Cap 19

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Rafa;

Abri meus olhos e olhei em volta, um hospital. Merda.

Luana: Boa tarde - a minha ginecologista e obstetra disse - Tá com alguma dor?

Rafa: Não, eu tô bem - sentei na cama sentindo minha cabeça girar - Na verdade, só uma dor de cabeça fodida.

Luana: Com o tombo que o Bruno descreveu - deu risada - Rafa, agora a gente vai ter um papo sério. De mãe pra futura mãe.

Puxou a cadeira dela e sentou na minha frente.

Rafa: E vamos de aula básica? - ri e ela assentiu - Então tá né. Vamos lá.

Luana: Primeiro de tudo, você está grávida. Entende isso? Segundo, eu sei que você gosta de trabalhar, só que você tá grávida e o seu trabalho coloca tudo em risco. Terceiro, você tá passando muito nervoso e raiva. Quero que você deixe certas coisas de lado.

Rafa: Risco? - ela assentiu - Tá certo, ficar em casa então? É isso? Eu não vou conseguir.

Luana: Não tô dizendo pra ficar só em casa, apenas falando que é melhor deixar o trabalho de lado. Isso tá afetando você e automaticamente, afetando o bebê.

Se fosse só sobre mim, era uma coisa. Mas meu filho tá no meio e ele eu não coloco em risco.

Rafa: Você tá certa, vou dar um tempo na polícia. Pelo menos até o bebê nascer.

Luana: Isso mesmo, vocês precisam ter mais cuidado em relação a tudo. E sem contar que essa criança pode ser filho de traficante.. o cuidado tem que ser redobrado.

Rafa: Cuidado em relação a isso, é o que não falta - joguei meu cabelo pra trás.

Luana: Espero. Agora vamos dar uma olhada nesse bebê, que já está com quase dois meses. E apartir dos dois meses se ocorrer tudo bem, já vai ser possível descobrir o sexo.

Sorri animada e deitei erguendo a minha blusa.

Além de ser minha obstetra e tudo mais, eu, ela e o Bruno temos uma certa intimidade.

Ela passou o gel por toda a minha barriga e aí começou o ultrassom. E por mais que não desse pra ver muita coisa, eu fiquei simplesmente apaixonada.

É maravilhosa essa sensação de ser mãe e tenho certeza que vai ser ainda melhor quando ele ou ela, nascer.

...

Queria espairecer um pouco e decidi passar a noite na minha outra casa, no caso com os meus pais e na casa deles.

Gringo: Na moral Rafaella, pela primeira vez na vida eu acho que o Gw fez algum bagulho bom.

Rafa: Pai ele pode ser, o pai. Não foi confirmado ainda - dei risada entrando na casa - Que saudades que eu tava desse lugar.

Deitei no sofá e ele continuou me atormentando com a história dos possíveis pais.

Gringo: Nada contra o Bruno, o cara é legalzinho. Mas pô, o Gw é oto patamar.

Dei risada e minha mãe desceu as escadas toda sorridente.

Luiza: Aí meu bebê - se jogou em cima de mim - Se eu soubesse que seria um milagre você dormir aqui, nunca teria deixado você sair de casa.

Gringo: Eu até que tenho que concordar, maior saudades anã - me mandou um beijo e eu ri abraçada na minha mãe.

Rafa: Eu também morro de saudades de vocês, a sorte dos bonitos é que vocês tem o Fael.

Luiza: Você tem o bonitão, acho que estamos quites.

Gringo: Bonitão? Toma vergonha cara Luiza - jogou uma almofada nela e acabou acertando em mim - Foi mal princesa.

Rafa: Eu amo a relação de vocês, só queria uma assim - fiz bico.

Gringo: Tá repreendido em nome de Jesus - dei risada e minha mãe sentou no sofá.

Luiza: Amor pega água lá pra mim, por favor - pediu pro meu pai que olhou em volta procurando alguma coisa e apontou para as pernas delas.

Gringo: Não tô com tuas pernas, vai lá e pegue - dei risada e ela mostrou o dedo do meio pra ele - Meu pau pra você, demônio.

Gargalhei alto e prendi meu cabelo rindo da palhaçada dos dois.

Até lembrar, que tenho que ter uma bela de uma conversa com o Gw.

...
NÃO REVISADO.

Se vocês pudessem escolher o sexo do bebê, qual seria?

Menina;

Menino;

Coração de Gelo - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora