Uma esperança

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Rebeca.

Quando sai da delegacia estava tão abalada por tudo que havia acontecido, e pela conversa que tive com Daniel que acabei passando mau. Tive que ir para o hospital, e ficar aquela noite toda sendo medicado até que minha pressão se normaliza - se, só tive alta na tarde do dia seguinte. Quando cheguei em casa, somente o vazio me esperava. E me perguntava se aquilo era um pesadelo, que eu não poderia estar vivendo tudo aquilo novamente. Que mais uma vez, Daniel havia sido tirando de mim e que novamente, eu estava condenada a estar longe dele.

Durante aquela tarde minha mãe estava lá de plantão, a todo momento querendo que eu me alimenta- se. Ela já sabia sobre minha gravidez, contei para ela quando foi me buscar no hospital. Infelizmente não era assim que eu queria ter dado está notícia. Mas às coisas não aconteceram como eu havia planejado.

_ Vamos Rebeca!....como só um pouquinho dessa sopa! _ Minha mãe insistia mais uma vez, me entregando uma bandeja.

_ Mãe, eu não consigo comer nada! _ Resmungo, já me sentindo enjoada.

_ Rebeca, escute sua mãe!...sua pressão ainda está baixa, e se não se alimentar um pouco, vai acabar voltando para o hospital! _ Cíntia diz acabando de pedir minha pressão. Ela também estava comigo, saio do plantão apenas para cuidar de mim.

_ Tudo bem, só não prometo que a sopa vai parar no meu estômago! _ Me dou por vencido dando a primeira colherada.

_ Isso mesmo meu anjo!... você tem que ficar forte, ou como vai poder ajudar Daniel a sair dessa! _ Minha mãe diz afagando meus cabelos.

E só de pensar que ele está lá naquela delegacia, preso injustamente tenho vontade de chorar. Mas tento afastar esses pensamentos, e comer mais um pouco. Não poderei ser de grande utilidade se passar mau outra vez e ficar enternada. Felipe já está bastante triste sem Daniel aqui, já que menti dizendo que ele havia feito uma viagem e voltarei logo. Imagina como meu filho ficarei se eu também ficasse longe dele. Eu tinha que arrumar forças, e tentar até o impossível para tirar Daniel daquele lugar.

Na manhã seguinte acordei mais disposta. Os cuidados da minha mãe e Cíntia me fizeram bem, e dormir abraçadinho com Felipe também ajudou bastante. Dou um beijo nele que ainda dormia como um anjo, e vou para cozinha. Encontro Léo sentado na mesa, tomando uma xícara de café. Minha mãe só corcordou em ir embora, quando aceitei que meu irmão passasse a noite aqui, para me ajudar caso precisasse.

_ Bom dia, mana!...., Como está meu sobrinho hoje? _ Léo diz olhando para minha barriga.

_ Ainda eu pouco enjoado, mas isso passa logo! _ Digo me sentando perto dele.

_ Ei! Beca..., não se preocupa, vamos arrumar um jeito de provar que Daniel é inocente!

_ Como, Léo?...se todas as provas apontam para ele?....,e só temos mais um dia até ele ser transferido para o presídio!

_ Não sei, ter que um jeito de....., Espera! Por que não pensei nisto antes?... as câmeras de segurança, Rebeca!... podemos ver as imagens, então veremos quem pegou o dinheiro na sua sala e colocou na mochila de Daniel! _ Léo afirma me enchendo de esperança.

_ Leonardo Munhoz, você é um gênio! _ Digo ó abraçando.

_ Vá se arrumar mana!... pois vamos a caça desse criminoso! _ Meu irmão comenta, convicto que descobririamos quem fez aquilo com Daniel. E eu rezava para que isso acontecer .

******

Quando saíamos de casa fomos direto para a empresa que fazia a segurança do colégio. Não foi difícil conseguir as gravações das imagens daquele dia fatídico. Agora só tínhamos que analisar como minuto de gravação e esperar que o verdadeiro ladrão desse as caras.

Léo olhava atentamente as imagens no seu notebook, enquanto eu estava sentado do seu lado morrendo de ansiedade. Vimos quando eu e Daniel chegamos no colégio, quando eu parei para conversar com Viviane e ela me entregou o envelope. A próxima filmagem e de mim, entrando na sala e guardando o dinheiro na gaveta. Minutos depois, eu saio meia apressada da sala, foi no momento que fiquei enjoada e tive que ir ao banheiro. Já havia se passado quase duas horas de filmagens e nada, e eu já começava a ficar desisperada.

_ Achei!!!...eu sabia! , Pode comemorar Rebeca, hoje mesmo Daniel volta para casa! _ Léo comemora me fazendo olhar para o notebook.

Ele volta a filmagem, então vejo o verdadeiro culpado. Ou melhor a culpada!. Para minha surpresa quem aparece entrando na minha sala no momento de distração de Viviane, é Verônica. Ela vai direto para minha mesa, abre a gaveta com a chave que deixei no trinco, tira o envelope  lá de dentro, então coloca outro da mesma cor. Fico totalmente atordoada com aquilo, imaginando ó porque dela estar fazendo isso. Será apenas por vingança, por Daniel não querer nada com ela, e depois voltar para mim.

_ Não acredito nisso!... é Verônica a professora de inglês! _ Digo abismada.

_ É por que ela faria isso?

_ Não sei.... Talvez por que Daniel preferio ficar comigo em vez dela!

_ Não sei, isso está muito estranho!... ninguém em sã consciência se arriscaria assim somente por vingança!....olha só! Foi ela também que colocou o dinheiro na mochila de Daniel! _ Léo diz mostrando a filmagem de Verônica entrando no depósito e mexendo na mochila de Daniel, depois ela sai voltando para a sala de aula como se nada havia acontecido.

_ A verdadeiro razão dela ter feito isso vai aparecer!... agora precisamos urgentemente levar essas imagens para o advogado, para que o quanto antes ele tire Daniel daquela delegacia! _ Afirmo pegando minha bolsa e saindo com Léo, direto para o escritório do advogado.
Se tudo corresse bem,e eu esperava que isso acontecesse. Daniel estaria livre, e junto conosco novamente, e eu não via o momento de poder abraça- ló e dizer a ele ó quanto eu o amo!.

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