Nova funcionária

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— (s/n)? — Taehyung chamou novamente. Eu tinha a intenção de fingir que estava dormindo, mas as suas batidas estavam tão insistentes que essa desculpa não faria sentido.

— Eu já vou — respondi um pouco baixo para parecer que eu havia acabado de acordar.

— E eu? — Jungkook tinha os olhos arregalados.

— Varanda — empurrei-o para fora e apontei para o canto perto da porta. — Fica aí até Taehyung ir embora — Jeon assentiu com a cabeça. — Fecha bem as pernas — ele rapidamente fez o que mandei. Ao contrário da varanda de Taehyung, a minha não tinha tanto espaço. Acredito que representa menos da metade da dele.

— Desculpa por te acordar — Tae franziu o cenho ao me ver.

— O que foi? — Perguntei dando-lhe um sorriso contido.

— Você... Hm... Está bem desgrenhada — riu. — Desculpe por insistir tanto, (s/a).

— Tudo bem, Tae — sorri e apoiei-me na porta buscando disfarçar o meu nervosismo, mas tinha certeza de que não estava conseguindo.

— Posso entrar? — Perguntou receoso após passarmos um tempo em silêncio.

— É meio esquisito te receber de madrugada aqui.

— Mas naquele dia nós ficamos no meu quarto e...

— Tudo bem, entre — puxei-o pelo braço para dentro. Agora Jungkook provavelmente estava se perguntando o que fazíamos nesse dia. — O que aconteceu?

— Eu estou inquieto, não consigo dormir de modo algum e a culpa é sua — ele tinha um sorriso no rosto, o que de certa forma me deixava mais tranquila por saber que ele não estava bravo.

— O que eu fiz?

— A questão é o que você ainda não fez — sentou-se na minha cama sem antes perguntar se podia, assim como Jungkook. — Por que não diz logo que vai dar uma chance para nós dois de novo?

— É sério que você perdeu o sono por isso?

— É — cerrei os olhos. — Juro.

— Taehyung, a única coisa que tira o seu sono são as vendas semanais no mês de maio — cruzei os braços e ele riu balançando a cabeça negativamente. As vendas sempre caem no mês de maio e deixam Taehyung à beira de um ataque de nervos.

— Você pode não acreditar, mas eu quero muito que volte para mim — levantou-se e caminhou na minha direção com pressa. — Me aceite de volta logo — disse baixo, abrigando meu rosto entre suas mãos grandes e macias.

— Tae, não é tão simples assim — murmurei com o olhar focado em sua boca entreaberta. Sempre tão convidativa.

— Por que não é? — Colocou o dedão embaixo do meu queixo e levantou minha cabeça para que trocássemos olhares. — Você só deve dizer ao Jungkook que me escolheu.

— Precisamos conversar sobre isso — suspirei segurando suas mãos. Era a hora.

— Sobre o quê? Não vai me dizer que você está indecisa — olhou-me indignado. Vai ser difícil, mas eu tenho que fazer o que Jungkook disse. Não posso iludir o Taehyung dessa forma, mesmo que eu não tenha confirmado nada a ele. E eu acho que o problema é exatamente esse. — Fala, (s/n). Eu não tenho o dom de ler pensamentos — Tae estava impaciente.

— Taehyung, senta aqui — puxei-o para a cama novamente e sentei-me ao seu lado. — Você sabe que no período em que eu estive com Jungkook...

— Você o amou completamente — Kim completou. — Você sempre fez questão de me dizer isso quando éramos amigos.

— Exatamente — respirei fundo tentando continuar. — E você deve imaginar, mesmo que não tenha parado para pensar nisso, que um amor como esse não some assim do nada.

Sob o mesmo teto | jjk; kthOnde histórias criam vida. Descubra agora