Nossa, Ichy, de novo?!
Sim, porque eu pude. Não sei se está bom, mas eu vou arriscar mesmo assim ❤️
( e gente, por favor, sei que falar sobre aborto é um tabu para muitos, principalmente por causa da questão religiosa, mas vamos lembrar que no Japão é um assunto comum, inclusive é legalizado por lá, então, por favor, não surtem com a menção da possibilidade)
O quarto estava escuro, iluminado por algumas luzes mornas que vinham do alto do ninho tão familiar ao alfa. O aroma de Katsuki estava forte, flutuando no ar, o doce caramelo e o picante da cravo, um tanto azedos, o que significava que ele estava angustiado.
Movido pela necessidade de alcançá-lo, Eijiro descalçou os pés tão depressa que quase tropeçou, e instintivamente puxou a camisa por cima da cabeça, despindo o dorso enquanto andava, as mãos trabalhando para arrancar os adesivos bloqueadores, inundando o quarto com o cheiro de terra molhada para acalmar o ômega. Retirou as calças e as jogou no canto junto a camisa, evitando adicionar cheiros estranhos aos ninho, o que deixaria Katsuki ainda mais insatisfeito.
Convocado pelo aroma de seus feromônios, Katsuki se moveu, descobrindo o rosto para encarar o alfa. Os lábios dele trepidaram e o cenho se contorceu em aflição quando o chamou com a voz necessitada e chorosa.
— Alfa.
Aquele chamado acabou com o pouco de controle que Eijiro ainda tinha dentro de si, o quebrou e magoou, aumentando a culpa que sentia por não ter estado lá desde o princípio.
Eijiro pulou para dentro do ninho e o enlaçou, trazendo-o para o colo onde ele deveria estar. O corpo de Katsuki estava quente ao toque, macio e as lágrimas o ameaçaram ao perceber o quão saudoso estava do toque dele.
— Sim, amor, eu estou aqui. — segurou-o forte, o aromatizando para que se acalmasse, o próprio coração disparado pela presença dele, os dedos passando pelo rosto, limpando as lágrimas que escorriam dos olhos dele — Vai ficar tudo bem.
Com cuidado, deitou no ninho com Katsuki ainda apegado firmemente ao seu dorso. A mão dele contra sua pele o fez se sentir mais calmo também. Os cabelos dele faziam cócegas em seu nariz, e ele abaixou, aspirando mais do perfume natural de caramelo e canela, as mãos seguras contra as costas dele para que ele sentisse que não estava indo a ligar nenhum.
Ficaram um tempo assim, com Eijiro se certificando de acalmá-lo, beijando e acariciando sua pele. Ele usava um conjunto de moletom vermelho do alfa que ficava grande demais. Tê-lo assim, tão perto e seguro em seus braços era o que faltava para Eijiro se sentir completo.
— Eu sinto tanto por tudo o que tenho feito você passar, Suki. — descansava a bochecha contra a cabeça dele, consciente da respiração quente contra seu pescoço, uma tentativa do ômega de sentir seu aroma com ainda mais intensidade — Tenho sido tão estúpido, egoísta. Por favor, me perdoe, eu juro que vou mudar.
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Na Porta Ao Lado
De TodoKatsuki é um ômega romancista que apenas deseja paz e silêncio para poder finalizar seus projetos, e foi essa necessidade que o fez comprar um apartamento em um prédio onde a maioria dos inquilinos são idosos. Seu nirvana pessoal, no entanto, agora...