Minha Redenção.

Capítulo 5.

Hinata.

Vou te dizer, a segunda feira passou voando, no escritório foi tranquilo, fiquei impressionada com quantos contratos ele fecha por dia, são tantos documentos que até me perdi.

Temari me entregou a chave do meu carro na terça feira, eu achei que ia ser um simples, até ver o belo Volvo XC60 me esperando na porta, idêntico ao carro do Naruto, porém o dele é preto e o meu branco.

Aquilo foi um susto, como é que eu ia dirigir um negócio desse?

- Surpresa? – ouvi ele me perguntar rindo.

- Sim, na verdade eu esperava um menor, isso ai é uma máquina.

Ouvi ele gargalhar e me entregar a chave.

- É todo seu, bom eu preciso ir para a casa, fique à vontade para amaciar o carro, só tome cuidado ao volante mocinha – Temari me disse rindo e foi embora.

Destravei o carro ficando mais surpresa ainda, os bancos eram brancos e macios, o painel todo detalhado com o símbolo do carro no meio do volante.

- Que tal uma volta? – Naruto me pegou desprevenida –Yamato, pode ir na frente, nós vamos te seguindo.

- Tudo bem – ele disse tão surpreso quanto eu.

- Vamos lá – disse ele dando a volta e entrando pela porta do passageiro.

Entrei no carro já colocando o cinto, ajustei os espelhos e o liguei, aquele carro nem barulho fez.

- Bom – eu disse – Para onde vou?

- Segue o Yamato – ele riu – Veremos se é tão boa no volante quanto por trás de uma mesa de escritório.

Aquilo foi um desafio? O olhei incrédula, mas tive que rir com ele.

Seguimos pela avenida principal, e alguns minutos depois, entramos em uma rua onde só tinha edifícios de luxos, lógico, um milionário obviamente moraria por aqui.

- Chegamos – disse ele tirando o cinto.

- Uau – disse olhando os prédios – Vocês tem bom gosto.

Ele riu.

- Vem, desce – disse ele me olhando – Nana deve ter feito alguma coisa boa.

- Está me convidando pra entrar?

- Se quiser claro.

Estranhei, mas mesmo assim, desliguei o carro e desci, seguimos para dentro de um dos edifícios e fomos para o elevador, quando vi, ele apertou o C indicando a cobertura.

Segundos depois chegamos, tinha um hall de entrada e em seguida a porta do apartamento dele, uma porta grande de vidro filmado com um detalhe de madeira em volta.

Entramos e minha nossa, que lugar, enorme, cabia meu apartamento todo só naquele andar.

- Seu apartamento é lindo – disse olhando em volta.

Ele sorriu deixando a pasta em uma mesinha com algumas fotos em cima.

- Eu vou avisar a Nana que chegamos, fique à vontade.

Ele seguiu para outro cômodo, e eu fui ver as fotos, tinha fotos dele com um casal que deduzi ser os pais dele, dele com um cachorro nos braços todo cheio de lama, outra na formatura, e outras fotos dele sozinho em viagens, mas uma foto ali eu achei linda, estava ele e uma mulher que notei ser a mãe dele, estavam abraçados e ele beijando a cabeça dela, deve ter sido difícil para ele todos esses anos sem ela.

Ela era linda, uma bela mulher com um lenço na cabeça, pelo jeito nessa foto ela já estava com o câncer, vestida com um vestido verde claro solto com flores azuis e descalça pisando na grama.