As semana se passaram e assim o primeiro mês foi embora carregado de missões pelo país, sua grande maioria poderia ter sido cumprida por soldados mais experientes ou capos e seus filhos, elas foram relativamente tranquilas.
Tudo bem que ninguém me disse que seria fácil, mas também não me disseram que seria chato assim por que estou apenas trabalhando e nem ao menos consegui aproveitar minha casa, nem minha cama me viu muitas vezes ainda apenas por ter que conquistar a confiança daqueles velhos babacas.
Retornei pela madrugada para estar presente no aniversário de Katherine, a pequena completa seus quatro anos hoje e nem parece que se passou tanto tempo, a conheci ainda antes de completar seu primeiro aninho e tantas coisas mudaram.
Dimitri me comunicou que não tenho missões por enquanto, mas algumas reuniões com ele e outras com o Conselho, resumindo, terei que aguentar um monte de homem chato no meu calcanhar.
Agora estou aqui no meu carro seguindo para o shopping afim de encontrar Ariane e Victoria que praticamente me intimaram. Isso é até estranho, mas depois que tomei as rédeas da minha vida passei a gostar de coisas assim.
Não tenho amigas além delas, na verdade nunca tive. As meninas que tinham a minha idade dentro da Máfia sempre falavam comigo para chegar até minha idolatrada irmã futura - nos sonhos dela - primeira dama. Com o tempo apenas me cansei de tentar ter uma amizade que não iria para frente nunca, então me fechei.
Já quando fui morar em Londre meu tempo passou a ser corrido com treinamento em cima de treinamento. Tive que aprender tudo da iniciação, passar por ela e depois podemos dizer que praticar o que me foi ensinado até chegar em um nível bom, passava dia e noite focada nisso por que era o que alegrava e tirava algo de útil de dentro de mim.
Quando cheguei nessa etapa usava meu tempo em missões tanto pelos americanos quanto pelos ingleses, também me ocupava bebendo ou com homens, tudo para minha mente ficar sempre focada em algo.
A única amizade que fiz foi com Willian que foi algo inesperado, no entanto apesar da distância me mantive sempre próxima das duas o que nos tornou amigas, apesar de afirmar que só foi possível pela insistência das duas após minha ida.
- Você não se cansa de cores monótonas não? Está parecendo o Dimi na versão feminina. - Reprimo o riso pela comparação de sua esposa mas Ariane não se faz de rogada concordando e rindo abertamente.
Estamos andando de loja em loja, na verdade estou apenas seguindo até agora onde paramos e estou num provador experimentando vestidos já que a única que ainda não escolheu foi eu.
O aniversário não será como um daqueles bailes da Máfia, mas ainda sim estamos falando de Katherine Trevelyn senhoras e senhores, jamais será uma coisa pequena quando é relacionado a princesa da Máfia.
Depois de muito custo encontrei um vestido, quer dizer, Ariane encontrou, ela está pegando isso da Emma assim como o jeito para organização das festas, é a única explicação. Mas aceito por estar num lindo vestido chumbo midi, de alças grossas com um decote em v estruturado de cinco centímetros, elegante e sensual na medida certa, além do toque de seriedade.
- Estão sentindo esse cheiro? - Vic inspirou o ar.
Repito o gesto mas não me vem nada de anormal contando que estamos próximas a uma área de alimentação e muitas pessoas com perfumes diferentes passam ao nosso redor.
- O que? - Pergunto a Ariane que está com uma careta enjoada.
- Esse cheiro forte e horrorozo, nossa, estou embrulhando o estômago.
- Meu Deus. - Victoria para no meio do nada nos assustado.
- O que está acontecendo? - Eu estou maluca ou elas que são.
- Asher. - A loira chama seu fiel soldado e fala algo em seu ouvido o fazendo praticamente correr. - Vamos ao banheiro.
- Vocês vão me explicar? - Pergunto.
- Também não entendi.
