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O dia estava ensolarado, e Christopher estava atarefado por conta da inauguração da filial da empresa. Mandou uma mensagem para Dulce avisando que não iria jantar em casa pois chegaria tarde. Ela logo respondeu, dizendo para ele ter cuidado e que o amava.

— Bom, só precisamos de mais algumas detalhes e já podemos organizar a festa de inauguração.— Christopher comentou com o sócio que concordava com ele.

— Com licença, Christopher, tem uma moça querendo falar com você.— A secretária avisou, e Christopher estranhou achando que era Dulce mas por que ela viria se os dois haviam acabado de trocar mensagens ?

Christopher foi até onde a tal moça estava e tomou um susto ao ver a ex-namorada ali, Belinda Peregrín foi um rápido relacionamento que Christopher teve em Manhattan e não entendia o que ela havia ido fazer ali.

— Chris!— Belinda pulou nos braços de Christopher dando um abraço forte.

— Oi, Bel. Que surpresa.— Sorriu.

— Pois é, eu tive que voltar.— comprimiu os lábios.

— Ah, então a que devo sua visita?— Falou simpático.

— Bom, eu não quero mentir. Eu tive que voltar pois eu tenho uma coisa que eu já devia ter dito a anos, mas eu estava tão magoada com a forma que terminamos que achei melhor esconder.— suspirou.

— E o que seria ?— Falou curioso.

— Christopher, eu sei que deveria ter dito à você assim que descobri, me perdoa.— desviou o olhar.— Eu tenho um filho seu.

Christopher sentiu seu mundo cair, como assim um filho ? Ele lembrava sim de ficar com Belinda algumas vezes, afinal era namorada dele. Porém o relacionamento durou apenas alguns meses por causa dos fantasmas que atormentavam ele. Christopher nunca imaginaria que pudesse ter engravidado Belinda, e tudo veio à tona agora que ele estava tão feliz com Dulce e seus filhos. Tudo bem, A criança não tinha culpa mas Christopher se sentia atordoado.

— Você tem certeza? — falou desconcertado.

Belinda pareceu indignada.

— Claro, eu tenho certeza que Dan é seu filho.— suspirou.

— O nome dele é Dan?

— Sim, é.— Sorriu e pegou o celular mostrando uma foto de um garotinho sorridente, Christopher sentiu uma coisa por aquela criança, ela parecia mesmo ser filho dele.— Olha, como ele é perfeito.

— Eu não me conformo que você não tenha me dito, por Deus se é meu filho eu tenho total direito de cuidar dele.— tocou o rosto.

— Me perdoa, sei que fiz muito mal ao tentar afastar você dele. Ainda mais agora que...

— Que ?

— Que você tem uma família, eu tinha medo de você, sei lá, rejeitar ele.

— Como você acha que eu seria capaz de rejeitar uma criança? Ainda mais sendo meu filho!

— Me perdoa...— abaixou a cabeça.

— Onde ele está?

— Está na casa da minha irmã, aqui mesmo na cidade.

— Por favor, eu quero vê-lo.

— Claro, podemos marcar por mensagem. O seu número continua o mesmo ?— Ele assentiu.— Ok, então essa semana mesmo eu te mando uma mensagem combinando tudo, bom, eu tenho que ir. Até mais.— Beijou a bochecha dele e saiu.

— Tchau, Bel.

A vida parecia dar um giro de sessenta graus, do nada Christopher já virava pai de novo. Ele só pensava em seu filho e em como sua família iria reagir. Principalmente ela.

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Notas :E vamos de mais tristeza pro nosso casal.

O Que A Vida Me Roubou Onde histórias criam vida. Descubra agora