Foi uma verdadeira batalha escrever esse capítulo no celular e me desculpem se estiver meio merda ou com erros de digitação por causa do maldito corretor, eu não conseguiria dormir sabendo que estão ansiosos.
Lembrem de se hidratar e tenham uma boa leitura 💖
Havia um peso tão grande sobre o coração de Katsuki que o aleijava, tornando-o incapaz de fazer qualquer outra coisa que não chorar em silêncio, sem vontade de fazer nada que não fosse aninhar. Ele desejou apenas desaparecer sob o peso reconfortante das mantas, travesseiros e demais tecidos aromatizados do ninho para dormir e poder escapar daquela angústia que o deixava ansioso.
Mas ele não podia. O ninho sem Mirai era incompleto, terrível e todos os seus instintos o repudiavam com força. Só de se imaginar sozinho naquele lugar sua respiração engatava e o coração contraía dolorosamente, alimentando suas paranoias ao passo em que desencadeava um potente ataque de pânico.
Ele nunca foi de se abster de resolver qualquer coisa, sempre enfrentou corajosamente as dificuldades que a vida lhe impunha. Poderia reagir com medo, até mesmo letárgico nos primeiros momentos, porém sempre se erguia.
Não dessa vez.
Simplesmente não haviam forças suficientes para ele conseguir lidar com o vazio e desespero e tudo o que fazia era chorar e se angustiar ainda mais.
Aizawa mais uma vez foi sua salvação, liberando-o dos compromissos para que lidasse com toda a situação. Até mesmo apareceu no hospital para visitá-lo pessoalmente e garantir que estava bem.
Katsuki tinha se tornado um arremedo. Não falava, comia ou esboçava reação. Se movia devagar e quase sufocava de pânico ao ver algum médico se aproximar, ainda que insistisse em ficar no hospital, dia e noite, em busca de informações que ansiava e temia ao mesmo tempo.
Já Eijiro, a despeito do modo desolado com o qual reagiu nos primeiros momentos, parecia alguém completamente diferente. Ele quem assumiu as partes difíceis, interceptando os médicos antes que Katsuki pudesse fazê-lo. Algo dentro de si — instintos, talvez — o fez mudar de postura e ele engoliu o pânico para ser o apoio que o ômega precisava.
O terapeuta que lutasse para lidar com toda a carga que ele traria quando aquela etapa encerrasse.
Os dias se arrastaram lentamente. Eijiro dividia a atenção entre Mirai e Katsuki e fazia de tudo para ajudá-lo a reagir. Atento, ele monitorava a alimentação dele e o convencia a comer, mesmo que tivesse que servi-lo colherada por colherada. O estado apático do ômega o deixava à um passo do desespero, mas ele continha os próprios sentimentos.
E como Katsuki podia ser desinteressado quando desanimado. Não o mesmo ômega manhoso ou mal acostumado, nem o sempre vivaz e objetivo de sempre. Aquela era uma versão derrotada e apática que deixou todos em estado de alerta.
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Na Porta Ao Lado
RastgeleKatsuki é um ômega romancista que apenas deseja paz e silêncio para poder finalizar seus projetos, e foi essa necessidade que o fez comprar um apartamento em um prédio onde a maioria dos inquilinos são idosos. Seu nirvana pessoal, no entanto, agora...