CAPÍTULO III

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Jungkook estava na lanchonete do campus para almoçar, mas no momento não sentia fome. Ainda pensava na situação ocorrida no laboratório no início da manhã.

— Você sabe que não tem culpa por ele ter sido demitido, né? — Romi tentou animar o irmão. Ela fazia parte da equipe de pesquisa de Jeon e iria trabalhar com ele no Instituto.

— Claro que sei, mas mesmo assim não deixa de ser uma situação chata. Eu não queria tomar o lugar de ninguém...

— Eu estou achando que ele te deu uma chave de bunda. Faz mais de dez anos que transaram, ele te deu uma rasteira e você ainda fica todo mexido com o cara. — Ela o provocou.

— Você está exagerando! Eu só me solidarizei pela situação dele. Se fosse comigo, eu teria ficado muito puto.

— Pior que eu sei que você tem esse não coração mole mesmo. — Romi lançou-lhe um olhar terno antes de sorrir. — Se você está tão solidário com a situação dele, porque não oferece para dividirem o laboratório?

Jungkook a encarou, ponderando a ideia. Ele deveria lavar suas mãos, não devia nada à Park e com certeza ele acharia outro local para trabalhar. Mas o KAIST oferecia uma estrutura de ponta, muito superior às outras instituições. Qualquer cientista gostaria de ter a disposição tudo o que o Instituto oferecia. E Jeon realmente não se importava em dividir o espaço com ele.

— Será? — Jungkook perguntou reflexivo.

— Ele não vai receber a verba do Instituto, mas pelo menos vai ter estrutura e material adequados para continuar fazendo a pesquisa e os testes dele. — Romi sugeriu entusiasmada por sua grande ideia.

— Você pode ter razão. E como o laboratório é meu, Seunghyung não vai interferir em minha decisão de abrigar quem eu quiser por lá. Boa ideia, mana. Sua cabeça serve para pensar alguma coisa além de macho.

— Nem vem. Eu sou muito inteligente ou você não teria implorado para eu fazer parte da tua equipe. — Ela se vangloriou.

— Eu não implorei, eu sugeri porque vai ser ótimo para seu currículo ter o KAIST como referência. Mas agora me conta o que aconteceu no teu último encontro. — Jungkook perguntou um pouco mais animado. A ideia da irmã era realmente muito boa. Mesmo que não fosse muito, era uma forma de ajudar Park.

— Por onde eu começo? O desgraçado foi lá em casa e comeu tudo o que tinha na geladeira. Bebeu todas as cervejas, deixou as panelas sujas e ainda foi embora de fininho no dia seguinte após de fazer o pedido do uber no meu celular. — A mulher contou indignada.

— Eu sei que não era para eu rir, mas eu te avisei que ele parecia folgado. Antes de eu sair, vi ele te pedindo para ir buscar cerveja umas três vezes e você foi. — Jungkook relembrou sem conseguir parar de sorrir.

— Fui trouxa, tomei prejuízo e o cara ainda era ruim de cama. — Ela negou com a cabeça, fazendo o irmão sorrir mais um pouco com suas histórias.

🍼🍼🍼

Desde que conheceu Jimin, Kim acreditava no potencial dele e de seu projeto, por isso o apoiou desde o início. Taehyung não aceitava aquele "não" da Agência e do KAIST como resposta definitiva. Não poderiam desistir tão facilmente, o medicamento funcionava, só precisavam de uma chance para provar. Naquela tarde, Kim fez algumas ligações e depois seguiu para a residência do amigo.

— Aonde vai? — Taehyung perguntou ao chegar na casa e ver Jimin arrumando umas malas.

— Passar um tempo em Busan. — Park respondeu fechando as últimas bagagens.

O que esperar de um plano B 🌈 JJK & PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora