Alguns anos antes...
Adam estava se movendo dentro dela, tão torturantemente devagar, que Daisy sentia que iria derreter, ou simplesmente deixar de existir quando finalmente gozasse.
Ele estava fazendo aquilo, porque os dois já estavam sensíveis o suficiente, mas ao mesmo tempo, Daisy sabia que ele faria daquele jeito de qualquer maneira, porque o dia estava prestes a amanhecer, e ele deveria ir embora.
Por isso prolongar o momento o máximo possível era compreensível.
As gravações haviam terminado dois dias antes, e Adam havia a prendido na própria cama desde então, saindo de lá apenas para comer ou tomar banho.
Daisy estava tão satisfeita, e tão alheia ao resto do mundo, que mal se importara com o quanto suas coxas estavam doendo, ou quantas marcas vermelhas Adam havia deixado em seu corpo.
Ele havia dito, depois da primeira vez que eles transaram sem camisinha, que havia feito os exames de qualquer maneira, e aquela conversa apenas não havia se tornado absurdamente constrangedora, porque Daisy havia subido no colo dele e o feito fodê-la de novo, sem pressa, sem preocupações.
Parecia que a cada vez que ele gozava dentro dela, eles esqueciam mais do resto do mundo.
Mesmo que Daisy soubesse que havia um limite de quantas vezes eles deveriam fazer aquilo, fingir que duraria pelo menos até a próxima estação começar, a fazia aproveitar o momento sem sofrer, ou se martirizar.
Porque transar sem camisinha significava acreditar que eles não fariam aquilo com outra pessoa por um bom tempo, significava que enquanto acontecesse de novo, porque os dois sabiam que aconteceria de novo, eles teriam algo para se agarrar e fingir que não estavam fazendo nada errado.
Daisy não pediria para que ele ficasse com ela, mas também não o afastaria quando ele aparecesse em sua porta.
E uma parte dela, provavelmente estava começando a morrer por causa daquilo, por causa da maneira com que ela não se importava em ajudá-lo a fazer algo tão errado.
Mas ela tentava se convencer de que não era isso ainda, que eles não haviam se resolvido realmente.
E ela nem conseguia formular o pensamento do porquê seria diferente quando eles se resolvessem, porque ela sabia que soaria estúpido mesmo não sendo pronunciado.
Por isso ela preferia ignorar, e focar na sensação do pênis dele deslizando dentro dela.
Era diferente, transar sem camisinha.
Ela queria que não fosse, porque a sensação de ser fodida, ou se masturbar com um dildo continuava a mesma, mas tinha algo, um simples detalhe que poderia não fazer diferença.
Mas ela já sabia reconhecer, a sensação diferente da pele friccionando direto contra pele, ao invés de com a camada fina de uma camisinha entre os dois.
Não deveria fazer diferença, mas fazia.
Talvez fosse pelo sentimento, de não haver nada entre seus corpos, mas Daisy estava impossivelmente viciada naquilo.
Quando Adam aumentou a velocidade de suas investidas Daisy praticamente gritou, a boca dele estava chupando uma contusão em seu ombro, e os dedos dela estavam fincados nas costas dele numa tentativa falha de se segurar em algo, qualquer coisa, e não apenas desfalecer embaixo dele.
Ele molhou a pele de seu pescoço com a língua, e subiu em direção ao seu rosto, beijando seu queixo até alcançar sua boca, a beijando profundamente quase a deixando sem ar.
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Lips Of An Angel
FanficNem todos os amores foram feitos para durar. No centro dos holofotes, estrelando uma das maiores franquias do cinema mundial, Daisy e Adam não esperavam se apaixonar. Mas quando sua amizade e mútua admiração se intensificam, é impossível evitar que...