— Jungkook mora em um apartamento no centro, não é?
— É uma longa história, eu te explico depois — ajeitei minha bolsa sobre o ombro e caminhei com pressa para fora de sua casa.
— Até breve, certo? Mal educada! — Gritou. Se eu não estivesse tão nervosa, riria.
Apoiei a minha cabeça no volante enquanto pensava no quão desgraçado era aquele momento. Eu prometi uma casa para Jungkook e agora já não podia mais cumprir o que disse, no fim eu tirei a oportunidade de ele achar uma solução para sair daquela situação. Provavelmente o rapaz estava agora com os olhos atentos na rua do prédio esperando por mim.
— Droga! Droga! Droga! — Gritei esmurrando o volante. — Eu não vou permitir que Jungkook fique pela rua, não vou.
Já era por volta das dez da noite e eu seguia o caminho da forma mais vagarosa possível enquanto buscava palavras para contar a Jungkook que não havia mais casa alguma para emprestá-lo. O jeito seria falar tudo de uma vez, como eu quase sempre procurava fazer. Eu havia deixado Hyunae e Seojun com Brigitte em casa, ainda antes de ir para a residência de Candice, e isso me deixava mais tranquila para transitar pelas ruas nesse horário. Odeio ficar com as crianças até tarde pela cidade.
— E então... Tudo certo? — Jungkook perguntou ansioso enquanto colocava a mochila no ombro. Ele me aguardava na calçada, em frente ao prédio, ao lado de Jiwoong.
— É... — engoli em seco. — Então, Guk... Eu... A casa. Eu não, a casa — ele riu fraco enquanto eu trabalhava arduamente para montar uma frase clara. — A casa foi alugada e o inquilino já está ocupando. Eu realmente não sabia disso, me perdoe — Jeon ficou parado por um tempo, acredito que estava pensando nas melhores palavras para me responder. Eu me sentia muito mal.
— Tudo bem, (s/a). Você... — pigarreou. — Você teve boa vontade, isso já é o suficiente para mim — sorriu fechado e olhou para os lados. — Eu sou muito agradecido. Não se preocupe com nada, você não teve culpa — aproximou-se para me abraçar com um pouco de força. — Eu dou um jeito.
— Você pode tentar ficar na casa daquele meu amigo que te falei, mas vai ser ruim para achar emprego. — Jiwoong se pronunciou.
— Por quê? — Perguntei soltando-me do maior.
— Ele mora longe e Jungkook precisará vir para cá quase todos os dias, aqui tem mais oportunidades de emprego — Lee parecia tão preocupado quanto eu. — Mas para tudo há um jeito — sorriu sem graça. O meu coração pesava no peito, eu não conseguiria deixar Jungkook ir.
— Jungkook, vem comigo — ele me olhou com o cenho franzido, confuso. — Vamos para casa do Taehyung, você pode ficar lá até...
— Não, (s/n) — interrompeu-me rapidamente. — Sem condições.
— Por favor, Guk. Eu não vou deixar você sair por aí sem rumo — senti meus olhos arderem, as lágrimas viriam logo se eu não prendesse. Era uma situação tão complicada e eu tinha total consciência de que estava sendo um pouco dramática.
— Você se sente culpada por essa situação de agora, mas eu te garanto que você não tem culpa de nada. Na verdade, todos esses acontecimentos só me mostraram o quão babaca eu fui por te fazer ciúmes — segurou meu rosto com as duas mãos e eu acariciei seus braços. — Você é uma mulher especial.
— Venha comigo, amanhã você decide o que faz — pedi mais uma vez. — Taehyung está viajando e só volta em uma semana. Não vai haver problema algum.
— (s/a)... — soltou-me.
— Jungkook, eu acho que você deveria ir — Jiwoong interviu. — O Kim não está em casa e você não vai conseguir transporte agora.
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Sob o mesmo teto | jjk; kth
Hayran Kurgu「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Para o bem-estar do seu filho mais novo, (s/n) teve que voltar a morar com o ex-marido. Dono de uma postura um pouco dura e sempre muito responsável, Kim Taehyung nunca permitiria que o seu primogênito ficasse sem apoio e fe...