamos aprender tanto juntos.

- Loan! Comporte-se ou terei que lhe dar uma advertência!

- Ah, qual é Mary... Eu sei que você reparou em meu corpo, tanto quanto eu reparei no seu. - (Vai sonhando). - Nós podíamos aprender um pouco sobre a anatomia humano, juntos. - Rio.

- Eu tenho uma pessoa com quem posso estudar isso. - Bom, mentira não é.  - Não preciso de um menino me ajudando a estudar. - Agarro a maçaneta da sala. - Agora se me dá licença, tenho meu trabalho para fazer! - Abro a porta.

- Você ainda vai me querer, gata!

- Mais respeito, garoto! - Entro na sala pisando duro, moleque insuportável!!

Passei a hora que tinha livre toda fazendo um novo tema para meus alunos. Eu não sei nem como vou conseguir olhar para aquele Loan sem vomitar.

Arrumo tudo em minha mala e me levanto, despedindo-me de todos os outros professores presentes no espaço.

Is it love? Nicolae Bartholy [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora