CAPÍTULO XII

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O restaurante era muito bem decorado, uma banda de jazz era responsável pela boa música que tocava no lugar. Em outra ocasião, a comida deliciosa e o ambiente agradável chamariam a atenção de Jimin, porém o foco na noite era o encontro com os representantes dos Laboratórios Lyndon, a rede farmacêutica internacional que seria a salvação do projeto. Uma reunião foi marcada durante aquela semana e Taehyung não perdeu a chance de conversar por horas sobre a pesquisa, seus benefícios e os lucros que a droga traria ao ser comercializada.

— Será muito lucrativo. Eu acredito que haverá pelo menos 10 milhões de receita por ano nos mercados asiáticos. A demanda ocidental pode duplicar esse número. — Kim disse empolgado.

— Excelente! Quando terá os resultados? — Um CEO da Lyndon perguntou.

— Diria que em menos de uma semana. — Taehyung garantiu. Jimin ficou calado, sua cabeça e estômago doíam.

— Tão rápido? Estamos surpresos, mantenha-nos informados. — Eles disseram antes de se despedirem.

— Nós vamos conseguir, cara. —Taehyung abraçou o amigo quando os futuros investidores saíram. — O que foi? Se sente mal?

Kim notou o jeito estranho de Park. Ele estava quieto desde que saíram de casa e quase não abriu a boca para falar sobre o projeto. Na verdade Jimin parecia diferente já há algum tempo.

— Não é nada. Só estou um pouco indisposto. — Park desconversou. Ainda não tinha encontrado coragem de falar sua decisão para Taehyung e nem terminar com Jeon.

Taehyung não se convenceu, Jimin deveria ser o mais empolgado naquele noite já que seu projeto seria financiado. No entanto, ele não esboçou nada além de desânimo e indiferença quanto as boas notícias.

— Você está me ouvindo, Jimin? — Kim perguntou ao amigo que parecia aéreo durante todo o caminho de volta para casa.

— Hã? — Park desgrudou os olhos da janela do carro e se virou para Taehyung. — Desculpe. O que estava dizendo? — Ele perguntou confuso.

— Estou perguntando o que há de errado com você? Percebi que está meio estranho esses dias.

Jimin fechou os olhos e suspirou. Não podia mais adiar, precisava dizer sua decisão ao amigo. Era assustador, mas não queria e não conseguia voltar atrás.

— Nesse último mês... — Park murmurou baixo. — Todos os dias ao acordar e olhar para minha barriga... fiquei pensando em como seria... — Jimin divagou.

— Como seria o quê? — Taehyung perguntou confuso.

— Ter o bebê. — Disse sério, fazendo Kim frear o carro bruscamente e receber um buzinada do veículo de trás que conseguiu desviar as pressas.

— Ficou louco? — Park perguntou assustado.

— Quem parece ter enlouquecido foi você! — Taehyung respondeu incrédulo. — Que tipo de brincadeira é essa? — Kim perguntou enquanto estacionava o carro na avenida.

— Não é nenhuma brincadeira, Taehyung! Eu quero levar a gestação até o final. — Jimin falou decidido.

Taehyung o olhou por alguns segundos, ele estava esperando que Park sorrisse e lhe falasse que tudo não passava de uma piada. Porém Jimin o encarava sério, sua mão pequena em cima do ventre chamou a atenção de Kim. Parecia que ele instintivamente estava defendendo o feto em seu interior. Era interessante, mas insano.

O experimento acaba hoje! — Taehyung disse seriamente. — Os dados que temos serão suficientes para convencer nossos investidores.

— Não! — Jimin respondeu com a mesma expressão sisuda do amigo. — Eu não vou interromper minha gravidez.

O que esperar de um plano B 🌈 JJK & PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora