25 - Intercorrências

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Olha! Eu consegui escrever outro hoje! E olha, não quero perder tempo revisando! Ooooooooo que surpresa que eu vou me dedicar ao novo capítulo, chocadah estoy.

Se tudo der certo, teremos um amanhã, mas não sei se vou conseguir terminar mais um capítulo hoje, então, fiquem com esse aí

Dias nublados e chuvosos sempre foram os preferidos de Katsuki, perfeitos para escrever ou praticar yoga, ficar no ninho enrolado ou nos braços de Eijiro

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Dias nublados e chuvosos sempre foram os preferidos de Katsuki, perfeitos para escrever ou praticar yoga, ficar no ninho enrolado ou nos braços de Eijiro. Tudo encaixa perfeitamente com o clima mais frio e o som do tamborilar da chuva no telhado. E deveria estar sendo confortável e maravilhoso, caso tudo não estivesse dando errado. 

Quando acordou, afogando-se no aroma de terra molhada e encolhido nos braços de Eijiro, Katsuki sorriu, satisfeito e voltou a dormir, esfregando o rosto no dorso volumoso dele. A pele macia e quente era convidativa, ainda mais dentro do ninho. Eijiro bocejou, momentaneamente desperto e o apertou ainda mais dentro do abraço, o que fez o ômega suspirar traquilo e protegido, recebendo de bom grado os beijos que o alfa distribuía em sua cabeça, os dedos dele passeando preguiçosamente pela extensão de suas costas. 

Era o paraíso e Katsuki não se importaria de vegetar ali o dia inteiro não fosse o fato de Eijiro ter se levantado. O ômega resmungou chateado e choramingou insatisfeito tentando dissuadi-lo, mas ele levantou mesmo em meio aos seus protestos manhosos. Aparentemente a maldita ligação era mais importante para ele e Katsuki se ressentiu, enterrando-se sozinho no ninho. 

O alfa tentou se explicar e encheu o quarto com o maravilhoso cheiro de terra molhada para acalmar Katsuki enquanto explicava que tinha que sair para poder se encontrar com um novo patrocinador, porém o efeito foi o inverso e tudo o que ele conseguiu foi intensificar ainda mais a mágoa do ômega. 

Katsuki não o recepcionou bem quando ele tentou entrar no ninho para se despedir, pelo contrário, rosnou e quase o mordeu. Estava irritado e sentimental demais para aceitar qualquer desculpa ou contato do alfa e apenas ignorou o semblante desolado dele. 

— Vai embora do meu ninho. — avisou, mostrando os dentes em um rosnado baixo. 

Nunca foi da natureza de Katsuki ser delicado e sutil. Se ele quer dar um aviso ele o faz sem rodeios. Infelizmente acaba sendo um pouco grosseiro e não pensando muito nas palavras que usa. Naquele momento ele estava magoado, desejoso de atacar e Eijiro era o alvo de seu descontentamento, então não se preocupou em amenizar. 

O alfa desistiu depois de quase perder um dos dedos, assentiu e saiu do quarto e Katsuki sentiu-se vazio e abandonado. Há muito tempo ele vinha se apegando a presença de Eijiro. Contudo, a necessidade de estar sempre perto dele nos últimos tempos estava beirando o insuportável, para ambas as partes. Katsuki que nunca foi de depender emocionalmente de ninguém passou a se sentir incompleto e assustado toda vez que o alfa não estava no mesmo ambiente, e se tornou um chato, sempre cobrando a presença de Eijiro que andava estressado pela falta de espaço pessoal. 

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