O Que A Vida Me Roubou

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Os enjoôs de Dulce vinham com mais frequência, além da sonolência e preguiça que a acompanhavam diariamente. Ela não queria ir até o médico pois não achava necessário, pesquisou alguns artigos na internet e achou que pudesse estar com anemia.

Christopher estava preocupado com a mulher, mas tentava não estressá-la com suas preocupações. Queria levá-la ao médico porém Dulce era teimosa demais para aceitar. Mesmo que fosse por sua própria saúde.

— Já voltei, amor.— Christopher entrou na sala carregando algumas sacolas, ele havia ido deixar os filhos na escola e aproveitou para ir até o mercado já que hoje era seu dia de folga, Dulce não estava muito bem e ele resolveu que prepararia o almoço.— Está melhor ?

— Sim.— Dulce resmungou enquanto assistia algum programa de TV patético que ela usava para se distrair.

— Trouxe algumas coisas para eu preparar o almoço.— Colocou algumas sacolas na mesa.— Mais tarde começo a fazer.— se deitou ao lado dela no sofá e a abraçou.

Dulce se aconchegou nos braços de Christopher enterrando a cabeça em seu pescoço.

—  Vamos ao médico, amor.— Christopher tentou convencê-la mais uma vez.

— Não, Chris. Eu não gosto de hospitais, logo eu fico bem.—argumentou.

— Mais que teimosia, Dulce. Você está pior que as crianças.— revirou os olhos.

Duas horas depois, Christopher começou a preparar o almoco. Dulce cochilou por meia-hora e depois resolveu tomar um banho. Enquanto deixava a água cair, ela sentia uma coisa muito esquisita dentro de sí. Não entendia do que se tratava, e uma imensa vontade de chorar à consumiu. Lágrimas grossas rolavam pelo seu rosto. Desligou o chuveiro e pegou o roupão.

— Amor, eu...— Christopher entrou no banheiro e se assustou ao ver o estado de Dulce.— O que aconteceu ?

— Eu... Não... sei.— deixou as lágrimas caírem e se jogou nos braços de Christopher o abraçando.— Eu te amo.

— Eu também te amo, meu amor. Mas eu preciso saber o que você tá sentindo.— pegou no rosto de Dulce.

— Eu não sei, de repente me sinto estranha e com vontade de chorar.—limpou as lágrimas.

— Você tem que ir no médico urgente, Dulce.— Christopher falou sério.

— Eu sei.— Dessa vez, ela teve que concordar.

Às onze da manhã, Christopher foi rapidamente buscar as crianças na escola e deixá-las na casa de Anahí, pois a tia queria passar um tempo com os sobrinhos. Agradeceu mentalmente pois precisava cuidar de Dulce. Assim que voltou para a casa, o mesmo ligou para o consultório marcando uma consulta urgente para a tarde do mesmo dia. Dulce comeu pouco logo foi descansar sendo seguida por Christopher.