Depois de um trágico acidente e uma perda abrupta, Heaven é obrigada a ir morar com o pai rico, cujo nunca teve contato.
Os desafios começam quando o temperamento difícil da jovem vem à tona, mostrando o quanto será árdua e demorada tal aproximação...
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Sinto minhas costas doer e minha cabeça pesar tanto, a ponto de achar que ela está inflando. Ouso me movimentar e virar para o outro lado da cama, rapidamente passando a fechar os olhos de forma calma e me xingar mentalmente por ter permitido que Ethan tenha dormido aqui. Solto um longo suspiro antes de levantar e passar para o outro lado, cutucando o braço do moreno. O faço diversas vezes, mas não obtenho retorno.
— Deve estar tendo algum sonho erótico — balbucio, liberando os vidros da janela das cortinas.
— Eu ouvi isso — sobressalto.
— Me assustou — caminho para perto dele. — Levanta, ou vamos chegar atrasados.
— Que horas são?
Quando penso em respondê-lo, batidas na porta me assustam novamente, meu coração quase salta pela boca quando lembro-me que não tranquei. Merda. Merda. Merda.
— Heaven?
Fico em silêncio por alguns segundos, mas Ethan faz questão de piorar ainda mais nossa situação quando decide abrir a boca para fazer um questionamento.
— E se ele entrar? — está parado próximo à mim.
— Ele nunca entra sem bater — sussurro limpando a garganta. — Joe, ainda está aí?
— Estou — ele responde sem hesitar.
— Eu estava no banho, acabei de sair — fico imóvel no lugar, pensando em como agir. — Pode esperar lá embaixo?
— Posso, só passei para avisar que o Victor não vem hoje.
— Ah, tudo bem — minha voz está mais trêmula. Olho para Ethan e percebo ele rindo. Idiota.
— Aliás, você sabe de quem é aquele Honda aqui na entrada? — estremeço. — Quando cheguei já estava aqui.
— Não, eu não faço ideia. Vou me trocar e falamos disso quando eu descer.
— Tudo bem.
— Acha que ele acreditou nisso? — Ethan continua falando baixo.
Faço sinal de silêncio para ele, espero que os passos finalmente se afastem no corredor e trato de apressar o garoto para que pegue suas coisas.
— Pega suas coisas e espera no corredor. Eu vou tentar distrair ele e você sai.
— Acha mesmo que ele vai cair nessa? — indaga se aproximando da porta comigo.
