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Dois meses se passaram e tudo estava ótimo para Dulce e Christopher, seus filhos estavam saudáveis e felizes. Anahí decidiu que voltaria a morar na cidade.

Belinda sumiu da vista de Christopher, porém o mesmo ainda mantinha o desejo de ajudá-la, pois ela também o ajudou quando ele precisou. Fora que o caso de Belinda era muito mais grave que o dele.

Fazia um dia chuvoso, e era um domingo em que todos ficariam em casa apenas descansando junto com a família. Dulce acordou por volta das nove da manhã, a chuva caia intensamente lá fora, todos dormiam. Mas Dulce sentia um pequeno incômodo na barriga, ela não sabia explicar o que era. Resolveu tomar um remédio e ir preparar o café, após comer, tomou um banho e foi assistir TV. Christopher acordou logo depois e foi direto tomar seu café da manhã, os pequenos acordavam tarde em fins de semana.

— Bom dia, meu bem.— Christopher se aproximou e beijou os lábios de Dulce.

— Bom dia, meu amor.— Sorriu e o abraçou. — dormiu bem ?

— Sim, e você?— acariciou os cabelos dela.

— Sim, mas acordei com um desconforto abdominal.— fez uma careta.

— Tomou remédio?— ela assentiu.— Então logo passa, o que acha de pedirmos comida pelo aplicativo ? Não estamos à fim de cozinha hoje, não é?

— Eu acho ótimo.—sorriu.— amor...

— Sim ?— Christopher falou distraído enquanto mexia no celular.

— Como ficou a situação da sua mãe?— Perguntou receosa.

Christopher suspirou, não era um assunto que ele gostava de conversar.

— Ela vai ficar um ano detida, iria ser mais porém o advogado conseguiu que a pena fosse diminuida.— fechou os olhos.— Dulce, eu não gosto de falar sobre isso.

— Eu sei, meu bem. — O abraçou.— Me perdoa, tá?— ele assentiu.

Ouviram alguns passos no corredor e viram Luna se aproximar devagar.

— Oi, mãe.— sentou ao lado de Dulce.

— Oi, vida. Vamos tomar café?— olhou para a menina que sorriu.

— Papai! — Luca veio correndo para os braços do pai.

— Bom dia, campeão.— beijou a cabeça do filho.

— Filho, vem tomar café com a sua irmã.— Dulce o pegou pela mão.— Você nem deu bom dia para a mamãe.— fez uma carinha triste.

— Me desculpa, mamãe. — Beijou a bochecha de Dulce.

— Eu também não ganhei bom dia, né, Luna?— Christopher perguntou para a filha.

— Bom dia, papai.— abraçou o pai.

E assim passaram o último dia do fim de semana, parecia que nada estragaria a felicidade deles. Se sentiam realizados e completos.

Alguns dias se passaram e Dulce estava cada vez pior, o incômodo na barriga só aumentou com o tempo e ela vinha escondendo de Christopher o quanto podia, sentia-se muito mal e não queria preocupá-lo, este que já estava cheio de problemas com Alexandra que sempre que o mesmo ia até a cadeia lhe visitar, ficava fazendo chantagem emocional em Christopher que sempre que voltava das visitas, se sentia culpado pela mãe estar naquela situação.

— Dulce, pelo amor de Deus, vamos ao médico.— Anahí tentava convencer a irmã a ir imediatamente ao hospital. Estavam só as duas no apartamento de Dulce e a mesma acabava de passar mal pela milésima vez.

— Não vou, Anahí. Vou tomar um remédio que passa, você vai ver.— falou baixinho.

— Que mulher teimosa, meu Deus. Se eu fosse a nossa mãe ia te enchendo de porradas até o hospital. Você está a um bom tempo assim e nenhum remédio resolveu.— Anahí falou grossa.

— Aí, Anahí. Vai passar, eu juro.

Disse, e Anahí revirou os olhos com a teimosia da irmã.

O Que A Vida Me Roubou Onde histórias criam vida. Descubra agora