A surpresa

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Daniel.

Eu estava decidido, iria pedir Rebeca em casamento. Mas eu queria que isso fosse especial, que esse momento fosse inesquecível em nossas vidas. Por esta razão pedi a ajuda de Cíntia, pois ela sendo sua grande e melhor amiga, saberia todos os gostos de Rebeca. Então liguei para Cíntia e disse que precisava conversar com ela urgentemente, e marcamos de nos encontrar na edícula depois do trabalho.

_ É então guitarrista, o que você queria falar comigo de tão importante? _ Cíntia pergunta sentado no velho sofá.

_ Eu preciso da sua ajuda!..., Pois pretendo pedir Rebeca em casamento, e quero que isso seja especial! _ Digo vendo ela me olhar boquiaberta por alguns segundos. Depois Cíntia dá um grito estridente, e vem me abraçar.

_ Não acredito nisso! ... Rebeca vai surtar quando você fizer isso!....mas o que você tem em mente? _ Ela pergunta toda animada.

_ Eu quero que seja inesquecível para ela, por isso quero sua ajuda!... você conhece bem mais os gostos de Rebeca do que eu!

_ Acho que tenho uma ótima idéia!...., Você pode levá-la para jantar na cantina italiana que ela adora, e bem no meio do jantar pedi- lá em casamento com uma música ao fundo!..., Vi isso num filme uma vez, é achei tão romântico!...., Eu ia adorar ser pedida em casamento assim, e não com a presença de toda minha família como quando Arthur me pediu em casamento!... Com meus irmãos debochando de mim! _ Ela diz me fazendo imaginar aquela cena.

_ Se você acha, com toda certeza Rebeca também vai gostar!.

_ Gostar!?.... ela vai se debulhar em lágrimas, qual mulher não adoraria isso! _ Cíntia comenta, me dando ainda mais certeza de seguir sua ideia.

_ Vou fazer isso, mas não diga nada a Rebeca, quero que seja surpresa!...e Cíntia, obrigado por me ajudar!

_ Disponha, Daniel!...eu faço qualquer coisa para ver minha amiga feliz! _ Ela afirma, me deixando aliviado por aquele clima ruim entre nós ter acabado.

Sigo o conselho de Cíntia, e revervo uma mesa na cantina italiana no dia seguinte. Agora só falta arrumar uma desculpa para levar Rebeca até lá, e tentar conter minha ansiedade. Mas nada iria me fazer desistir dessa idéia, eu realmente desejava fazer de Rebeca minha mulher de verdade.

******

Era noite de quarta, o dia que levarei Rebeca até a cantina. Envetei a desculpa que queria comemorar o tempo que estamos juntos, e ela concordou sem ao menos questionar. E fiquei aliviado por isso, não sei se saberia mentir se ela ficasse questionando ó porque do meu convite.

Estava muito nervoso, e andava de um lado para o outro. E já começava a suar debaixo daquela camisa azul que havia escolhido para a ocasião. Rebeca estava demorando muito para se arrumar, e assim me fazendo ter um ataque cardíaco. Mas quando eu á vi entrar na sala vestido daquele jeito, agradeci mentalmente por ela ter demorado. Ela estava incrível naquele vestido pérola com um decote bem cavado, com seus cabelos trançados e um sorriso resplandecente no rosto.

_ Estou quase desistindo deste jantar!...com toda certeza os homens daquela cantina vão ficar babando por você, em vez do cardápio! _ Comento chegando mais perto dela.

_ Deixa de bobagens Daniel!..., não estou tudo isso!...., Porém eu acho que é você, que vai chamar a atenção de todas, e eu realmente não vou gostar nenhum pouco disso! _ Rebeca diz entrelaçando seus braços no meu pescoço.

_ Não se preocupe com isso! Pois eu só tenho olhos para você! _ Á beijo intensamente.

_ Nós poderíamos ficar aqui e curtir essa noite sozinhos, sem mais ninguém....o que você acha? _ Ela sugeri me deixando tentando.

_ Boa tentativa Rebeca Munhoz!...mas nós vamos a cantina hoje!

_ Tudo bem!...,mas se alguma mulher por lá ficar babando por você, eu não respondo por mim! _ Rebeca afirma bancando a ciumenta, mas sei que aquilo é apenas brincadeira dela.

O lugar ficava muito longe, então não demorou muito para chegarmos. A cantina realmente era um lugar aconchegante e bem simples, não se parecia em nada com os restaurantes de luxo que eu frequentava quando era famoso, mas adorei o ambiente. Fomos até a mesa que havia reservado, um lugar um pouco mais afastado como havia pedido. Já que não queria chamar  muita atenção dos outros clientes quando fosse fazer o pedido a Rebeca.

_ Eu adoro este lugar,  me sinto tão avontade,e a comida é ótima! _ Rebeca comenta, enquanto esperamos pelo cardápio.

_ Que Bom, então acho que acertei na escolha!

_ Acertou sim!, Já fazia um bom tempo que não venho aqui!... pois minha vida tem se tornado tão corrida, que mau sobra tempo para me divertir.

_ Mas pode ter certeza que essa noite vai ser inesquecível! _ Afirmo olhando para ela.

_ Nossa!....O que você está tramando senhor Daniel Massao? _ Rebeca Indaga apoiando as mãos no queixo e me encarando.

_ Nada!... apenas quero você se divirta um pouco! _ Minto tentando disfarçar minha real intenção. Rebeca apenas sorri e começa a ler o cardápio. Também faço o mesmo, mas sentindo meu coração disparar, ao pensar que a cada minuto se aproximava o momento ,para que eu fizesse o pedido.

Jantamos tranquilamente, conversamos sobre vários assuntos e relembramos nossos tempos de colégio. Rebeca estava realmente alegre naquela noite, e acha que isso foi efeito das duas taças de vinho que ela tomou. Enquanto eu só fiquei no suco, pois havia banido de vez as bebidas alcoólicas da minha vida. Já que quase acabei com o resto dela por causa disso.

Mas quando a sobremesa ia ser servida, eu sabia que havia chegado a hora. Tinha pedido que tocassem  a minha música Alma gêmeas, e também que trouxessem a caixa com o anel de noivado no prato da sombessa. Então a som do violino invadiu a cantina com a melodia que eu havia composto para Rebeca a dez anos atrás. Eu á vi levantar os olhos e encarar os músicos, parecendo surpresa.

_ Eu conheço essa melodia! _ Rebeca praticamente sossurra. E eu apenas fico em silêncio esperando o momento de agir.

_ Senhorita Rebeca, ....isto é para você! _ O garson diz colocando o prato em sua frente, com a caixinha  do anel.

_ O que significa isso? _ Ela Indaga não entendendo nada.

_ Acho melhor você abrir, então saberá! _ Digo, me preparando para fazer o pedido.

Vejo Rebeca pegar a caixa com as mãos trêmulas, ela a abre devagar revelando então o anel em formato de flor de cerejeira que foi da minha mãe. Ela me encara com o olhos marejados, mas não diz nada. Neste momento eu me ajoelho e pego o anel, e seguro uma de suas mãos, olhando finalmente para ela.

_ Rebeca!.... você me dá a honra de ser minha esposa, e viver ao meu lado todo o resto dos dias da minha vida?....me fazendo assim ser o homem mais feliz e realizado do mundo!.... você aceita, se casar comigo? _ Pergunto sentindo um nó na garganta, e tentando conter meu nervosismo. Enquanto Rebeca continua em silêncio, me encarando e quase me provocando um infarto esperando pela sua resposta!

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