Cap 40

12K 1.1K 606
                                    

+180 comentários.
Rafa;

Não sei o que é pior, esse calor ou a falta que os meus oito travesseiros fazem.

O único jeito de eu dormir é com eles.

Gw: E já tá acordada? - escutei a voz rouca do bonito.

Rafa: Nem dormi - fiz um coque bagunçado - Preciso de mais oito travesseiros, aí eu consigo dormir.

Gw: Vou pedir pra algum menor buscar pra tu - concordei - Tá que nem um zumbi pô.

Sentou na cama e vindo pro meu lado,  já foi abaixando a cabeça e começou a falar com o Guilherme.

Pensa em uma pessoa que não pode ouvir a voz dele, do meu pai, do Pedro, do Bruno e até do JF.

Faz a festa dentro de mim.

Gw: O cara da uns chutão em - dei risada - Essa criança vai puxar teu pai, vai vendo.

Rafa: Não puxando você tá tudo certo - ele fez careta - Já imaginou? Esse menino todo emocionado?

Gw: Respeita meus sentimentos, vai ser sem coração, tu vai ver.

Dei risada e ele continuou falando com o Guilherme.

Gw: Mermão se tu for vascaíno - ele mal terminou de falar e o Guilherme me deu um puta chute - Isso aí minha cria, bagulho é o flamengo.

Rafa: Deixa ele em paz, já tá me machucando - bufei e ele se afastou.

Gw: Eu avisei, sem coração - deu risada e levantou indo pro banheiro.

Eu já tinha tomado um banho básico e tudo mais.

Levantei na maior calma do mundo e fui pra fora do quarto. Andei pelo corredor até chegar na escada.

Tomei coragem e fui descendo com calma e paciência.

Depois fui pra cozinha e comecei a fazer café. Tô morrendo de fome, pra variar.

Gw: Desceu como? - puxou uma cadeira e sentou.

Rafa: Andando ué. Pergunta idiota - coloquei a garrafa de café em cima da mesa.

Gw: Cavala do caralho - dei risada - Me dá a bolacha aí

Peguei o pacote de bolacha em cima da mesa e joguei pra ele.

Gw: Taca com mais força caralho, otária - segurei o pano e joguei na direção dele com força - Eu tava brincando porra.

Rafa: Não testa minha paciência William - apontei e ele cruzou os braços rindo.

Gw: Que paciência Rafaella? - riu e eu ignorei.

Sentei em uma cadeira do lado dele e passei margarina no pão. Tá aí uma coisa que eu amo comer.

Xxx: Bom dia - virei encarando uma moça, de uns 20 anos - Desculpa, não sabia que tinha mais gente.

Ela disse pro William que deu de ombros e ficou quieto.

Climão.

Ela saiu da cozinha e eu encarei ele que continuou comendo, como se não tivesse acontecido nada.

Rafa: Quem seria ela? - ele me encarou e deu de ombros.

Gw: Ela vem aqui pra limpar, uma vez por semana.

Rafa: Eu perguntei quem ela é, não o que ela faz - cruzei os braços e ele riu - Eu vou dar no meio da tua cara William Gabriel.

Gw: Acho que o nome dela é Fernanda - suspirei - Esse aí é o nome dela. Coé, precisa ficar com essa cara aí não, só peguei algumas vezes pô.

Rafa: Essa cara é a única que eu tenho. Vou deixar bem claro pra você meu bem, eu te conheço muito bem e sempre descubro tudo. Cuidado com o que você anda fazendo.

Gw: Lá vem o papo de traição - bufou - Vou ficar na minha pra não discutir logo hoje contigo.

Rafa: William pelo amor de Deus, me erra - suspirei - Quando for pra boca, pede pra Bruna vir pra cá.

Gw: Já vão falar mal de mim - me encarou - Tu para de neurose na moral, bagulho chatão.

Rafa: Sussega o rabo que eu paro - sorri e ele levantou emburrado - Volta aqui amor.

Dei risada e ele parou do meu lado.

Gw: Qual foi? - sorri e ele se abaixou me beijando - Vou pedir com muita educação, pra fofoqueira vir pra cá.

Rafa: Perfeito, nunca critiquei - dei risada - Vem pro almoço?

Gw: Mas é claro, pergunta besta - riu e saiu andando - Vê se faz um bagulho da hora pra nós comer.

Concordei e voltei a comer meu pão, mas doida pra mandar a tal Fernanda embora.

Meu santo não bateu com o dela.

...
NÃO REVISADO.

Coração de Gelo - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora