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Alguns dias depois, Dulce ainda continuava com o pensamento no que Anahí lhe suponha sobre Alexandra. Ela achava improvável seu bebê estar vivo, pois não havia motivos para esconder já que ela era a mãe.

Ela acabara tendo uma aproximação com Luca, o amigo de sua filha. Sempre que o via na escolinha o mesmo lhe cumprimentava com um abraço caloroso. Luna amava a interação da mãe com o amigo.

— Vamos dormir, filha. Está tarde.— Dulce estava tentando colocar Luna para dormir.

— Tá, mamãe. Mas eu queria saber quando você vai falar com o papai do Luca pra ele vir no meu aniversário.— Colocou o dedo na boca.

— A mamãe promete que vai falar com ele, tá bom?— sorriu e a pequena assentiu.

O aniversário de sete anos da pequena seria na próxima semana e Dulce estava organizando uma pequena festa apenas para os mais chegados e claro, a pequena queria que o melhor amigo viesse para a festa. Dulce queria falar com os pais de Luca para saber se o pequeno poderia vir. Mas ela andava tão ocupada que mal teve tempo.

— Papai, o que eu vou ganhar de aniversário?— Luca perguntou enquanto escovava os dentes já com seu pijama de carros pronto para dormir.

— Não sei,o que você quer?— Christopher dizia enquanto observava o filho.

— Um carro gigante!— falou animado e Christopher riu, Luca era apaixonado por carros e queria um de qualquer maneira.— Você vai me dar, pai?

— O papai vai ver, filho. Mas eu prometo que vou te dar um presente bem legal.— riu.

— Eu quero uma foto da mamãe.— olhou para o pai que engoliu em seco.— a tia Maite disse que vai ter o dia das mães e nós temos que levar uma foto da nossa mamãe.

— Quer levar da vovó Alexandra ou da mamãe mesmo?— perguntou para o filho. Pois, ele poderia querer fazer uma homenagem à avó que o criou como um filho.

— Não, eu quero da mamãe Dulce.— coçou os olhos e Christopher enxugou seu rosto com a toalha.— você me dá, papai?

— Sim, filho.— o pegou no colo e levou em direção ao quarto de Luca. Colocou o menino na cama e o cobriu com o edredom cheio de desenhos.— agora, vamos dormir.

— Tá, boa noite, papai.— abraçou o pai que sorriu.

— Boa noite, filho. Eu te amo.— beijou a testa do pequeno e saiu do quarto.

Resolveu tomar um banho e uma breve lembrança invadiu sua mente. Ele lembrou de Dulce, de quando descobriram a gravidez, e quando viram que eram gêmeos. Todo aquele momento mágico que teve com ela voltou com força em seus pensamentos. Ela fazia tanta falta, sempre faria. Saiu do banho e colocou uma calça de moletom quentinha e uma camisa de flanela, seguiu para a varanda e observou as luzes da cidade. Tantas pessoas, tantas histórias viviam ali. Olhou para o céu e a lua brilhava intensamente, como um brilho sem fim. Sorriu e suspirou.

— Eu sinto tanto a sua falta, meu amor.— suspirou pesadamente. E lembrou da frase que ele sempre dizia pra ela.— Eu te amo daqui até à  lua.

Eu te amo daqui até à lua, meu amor.— Dulce sorriu olhando para a janela com uma foto nas mãos, estava ela e Christopher que sorria ao tocar em sua barriga.— pra sempre.

O Que A Vida Me Roubou Onde histórias criam vida. Descubra agora