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Uma semana se passou e Belinda finalmente havia entrado em contato com Christopher para que eles pudessem se encontrar e fazer o exame de DNA, porém, Belinda pediu que antes do exame eles pudessem sair para passear.

Dulce estava aceitando muito bem, era uma criança que não tinha culpa de nada do que havia acontecido. Pelo contrário, ela merecia todo amor e tinha os mesmo direitos que seus filhos, reconhecia isso muito bem.

Era um sábado ensolarado, Christopher iria encontrar Belinda na sorveteria e depois iriam para a clínica onde iriam fazer o exame de DNA que ficaria pronto em duas semanas.

— Boa sorte, amor.— Dulce beijou os lábios de Christopher enquanto ajeitava a gola da camisa.

— Obrigado, amor. — Sorriu.— Tem certeza que está bem com tudo isso ?

— Claro que sim. É seu filho e você precisa cuidar e dar todo amor a ele.— tocou em seu rosto.

— Então eu já estou indo.— deu um selinho.— Eu te amo.

— Eu te amo.

Alguns minutos depois, Christopher já estava na sorveteria enquanto esperava por Belinda. Observou ela descer do táxi enquanto pegava na mão um garotinho gordinho e com as bochechas rosadas.

— Christopher! — Sorriu e se aproximou.

— Oi, Belinda.— falou enquanto observava  o menino. —  Então você é o Dan?

O garotinho olhou timidamente para Christopher e sorriu.

— Sou eu mesmo, tio.— sorriu. Christopher achou graça do jeito tímido da criança.

Belinda estava séria demais para quem era sempre alegre. Christopher pediu para que o garoto fosse escolher seu sorvete enquanto ele conversava com Belinda.

— O que aconteceu ? — Perguntou diretamente.

— Christopher... — ela estreitou os olhos.— Eu preciso te contar a verdade. — Suspirou.

— Do que você está falando ?

—Eu não te procurei essa semana porque eu estive fazendo uns exames, eu tenho câncer, Christopher. E como ele está avançado, eu não quero mais continuar mentindo para você.— olhou para Dan que escolhia o sabor do sorvete.— Dan não é seu filho, desculpe se fiz você e Dulce brigarem mas é que eu só queria uma vida digna para o meu filho, o pai dele me abandonou e não quis saber mais de nós, por isso eu vi uma oportunidade de poder dar um bom futuro para o meu menino, sei o quanto você criou Luca bem. Eu só queria que você me desculpasse por te fazer passar por isso.— Deixoi algumas lágrimas caírem.

— Eu... olha era só você ter conversado comigo que eu poderia te ajudar. Não tinha o porquê de você ter dito tudo isso. — Suspirou — Bel, eu considero você como uma boa amiga. Você é muito especial para mim, e sei que você não tem mais ninguém a recorrer.

— Christopher, eu só queria te pedir desculpas. — Pegou as mãos dele.— Eu queria que você me prometesse algo.

— O quê?— perguntou confuso.

— Me prometa que se algo acontecer comigo, você vai cuidar do meu filho...

— Bel...

— Me prometa, por favor. Eu só quero o melhor para ele, você é a única pessoa que pode me ajudar.— limpou as lágrimas.

— Eu prometo.— sorriu.

— Obrigada, Chris.— beijou a bochecha dele.— Eu já vou, tenho que levar Dan para casa.

Christopher assentiu e observou Belinda se afastar lentamente enquanto olhava para ele, pensou um pouco e teve a certeza de que precisava cuidar daquele menino, mesmo ele sendo seu filho ou não. Era uma criança que precisava de muito amor, que podia perder a mãe a qualquer momento.

— Só mais uma coisa, Chris.— falou um pouco de longe.— Toma cuidado com sua mãe.— falou e se afastou novamente.

O Que A Vida Me Roubou Onde histórias criam vida. Descubra agora