— (s/n), o que ele te fez? — Jungkook ignorou a ação de Taehyung e me encarou.
— Não foi nada, Jungkook — falei balançando a cabeça negativamente, reforçando a resposta.
— Viu? Você é um intrometido de merda! — Kim gritou aproximando-se ainda mais do outro. Provavelmente a bebida alcoólica o encorajava a fazer aquilo sem se importar por estar na rua.
— Sai de perto — Jungkook ordenou mantendo-se no mesmo lugar. — Se der mais um passo, eu vou acabar com você.
— Ah, é? — Taehyung riu em deboche e deu mais um passo batendo o pé com força na sua frente. — E agora?
— Jungkook — chamei trazendo Hyunae para mais perto de mim.
Jeon respirou fundo e fechou os olhos. Fiquei aliviada por achar que ele levaria em consideração o meu pedido mudo para que não fizesse nada, mas fui surpreendida quando o vi puxar Taehyung pela camisa e acertar um soco em seu rosto. Foi tudo muito rápido. Hyunae gritou pelo susto e o seu pai rapidamente a encarou como se tivesse lembrado que ela estava ali. Foi nesse momento que Taehyung aproveitou a distração e o acertou no rosto também.
— Parem! — Gritei ainda no mesmo lugar, sem poder sair de perto das crianças. Hyunae e Seojun choravam enquanto os dois se agrediam. — Eu vou chamar a polícia!
— Filho da puta — Jeon gritou acertando Kim e no mesmo minuto recebeu outro soco.
— Você é um malsucedido de merda! — Taehyung rebateu no mesmo tom de voz.
Eles não paravam com as agressões, mesmo ouvindo o choro de seus filhos. Isso era muito idiota e irresponsável da parte dos dois. Com minhas mãos trêmulas, peguei o celular e disquei o número da polícia. No segundo toque, o motorista de Taehyung estacionou ao nosso lado e eu desliguei a ligação. Pedi que o homem os separassem e ele prontamente realizou o meu pedido, segurando Kim pelos braços.
— Me solte! É uma ordem! — Taehyung gritava tentando se soltar do aperto.
— Jungkook, pare! — Gritei quando o vi caminhar decididamente até Taehyung. — Já não acha que traumatizou os meus filhos o suficiente por hoje? — Jeon alternou o olhar entre as crianças e parou em mim. Era como se ele houvesse acordado de um transe novamente.
— M-Me perdoe — pediu baixo.
— Vá embora — ordenei apontando para o restaurante. Algumas pessoas haviam parado para olhar a confusão, mas nada fizeram durante o curto tempo de agressão.
— Hyunae... — parou de falar quando a menina agarrou-se na minha perna.
— Vá embora — falei novamente enquanto acariciava as costas da mais nova, tentando dar algum tipo de conforto a ela.
— Isso, vá me...
— Cala a boca, Kim Taehyung! — Gritei causando um choro mais alto de Seojun. — Vocês são dois filhos da puta — vociferei caminhando com as crianças até o carro. — Eu odeio os dois!
Eu sentia a raiva crescer dentro de mim. Como aqueles dois tinham coragem de brigar na frente dos filhos? Coloquei Seojun em sua cadeirinha no banco de trás e após fechar a cadeira de rodas, a entreguei para o motorista de Taehyung que já estava perto de mim. Hyunae rapidamente ocupou o seu lugar ao lado do irmão e ajeitou seu próprio cinto. Fui para o outro lado e me juntei a eles, esperando que o motorista retornasse para a sua posição e nos levasse de volta para casa. Jungkook andava vagarosamente pela calçada e Taehyung caminhou receoso até o carro. Pelo menos a minha histeria serviu para alguma coisa.
— Você pega o meu carro no estacionamento e leva para casa — Kim disse entregando a chave para um rapaz que eu não conhecia. Provavelmente era mais um de seus empregados, ele gostava de ser bem servido. — (s/n), eu...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sob o mesmo teto | jjk; kth
أدب الهواة「 𝐅𝐢𝐧𝐚𝐥𝐢𝐳𝐚𝐝𝐚 」 Para o bem-estar do seu filho mais novo, (s/n) teve que voltar a morar com o ex-marido. Dono de uma postura um pouco dura e sempre muito responsável, Kim Taehyung nunca permitiria que o seu primogênito ficasse sem apoio e fe...