Capítulo 13

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O final de semana chegou e iríamos na casa de um casal de amigas da Mari, em pensar que no começo eu achei que ela estava brincando comigo quando a vi com a loira no resort. Porém aquela mulher é muito bem casada com a advogada que está cuidando do meu caso. Chamamos Miguel pra ir só que o mesmo disse que iria aproveitar a folga dele na praia com algum boy que ele conheceu recentemente.

Estou morando na casa de Mari já tem uns dias, eu vejo o quanto ela quer que eu me sinta confortável aqui, mas estou com saudade do meu cantinho. Não sei até quando vou precisar ficar aqui, eu sei que é pra minha segurança. Gizelly avisou a minha namorada hoje pela manhã que Paola já havia recebido o documento da medida protetiva e foi chamada pra uma reunião com o seu superior pra saber o que significava aquilo.

- Já tá pronta Bi? - Mari perguntou entrando no quarto.

- Só falta o batom. - respondi.

- Você é boa nisso. - ela disse me olhando pelo espelho.

- No quê? - perguntei.

- Em maquiagem. - ela respondeu sorrindo.

- Você sabe que meu sonho é abrir uma empresa nesse ramo. - falei me levantando.

- E você vai. - ela disse segurando na minha cintura e me dando um selinho.

Entrelaçamos nossos dedos e descemos, nos despedimos de Mel e saímos de casa, um dos carros de Mari já estava parado fora da garagem, dessa vez ela estava indo com uma Ferrari, eu não sei quantos carros tem dentro da garagem dela, só sei que ela gosta de exibir todos eles. Minha namorada abriu a porta do carro para que eu entrasse e fechou logo em seguida indo até Rods que estava parado ao lado de uma SUV preta.

- Ele vai com a gente? - perguntei assim que ela entrou no carro.

- Vai. - ela respondeu me dando um selinho.

Logo Mariana deu partida no carro arrancando dali rapidamente, conectei minha playlist da Spotify e começamos a cantar uns pagodes brasileiros que gostávamos de ouvir. Minha namorada já havia dito que elas moravam um pouco longe, 40 minutos depois um portão imponente foi aberto depois da Mari ter se identificado no interfone. A subida até a casa era repleta de pinheiros enormes e muito bonitos, quando chegamos até o alto pude ver a imponente casa que tinha ali, casa seria apelido, era uma verdadeira mansão.

Quando minha namorada parou o carro um homem muito bonito por sinal abriu a porta do carro pra mim. Agradeci com a cabeça e minha namorada sorriu pra ele o cumprimentando, atrás Rods já estava conversando com um outro homem que parecia que já se conheciam a anos. Não demorou muito pra presença da loira aparecer na porta da mansão com um sorriso de ponta a ponta.

- Hoje chove em LA. - ela disse rindo.

- Não começa sua branquela. - Mari disse revirando os olhos e a abraçando em seguida.

- Quando a Gi me avisou que vinha almoçar aqui não acreditei. - ela disse tirando minha namorada do chão e rodopiando com ela.

- Me bota no chão Marcela. - Mari disse dando dois tapinhas no ombro dela.

- Não pode nem mais ser carinhosa, antes você gostava dos meus carinhos. - a loira disse com um bico nos lábios.

- Deixa eu te apresentar, essa é Bianca Andrade minha namorada. - Mari disse me puxando pra mais perto.

- É um prazer conhecer a mulher que está deixando minha amiga caidinha. - ela disse me puxando pra um abraço.

- O prazer é todo meu Marcela. - falei sem graça pois não esperava um abraço naquele momento.

- Mari me disse que você pensou que tínhamos algo, ela até queria quando nos conhecemos sabe, mas eu dei um fora nela. - Marcela disse fazendo Mari rir, quando eu ia responder Gizelly chegou.

- Inventando história da carochinha de novo amor? - Gizelly perguntou abraçando a loira pela cintura.

- Merda! Você nunca deixa eu terminar. - a loira disse rindo e percebi que o senso de humor dela era alto.

- Vamos entrar. - Gizelly disse depois de nos cumprimentar.

Aquela casa era enorme bem que Mari havia dito, eu acho que me perderia aqui todos os dias se passasse a morar, se duvidar elas devem andar com aqueles carrinhos de campo de golf. Acompanhamos elas até um salão enorme que devia ser a sala de estar, mas dava muito bem pra morar somente nessa sala. Sentamos num sofá e Mari continuou com os dedos entrelaçados com o meu.

- O que querem beber? - Marcela perguntou.

- Eu quero um gin tônica. - Mari disse. - E você amor? - me perguntou logo em seguida.

- Vou te acompanhar. - falei tímida.

- Bia, não precisa ficar acanhada aqui. Eu não sou sua advogada nesse exato momento, sou amiga da sua namorada e sou sua também se você quiser. - Gizelly disse nos entregando a bebida.

- Certo. - falei sorrindo.

Aos poucos eu fui me soltando e percebi o quão aquelas duas mulheres eram importantes na vida da minha namorada. Consegui me enturmar aos poucos e já no almoço lá estava eu contando todos os meus sonhos, Marcela se interessou pela empresa de maquiagem que eu pretendia abrir e disse se eu não queria um sócia. Fiquei feliz e marquei de conversar com ela daqui há algumas semanas. Terminando o almoço fomos pro lado de fora onde tinha a piscina e a poucos metros tinha uma quadra que Mari me disse que era um dos melhores lugares da casa e todo final de ano elas disputavam futebol e vôlei ali com todas as amigas.

Fomos embora no final da tarde, mas antes troquei número com Marcela pra conversarmos sobre o negócio que eu queria abrir. Chegamos em casa já era noite, mas ainda estava claro, me lembro dos primeiros dias em nessa cidade não havia me acostumado de tudo escurecer mais tarde.

- As meninas amaram você. - Mari disse deitada na cama.

- Eu amei elas também e estou empolgada pela conversa com a Marcela. - falei sorrindo e deitando em cima dela.

- Eu vi, a Ma investe em muitos negócios. - ela disse me dando um selinho.

- Obrigada. - falei acariciando o seu rosto.

- Pelo o quê? - ela perguntou.

- Por tudo que anda fazendo por mim, eu não terei como lhe pagar por tudo isso. - falei sorrindo fraco.

- Você não precisa me pagar nada, desde que continue com esse sorriso lindo que eu amo. - ela disse invertendo as posições e ficando em cima de mim.

- Eu te amo. - falei segurando seu rosto com minhas duas mãos.

- Te amo muito mais. - ela disse me beijando.

Depois do beijo nossas roupas já não estavam mais em nossos corpos e nos amamos a noite toda, caindo exaustas no começo da madrugada e dormindo agarradas como sempre fazíamos. Eu me sentia segura nos braços da Mari e sabia que enquanto eu estivesse com ela ao meu lado nada aconteceria e poderíamos enfrentar tudo que estivesse por vim.



Até o próximo capítulo!

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