Assim eu e Ariane fomos claramente puxadas shopping a fora pela Victoria que está com um olhar vidrado, bem louco eu diria, mas essa daí nunca dá ponto sem nó, nunca! Apesar de ainda sim achar estranho ela ter pedido para os soldados esvaziarem o banheiro a tempo de Asher aparecer com uma sacola em mãos.
- Toma. - Victoria pega uma caixinha pra ela mesma estendendo outra pra Ariane que fica boquiaberta.
- Eu não estou.
- Só nós duas sentimos aquele cheiro e você mesma falou que está com os seios maiores então vai logo fazer essa merda.
- Alguém me explica? - Peço novamente e ela me mostra a caixinha de suas mãos deixando-me nervosa sabendo do que se trata.
- Vão logo, vão, faz xixi nessa coisa e descobre logo. - Quase grito apreensiva.
Ando de um lado pro outro esperando as duas e depois de um tempo elas se juntam a mim também andando sem parar esperando os tais minutos passarem. Não fico nervosa assim nem para matar alguém e só de ter a possibilidade das suas estarem grávidas estou hiperventilando.
- Já deu o tempo. - Afirmo e elas se entreolham.
- Você olha. - Reviro os olhos me aproximando para ler as instruções na caixinha logo voltando para ver os seis exames. - Puta merda, todos deram positivo. - Assim que as palavras saltam da boca Ariane está quase chorando e Victoria parece desacreditada.
- Vamos ao médico, agora.
Em menos de uma hora, depois de muitos gritos e medo estamos aqui, as três dentro do consultório da médica de Vic, ela foi a primeira pois já passou por isso e assisto ela segurar nossas mãos no mesmo instante.
- Parabéns mamãe.
Meu Deus!
Um som começa a soar na sala e elas estão com os olhos lacrimejando enquanto eu estou assustada por nunca ter visto algo do tipo.
- Você está para completar 8 semanas.
Depois de muitas perguntas que eu não entendi nada foi a vez de Ariane que estava mais nervosa do que tudo e eu completamente entendia seu lado
- Vamos ver... novamente parabéns mamãe.
O choro foi instantâneo assim como seu desespero demorando uma eternidade para que conseguimos a acalmar, é incrível depois de tanto tempo simplesmente do nada ela aparecer grávida.
- Na verdade. - A médica franze o cenho na direção da máquina e começa a fazer perguntas para Ariane nos deixando apreensivas.
- Fala logo doutora. - Ordeno irritada.
- Isso acontece em poucos casos mas a senhorita está completando quase 17 semanas. - Todas ficamos assustados, isso é muito tempo. - Não acontece sempre, mas os poucos sintomas que falou confere.
- Você está falando que eu estou praticamente de quatro meses? - Pergunta nervosa.
- Isso. - Responde sorrindo. - Querem saber o sexo?
- Já dá pra ver!? - Questina ainda desacreditada concordando em seguida.
- É um menino. - Suscedeu sorrisos alegres junto a risadas nervosas e de felicidade.
- Como vou contar isso? Esperamos tanto e foram tantos testes negativos que a meses nem tocamos mais no assunto.
- Você sabe que Harry vai amar. - A outra afirma e eu logo questiono.
- Como vai contar? - Eu sei que as duas não jogaram simplesmente a informação assim.
As duas bolam um plano rapidamente e não sei como estão calmas o suficiente pra isso por que se fosse eu estaria paralisada até agora.
Duas Trevelyn grávidas de uma única vez!
Nem quero pensar como vai ser quando eles nascerem, os homens dessa família vão ficar doidos. Se for outra menina Dimitri vai triplicar a segurança de novo. Nunca vi homem mais preocupado que esse e com toda razão, isso me lembra que é bom contarem hoje mesmo por que as duas precisam estar em segurança constante principalmente agora.
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Liam - Trilogia Irmãos Trevelyn 3
Roman d'amour▪ Livro 3 ▪ Recomendo a leitura dos livros da Trilogia em sequência. Quebrados! Essa palavra resume a vida dos dois. Porém decidiram lidar de formas diferentes com os golpes que a vida deu. Liam Trevelyn é um homem fechado, que pouco demostra sentim...