8

904 93 17
                                        

Alguns dias haviam se passado e Christopher evitava a mãe o quanto podia, a mulher ainda insistia em levar o neto para Manhattan junto com ela. Porém Christopher já havia dito que não, para Alexandra a palavra "não" era difícil de aceitar.

Já com Dulce as coisas estavam conturbadas, ela sonhava sempre com o dia que deu à luz aos seus bebês e que recebeu a pior notícia de sua vida, que seu filho e marido haviam falecido. O que a chateava era o fato de estar de mãos atadas, ela não sabia por onde investigar pois Alexandra havia mudado de casa e ficara tudo mais difícil para Dulce.

Luna e Luca continuavam com uma ótima amizade, quem olhava achava que era irmãos. Tanto pela aparência quanto pela incrível amizade que formaram ao se conhecerem, uma amizade típica de irmãos. Era como se o destino quisesse pregar uma grande peça com essas quatro vidas que foram separadas umas das outras.

— Mamãe, vamos.— Luna pegou a mochila de unicórnio e se aproximou da mãe que penteava os cabelos.

— Já vamos, pequena.— Sorriu. Hoje era o dia do passeio da escola e Luna estava muito animada.— Pronto, agota sim.

Pegou a mão da filha e foi andando até a porta do apartamento, saíram e em meia-hora chegaram a escola da garota. Dulce tinha apenas que assinar um documento autorizando à ida da filha ao passeio.

— Só assine aqui e pronto.— Maite entregou-lhe o documento e Dulce assinou.— Prontinho, Dulce Blossom autoriza sua filha Luna Blossom à ida ao bosque.— Maite leu e sorriu.

— Ela está muito animada.— afirmou e Maite concordou balançando a cabeça.

— Está mesmo. Partiremos daqui à vinte minutos.— Maite falou enquanto escreveria algo em seu caderno.

— Vou ficar até vocês irem.— Dulce sorriu e tirou uma franja que caia em seu rosto.— Luna!— viu a filha que corria animada em sua direção.

— Mamãe, mamãe!— correu até a mãe.

— O que foi, filha?— Se abaixou para ficar à altura de Luna.

— O Luca está aqui! Quero que você conheça ele, mamãe.— Disse animadamente. Dulce sentiu algo em seu peito mas ela não sabia como identificar aquele sentimento era como se tivessem várias mariposas voando em seu estômago, um frio na barriga e ela não entendia o porquê.

— Claro, filha. Cadê ele ?— tocou nos cabelos da filha.

— Eu vou chamar, mãe!— saiu saltitando.

Luca estava sentado no banquinho em frente à escola, seu pai acabara de deixá-lo e ir para o trabalho. Ele estava animado com a saída junto com a escola. Luna chegou e sentou-se ao lado dele, que ao vê-la sorriu genuinamente.

— Oi, Luna.— disse olhando para ela.

— Luca, a minha mãe está aqui. Ela quer conhecer você. Vem, vamos lá.— foi logo puxando a mão de Luca que se levantou do banco e seguiu a amiga até dentro da escola.

— Que legal, eu quero muito conhecer a tia Dulce. — Sorriu. Entraram e logo observaram Dulce e a professora.

Dulce não sabia explicar o sentimento que havia crescido ali, quando viu aquele menino à quem sua filha era apegada demais. Uma enorme emoção tomou conta de sí e ela se sentia como se estivesse dando à luz outra vez.

— Mãe, esse aqui é o Luca e Luca essa aqui é minha mamãe.— Apontou para Dulce que ainda estava estática.

— Oi, tia Dulce. Eu queria muito conhecer a senhora.— Colocou às mãos no cabelo enquanto falava. Dulce imediatamente lembrou de Christopher, ele tinha a mesma mania.

— Oi, meu príncipe. Tudo bem?— se abaixou na frente dele que a abraçou supreendendo-a que sorriu com o gesto.

— Tudo bem, tia.— soltou-se do abraço e ficou ao lado de Luna.

O Que A Vida Me Roubou Onde histórias criam vida. Descubra agora