22 ▪︎ Futuro

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Dias atuais...

Seu telefone foi o que a despertou na manhã seguinte.

Mais cedo do que esperava, ela foi tirada de seu agradável sono pelo som insistente de chamada do aparelho ao lado de sua cama.

A dor de cabeça por todos os drinks que havia tomado na noite anterior a atingiram com força antes mesmo que ela abrisse os olhos, sua mão tateou a mesa de cabeceira cegamente, e ela levou o celular para debaixo das cobertas, o atendendo sem nem mesmo olhar quem era.

- Alô... - ela murmurou baixo.

Sua voz saindo grave e falha, sua boca estava seca e ela pigarreou levemente para tentar fazer algo mais que sussurrar.

- Daisy? - foi a resposta preocupada que ela ouviu - Você está bem?

A consciência pareceu bater em seu rosto no segundo em que ouviu a voz do outro lado da linha, Daisy esfregou os olhos e os abriu devagar enquanto deslizava sobre os travesseiros até estar quase sentada.

- Tom? - ela perguntou confusa.

- Sim - ele respondeu - Bom dia?

- Que horas são? - Daisy questionou ignorando seu cumprimento.

- Acho que aí deve ser nove? - ele disse culpado - Calculei errado? Ou você ainda estava dormindo?

Daisy desviou os olhos para um pequeno relógio em cima da mesa de cabeceira ao lado de sua cama, constatando que realmente era apenas um pouco mais que nove da manhã.

- Eu estava dormindo - ela respondeu depois de pigarrear outra vez para que sua voz soasse menos doente.

- Sinto muito, eu pensei que...

Ele não concluiu o que estava prestes a dizer, e não era exatamente necessário ouvir, para que Daisy soubesse que ele estava pensando algo como "Pensei que você continuasse acordando cedo demais... como quando éramos casados e eu despertava com o aroma de chá de camellia ao meu redor, após você ter madrugado para prepará-lo."

- Eu cheguei tarde ontem a noite - ela explicou, mesmo que não fosse necessário.

- Se adequando a vida noturna de Nova Iorque? - ele brincou.

- Você me pegou em um dia atípico - Daisy rebateu divertida.

A risada do outro lado a fez suspirar com saudade, quanto tempo fazia que ela não a ouvia?

- Vou pôr você no viva voz - ela disse enquanto levantava da cama.

- Desculpe por te acordar - ele pediu sincero.

- Está tudo bem - Daisy garantiu - Eu já deveria estar de pé... você me fez um favor.

Ela andou descalça pelo apartamento até a cozinha, e deixou o celular no balcão enquanto mexia nos utensílios para preparar um rápido café da manhã.

- Chá? - Tom perguntou ao ouví-la.

- Preciso de café - foi o que Daisy respondeu.

- Deus, não se deixe contaminar pelos hábitos americanos - ele brincou.

- Por que você tinha que ligar justo em um dia excepcional? - ela reclamou rindo.

- Você pode admitir para mim - foi o que ele disse para importuná-la - Não vou julgar você severamente.

Daisy bufou, mas sorriu ao ouvir o riso divertido de Tom do outro lado.

- Como você está? - ele perguntou mudando de assunto - Os ensaios para o musical já começaram?

Lips Of An AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora