Cap 44

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Rafa;

William praticamente me expulsou do quarto. Pra poder surtar sozinho.

E eu aproveitei que já tinha perdido meu sono e fui ver se a bolsa da maternidade tava tudo certo.

Depois eu começei a passar as roupinhas, ou seja, o tédio tá daquele jeito.

Mesmo que ainda não sejá, nem quatro da manhã.

Tirei a tomada do ferro de passar e enrolei o cabo de um jeito que desse pra guardar.

Coloquei ele na prateleira e sentei no sofá pequeno sentindo a dor vir, um tanto mais forte.

Suspirei fechando os olhos e ela logo passou.

Me assustei com o barulho alto de coisa quebrando.

Pronto. O bonito vai começar a quebrar tudo, mas vai limpar tudo depois.

Rafa: Aí - reclamei de uma leve dor - Se acalma criança, não dá pra nascer agora não.

Dei risada e o barulho de coisas quebrando parou.

Levantei com calma e fui saindo do quartinho do Guilherme, meus pés estão super enchados e doloridos.

Não me aguento em pé.

Caminhei com o máximo de calma possível até chegar na porta do quarto, bati e abri com cuidado.

Rafa: Se acalmou? - entrei encostando a porta e observei o espelho do guarda roupas quebrado.

E o maldito cheiro maravilhoso de maconha.

Triste vida de grávidas.

Gw: Mete o pé Rafaella - neguei e sentei na cama atrás dele - Por que tu tem que ser teimosa assim?

Rafa: Acabou o show xuxa? - encostei meu queixo no ombro dele.

Gw: Na moral, me deixa em paz porra - ignorei totalmente e abraçei ele.

Rafa: Quer paz vai pra igreja meu amor.

Gw: Tá engraçadinha né, tá com o patati enfiado no cu? - dei risada e ele bufou - Tô doido pra socar tua cara.

Rafa: É mesmo é? - passei a unha na nuca dele - Aquieta o rabo que você não vai bater em ninguém, muito menos em mim.

Gw: Então cala a boca caralho, porra de mulher chata - levantou e se afastou.

O bonito encostou na cômoda fumando e me encarando sério, sem camisa..

Coisinha muito bem feita, nossa senhora.

Rafa: Se eu não tivesse prestes a ter um filho, eu dava pra você nesse exato momento.

Foi só eu terminar de falar que ele apagou o cigarro colocando no cinzeiro.

Rafa: Nem vem - dei risada e ele sentou do meu lado querendo me beijar - William, aquieta o rabo.

Gw: Tu tá muito chata irmã, que isso - negou se encostando na cabeceira da cama - Vem cá.

Segurou meu braço e me ajudou a sentar no meio das pernas dele e de frente pra ele.

Rafa: Para de ficar me olhando assim, credo - reclamei virando o rosto - Aliás, tô achando que minha bolsa estourou quando eu tava no banho.

Dei risada da cara que ele fez.

Rafa: E se sei lá, o parto for feito aqui em casa? - ele coçou a cabeça e colocou a mão na minha barriga.

Gw: Tu quer? - assenti - Tu que sabe, caralho.. vai ser um bagulho sinistro né? Não sei fazer parto porra, chame tua mãe.

Rafa: Vou chamar.. é tão estranho, saber que a qualquer minuto uma criança vai sair de dentro de mim.

Gw: Cala a boca pô, tu vai me traumatizar antes de eu ver meu filho nascer.

Rafa: Tô só te preparando poxa - dei risada - Tá melhor?

Segurei a mão dele e entrelaçou nossos dedos.

Gw: Aliviei um pouco da raiva, mas tô suave - se inclinou beijando minha cabeça - Relaxa pô.

Rafa: Tá bem mesmo? - ele concordou - E os remédios?

Gw: Lá vem tu com essas porra - suspirei - Já disse que tô suave, não tem que tomar remédio pô.

Rafa: Você tem que tomar e você vai - bufei - E não me retruca e nem reclama, vai tomar e pronto.

William as vezes me irrita, ele não entende que ele precisa dos remédios.

Mas vai tomar. Nem que eu tenha que obrigar ele.

...
NÃO REVISADO.

Coração de Gelo - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora