Sabedoria

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Elisa narrando:

Derek era um homem-lobo, mas poderia ser tranquilamente um carro de fórmula 1. Ele me levou rapidamente para a Torre de Pisa, eu precisava da segunda pedra e precisava sair da Itália.

Mas acima de tudo isso, eu precisava de Andrew.

Mas que droga.

Eu não podia.

Não podia me apaixonar por ele.

Eu o magoara quando ele só estava tentando me salvar.

Eu não podia continuar alimentando qualquer coisa que eu pudesse estar sentindo por ele para não o machucar.

Eu não iria machucá-lo mais. E por mais que isso doesse em mim profundamente como se uma faca tivesse atravessado meu coração, era a única coisa que eu podia fazer para protege-lo.

De mim.

Eu definitivamente não deixaria o sol nascer.

- Você está bem? – Derek perguntou enquanto andávamos para os pés da Torre de Pisa, já não estava mais transformado e alguns turistas passeavam por lá. – Senti sua falta.

- Estou bem. – falei, mesmo que tudo dentro de mim estivesse dilacerando aos poucos com a decisão que eu acabara de tomar – Talvez eu devesse me afastar de tudo quando isso passar.

- Está falando de Andrew? – ele perguntou, assenti, relutante – Talvez ele não seja o cara certo pra você.

- A verdade é que eu não sou a pessoa certa para ele. - Derek me olhou, confuso, então continuei – Olha pra mim, Derek, eu sou uma humana frágil, estúpida e idiota que poderia ter evitado metade dos meus problemas se tivesse parado e pensado um pouco.

- Sabe o que eu vejo quando olho para você? – ele perguntou, não respondi – Vejo a garota com os olhos mais lindos que já vi, doce, gentil e corajosa que já se livrou de vários sanguessugas malignos e não parou de pensar na família nem por um momento.

- Está falando isso para ser legal. – falei, sem graça.

- Eu já sou legal naturalmente. – respondeu, eu ri – Sabe o que eu pensei quando a vi pela primeira vez naquele acidente? – neguei com a cabeça – "Caramba, que sorte a minha ter batido em uma garota tão linda". – rimos juntos.

- Tá, - comecei – você é um idiota.

- Um idiota bem legal, vai. – ele colocou a mão no bolso e tirou de lá a pedra vermelha e o mapa – Creio que isso seja seu. – entregou-os para mim.

- Obrigada. – falei, pegando os objetos – Pensei que os tivesse perdido.

Chegamos aos pés da Torre de Pisa. Alguns turistas estavam lá perto, portanto precisávamos ser discretos. O fato de estar de manhã era um fato que me deixava mais segura. Tínhamos muito tempo antes de escurecer e aparecer algum clã querendo me matar.

- O que estamos procurando? – ele perguntou.

- Qualquer coisa que sirva como um botão com uma escadaria assustadora para baixo.

- Acho que uma coisa assim não pode ser tão difícil de encontrar.

Olhamos toda a Torre de Pisa antes de o mapa começar a brilhar, como o primeiro. Derek pareceu abismado, provavelmente por não estar vendo o mesmo que eu. Usei o mapa como guia e para minha surpresa, ele me levou para cima. Entrei na torre e quanto mais eu me aproximava do destino, mais ele brilhava.

Em um certo momento, passei por uma espécie de parede transparente a qual Derek não conseguia passar.

- Preciso seguir sozinha a partir daqui. – falei a ele.

As Chaves do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora