Cap 24

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Rafa;

Rolei pro outro lado da cama passando por cima do William.

Gw: O caralho, tu é pesada desgraçada - ignorei ele e continuei deitada - Não dá nem pra dormir em paz.

Rafa: Não mandei e muito menos pedi, pra você dormir aqui - me levantei sentando na cama.

Gw: Tinha até esquecido que tu acorda assim, com o demônio no corpo - deu risada mas logo parou - Tá amarrado em nome de Jesus.

Rafa: Deixa de ser idiota William - deitei outra vez, encarando o teto.

Por um momento voltei no tempo. Lá quando eu tinha 17 anos e um maluco cismou comigo.

Mas como eu disse, foi só por um momento. Até porque, também lembrei de toda aquela palhaçada.

Só saí do meu transe, quando escutei o Gw conversando com alguém..

Gw: Fala tu cria, como é que tá aí dentro? Tua mãe é doidona, mas tu vai ser nossa salvação - olhei pra baixo e ele tava conversando com a minha barriga.

Cheguei a entrar em choque. Socorro.

Rafa: William? - ele ergueu a cabeça me encarando - Tá fazendo o que?

Gw: Ué doidona, tô falando com a minha cria. Posso né? - me encarou curioso.

Rafa: Não, não é isso. Claro que pode, é que foi do nada.. Só achei um pouco estranho.

Gw: Não é estranho, eu que não tenho esse coração de gelo. O meu ainda tá suave, tu só precisa parar de tentar destruir ele.

Rafa: Deixa de ser dramático amor - dei risada e ele sorriu que nem bobo - É só o modo de dizer.

Gw: Tu acha que eu caio nessa? Tá querendo mentir pra mentiroso Tenente.

Rafa: William, me erra tá - revirei os olhos e ele levantou colocando a camisa.

Gw: Vou meter o pé, sabe como é né. Vida de trabalhador é difícil - dei risada com deboche - Respeita o meu corre e eu respeito o seu, tenha um ótimo dia Tenente.

Colocou o tênis e chegou perto, beijou minha cabeça e depois beijou a minha barriga.

Gw: Até mais tarde, vou dar um rolê lá na sua casa depois - deu risada indo pra perto da porta - Dessa vez eu vou usar a porta.

Rafa: Descobriu a existência dela, que lindo - dei risada e ele saiu do quarto todo bobo.

Enquanto isso, fiquei na cama criando coragem pra levantar e ir embora.

...

Paguei a moça do uber e desci do carro, finalmente em casa.

Abri a porta de casa e entrei dando de cara com o Bruno, o coitado arregalou os olhos e veio assustado na minha direção.

Rafa: Tá com alguém? - perguntei baixo e ele apontou pra cozinha.

É ele trouxe alguém pra cá.

Rafa: Devia ter me avisado né, eu vinha mais tarde - dei risada baixo - Vou subir em silêncio, pra não estragar teu esquema.

Bruno: Fico te devendo mais essa, só vou deixar a mina em casa - assenti e beijei a bochecha dele.

A gente é assim mesmo, trás outras pessoas pra cá e na maioria das vezes ia pra outros lugares com elas.

Assim a gente vai vivendo do nosso jeitinho. Sem cobrança alguma.

Subi as escadas no maior silêncio e fui pro quarto, nunca ninguém entra no nosso quarto.

A gente costuma usar os quartos de visitas pra essas coisas, o nosso é quase que "sagrado". Aqui só deita eu e ele.

Encostei a porta do quarto e coloquei minha bolsa em cima da cama, já fui tirando toda a minha roupa e coloquei uma camisa do Bruno.

Deitei na cama e acabei batendo o olho no chão, do lado da minha penteadeira..

Já bateu o desespero em ver que ela tava fora do lugar.

Me abaixei do lado da penteadeira e com cuidado abri um cofre, que ficava escondido atrás de uma parte falsa da parede.

Rafa: Não, não, não.. - repeti entrando em desespero total.

Isso não tá acontecendo.

...
NÃO REVISADO.

Coração de Gelo - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora