Olá, amados, tudo bem? Saudades de vocês. Pois bem, fiquem com o capítulo enquanto eu preparo o de "Tempos Áureos" (acho).
A cada novo dia, Eijiro sente que vai morrer de angústia.Ele faz o máximo para esconder de Katsuki o quanto a perspectiva da chegada do bebê o abala e o deixa a um passo de simplesmente se entregar ao desespero.
Porém, não importa o quão tenso ou angustiado esteja, ele esconde isso e oferece a Katsuki apenas sorrisos e brincadeiras. Não importa o que ele sente, mas sim o que está acontecendo agora e ele jurou a si mesmo que não ia quebrar mais nenhuma promessa.
Manter Katsuki confortável e feliz é a sua obrigação e dane-se se ele passou a noite inteira chorando porque se lembrou de Kazuo, ou se voltou a olhar os documentos e vestígios que restaram daqueles dias, ele vai estar lá para animar e manter o ômega confortável, pois independente do quanto ele ame o filho ou não consiga esquecê-lo, simplesmente não é prioridade.
Felizmente ele tem uma rota de fuga. O tricô realmente se tornou um ponto de fuga maravilhoso e toda vez que ele sente que vai surtar de ansiedade, ele pega a cesta que era de sua mãe e que tantas vezes lhe serviu durante a infância e adolescência, e se põe a tricotar algo novo.
Katsuki o observa, fascinado e as vezes zomba de seu hobby, mas acaba sempre sentado ao seu lado, recostado em seu braço enquanto observa a agulha deslizar e coletar a linha, ajudando-a a atravessar os espaços e formar novos aglomerados.
Eijiro permanece em silêncio nesses momentos e, não importa que tenham se beijado antes, ele não o toca sem permissão, respeitando seu espaço pessoal e adora quando é Katsuki quem se sente confortável para o fazer. Eles ficam ali, lado a lado no sofá, apenas sentados no silêncio, aproveitando o calor um do outro.
Pelo canto de olho Eijiro o observa e sorri ao vê-lo ronronar satisfeito, feliz por ainda proporcionar acalento à ele mesmo depois de tudo. A mão de Katsuki raramente está em outro lugar que não descansando sobre a barriga e as vezes ele cede a vontade de acariciar também, certificando-se sempre se Katsuki está bem com isso.
Em algum momento, Katsuki acaba adormecendo, recostado no braço dele. Nas primeiras vezes, Eijiro tentou se levantar e o colocar no ninho, mas Katsuki lutou e brigou, convencendo-o de que o queria por perto. Então agora, Eijiro guarda as linhas e, deixado o trabalho de lado, se ajeita lentamente no sofá, trazendo o ômega para descansar em seu colo do jeito que Katsuki prefere.
Não é confortável e a perna de Eijiro adormece a ponto de ele não mais senti-la — e cogitar que terá de ser amputada por conta dos formigamentos — mas ele não ousa se mover para não perturbar a paz de Katsuki.
(...)
A melhor coisa de ter a presença de Eijiro de volta em sua rotina é o perfume dele. Sempre que Bakugou começa a se irritar ou chorar muito ele aparece e permanece próximo apenas para que sua presença e aroma se espalhem pela casa e o acalme.
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Na Porta Ao Lado
RandomKatsuki é um ômega romancista que apenas deseja paz e silêncio para poder finalizar seus projetos, e foi essa necessidade que o fez comprar um apartamento em um prédio onde a maioria dos inquilinos são idosos. Seu nirvana pessoal, no entanto, agora...