Encontro constrangedor

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— Kim, eu chego em casa dentro de alguns minutos — falei rápido.

— Kim? — Ele riu soprado e eu sabia que a partir dali viriam muitas cobranças.

— Taehyung, por favor, não começa — sem esperar que ele falasse alguma coisa, desliguei a ligação e olhei preocupada para Jungkook. — Você não deveria ter falado — o rapaz sorriu lateralmente. — Foi proposital, Jeon?

— Não — riu. Acertei-o com uma tapa fraca no ombro. — Taehyung fica bravo com qualquer coisa, o que eu fiz não quer dizer nada.

— Na cabeça dele quer dizer muita coisa — suspirei e coloquei o capacete. — Vamos logo.

Praticamente implorei para que Jungkook me deixasse na esquina do prédio de Taehyung e após muito discordar, ele se rendeu e realizou o meu pedido. Antes de deixar que eu me distanciasse, Jeon puxou-me para mais um beijo na hora da despedida. Fui para casa com o coração acelerado, sentindo-me uma adolescente novamente; como se eu tivesse fugido de casa para encontrá-lo. Não ter compromisso algum com Taehyung poderia significar a minha liberdade absoluta, mas o amor que eu sinto por esse homem me prende a ele e me faz ter a consciência pesada em alguns momentos, como é o caso agora.

— Finalmente! — Taehyung caminhava de um lado para o outro com uma garrafa de vinho quase vazia nas mãos. — Começa a me explicar agora ou depois de dar boa noite para os seus filhos?

— Eles ainda não dormiram? — Perguntei retirando a alça da bolsa do ombro. Taehyung é um pouco resistente para bebidas alcoólicas e se ele está alterado agora é porque bebeu bastante.

— Não, estão esperando você chegar — disse com um sorriso de deboche no rosto. — Hora extra, não é?

— O que está insinuando?

— Você foi ver ele! — Gritou. — Não tem vergonha de estar com um homem comprometido?

— Fale baixo! — Ordenei andando firmemente até ele. — Eu não estou com o Jeon, nós nos encontramos por acaso — ele riu sem vontade.

— Por que o seu maldito carro está lá na editora?

— Eu te falei que iria sair com a Candice, não foi? Ela foi me buscar lá. Eu voltaria para pegar o carro antes que a empresa fechasse, mas não deu tempo. Nós conversamos demais — eu havia pensado nessa desculpa ainda enquanto estava no meio do caminho com Jungkook. Contar a verdade para Taehyung seria um problema gigante, ele passaria vários dias fazendo comentários desagradáveis e até poderia envolver Seojun. Eu o conhecia muito bem, Taehyung às vezes se mostrava um pouco descontrolado.

— Candice... — murmurou, parecia pensar em algo. — A sua amiga corretora? — Realmente Kim Taehyung estava bêbado.

— É, ela vai alugar a minha casa.

— Você não a encontrou no domingo?

— Sim, mas hoje ela precisava falar comigo e não eu. Eram assuntos pessoais — ele me encarou por um tempo e logo afirmou com a cabeça.

— Me desculpe — suspirou. — Eu ando muito inseguro. Ter o seu ex-namorado por perto representa um perigo para mim agora que estamos separados.

— O que mais me intriga, Kim, é que você passou esses oitos meses pouco se fodendo para mim e agora quer me reconquistar. É no mínimo estranho — eu até cheguei a imaginar que ele tentava me ter de volta apenas para não me ver com Jungkook.

— Eu amo você! — Gritou abrindo os braços. — Acredite em mim, eu amo você — aproximou-se e eu pude sentir o cheiro forte de bebida vindo de sua boca.

Sob o mesmo teto | jjk; kthOnde histórias criam vida. Descubra agora