17 - Complicado

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Olá, amades! Eu mexi nesse capítulo um monte de vezes e ainda não estou satisfeita, mas também não vou ficar me apegando a sentimentos desnecessários, sendo assim, enjoy.


Eijiro olhou para a confortável poltrona reclinável de couro preto no canto do quarto e decidiu que ela estava muito perto do ninho e ele não queria arriscar nenhuma aproximação ousada que o ômega pudesse interpretar como ameaça, então apenas sent...

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Eijiro olhou para a confortável poltrona reclinável de couro preto no canto do quarto e decidiu que ela estava muito perto do ninho e ele não queria arriscar nenhuma aproximação ousada que o ômega pudesse interpretar como ameaça, então apenas sentou no chão, cruzando as pernas sob o olhar constante e afiado de Katsuki.

— Então... — iniciou, nervoso, torcendo as pontas dos dedos para afastar um pouco a tensão. Katsuki grunhiu, esperando a continuação. O olhar dele era forte, analítico e muito opressor e Eijiro sentiu-se dissecado. Ele sabia intimidar como nenhum outro um dia já conseguiu, exercia poder com apenas o olhar — Sobre as flores, eu não mandei aquele buquê e sim uma amiga minha.

Kirishima se odiou. Soava falso, meio estúpido quando dito em voz alta. Ele sabia que era verdade, mas o tom de voz, a incerteza de que Bakugou aceitaria o fez parecer como um menino travesso inventando uma desculpa qualquer para escapar da bronca e castigo, não era crível.

Droga, não era como se tivesse uma maneira perfeita de dizer aquilo, então ele simplesmente deixou ir.

O lábio de Bakugou repuxou, definitivamente chateado e ele se remexeu, movendo um pouco a pilha de tecidos sobre si.

— Esse tipo de desculpa não funciona comigo, é estúpida. Tente outra vez.

Não é como se não tivesse considerado que Bakugou aceitaria pacificamente, ele não parece ser o tipo de pessoa que se contenta com histórias simples ou pela metade, só não achou que o tom de voz dele o deixaria incomodaria naquela intensidade.

— Não é desculpa. — rebateu prontamente, ansioso para provar sua inocência e talvez um pouco chateado pela acusação — Eu não tenho porque mentir sobre isso.

— Foda-se, eu não conheço você o suficiente para descartar a hipótese de apenas estar mentindo — desdenhou, movendo-se para perto de uma almofada.

— Por mais que duvide, eu posso provar.

Os olhos voltaram a se fixar nele.

— Como? Vai pedir a sua amiga para te apoiar? — antecipou e seu perfume tornou-se mais denso, quase sufocante. Eijiro lutou para ignorar o instinto protetivo que aquele aroma puxava dentro de si.

Porque ele estava dificultando tudo? Não havia motivo para o tratar daquele jeito.

— Não, eu não seria desonesto assim.

— Diga como.

Aquela era uma faceta de Katsuki que Eijiro ainda não conhecia. Já o vira ser reservado, furioso, sedutor e até mesmo maleável, agora exigente como um detetive em busca de respostas, cético e analítico era novidade e isso o deixava ansioso e chateado ao mesmo tempo. Sentia a boca seca e o aroma viciante de caramelo e cravo queimando sua língua.

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