Katsuki é um ômega romancista que apenas deseja paz e silêncio para poder finalizar seus projetos, e foi essa necessidade que o fez comprar um apartamento em um prédio onde a maioria dos inquilinos são idosos. Seu nirvana pessoal, no entanto, agora...
Oiê! Sei que estão pensando em coisas sujas, mas já vou avisando que isso não acontecerá 🚧🚦🚧por aqui. Esse é um espaço familiar 👪 livre 🛑 ⚠ 🔞 desse tipo de impureza 💩, aqui aprendemos a 🛐 🙏 então estejam atentos. Vão buscar uma 💒 e se limpar desses pensamentos 💭 mundanos.
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Como não surtar perto do crush?
Essa era a maior pergunta de Eijiro naquele momento. Nem em seus sonhos mais loucos poderia imaginar que a sua noite terminaria daquele jeito, com ele convidando o vizinho para dormir em sua casa. Foi tudo tão imprevisível e rápido que a dor que sentia — agora resumida a uma quase imperceptível e suportável pulsação dolorida — havia ficado em segundo plano, menos impressionante do que o vizinho aceitando não somente sua oferta de hospedagem como garantindo que poderiam dormir na mesma casa sem problema algum.
Eijiro ainda estava surpreso demais para ter certeza de que o tom de voz dele foi realmente sugestivo ou se estava apenas chocado demais. Sua mente poderia muito bem estar fantasiando sobre aquele olhar insinuante, fazendo-o acreditar que eventualmente haveria alguma chance. Ainda que quase pudesse jurar que essas sugestões estavam sendo deixadas durante os últimos minutos.
Bakugou parecia tenso, variava de nervoso à relaxado de minuto a minuto e Eijiro assumiu que poderia ser pelo acidente e por estar no mesmo carro que ele. Não o culpava, afinal os ômegas devem ter de lidar com assédio de alfas estúpidos o tempo todo, isso os coloca em uma posição de defesa natural — como suas bolas haviam experimentado —, e Eijiro não queria aumentar o desconforto dele, então evitou conversas ou parecer estar muito interessado, o que lhe custou muito esforço pois era quase impossível ver Katsuki sem apreciar o quão bonito ele fica em quase qualquer situação, principalmente com aquele olhar destemido, as sobrancelhas unidas e a pose de mal. Não se importaria de apanhar dele.
Oferecer abrigo a ele foi uma atitude empática que intencional, um apoio sincero e sem malícia nenhuma. Eijiro viu que ele parecia desnorteado e sem saber o que fazer e simplesmente sugeriu, sem nem mesmo pensar nos pormenores. Se tivesse planejado, ele definitivamente lembraria da bagunça na sala e do fato de não ter se preparado para receber alguém. Como era tarde para pensar nisso, ele simplesmente assumiu a postura derrotada diante do inevitável.
Assim que abriu a porta do apartamento ele fechou os olhos, tentando pensar em algo que deveria manter em segredo. Coisas simples como algumas revistas ou talvez...
— Você realmente treina na sala? — Bakugou perguntou, o tom de voz divertido ao ver todo o equipamento.
— Ah, sim. Eu ainda estou pensando em fazer algumas modificações.
— Percebo.
Aquilo era uma crítica positiva ou ele apenas afirmou sem se importar? Não teve muito tempo para pensar, pois em dois segundos Bolota estava correndo pela sala, choramingando de saudades.
