12 ▪︎ Passado

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Alguns anos antes...

Os pés de Daisy tocaram o chão levemente, e o contraste gelado do assoalho em sua pele a fez estremecer devagar.

Adam estava respirando profundamente atrás dela, ele felizmente não roncava, mas a respiração dele soava alta o bastante para preencher o silêncio da madrugada.

Mais da metade da noite havia passado, e Daisy apertou os olhos devagar quando tirou o quadril do colchão. Ela havia suspirado levemente ao sentar, porque, droga, Adam era grande, mas não era dor exatamente o que ela estava sentindo.

Ela apenas se sentia vazia demais, como se houvesse um pedaço de algo faltando dentro dela.

Provavelmente era mais saudade que outra coisa o que definiria o desconforto no meio de suas pernas, mas ela andou com cuidado mesmo assim, apenas para evitar gemer alto e acordá-lo.

Na ponta dos pés, ela se dirigiu até onde duas camisinhas usadas estavam jogadas no chão surpreendentemente próximas, e tentou não pensar na precisão de Adam enquanto as recolhia e levava para o banheiro.

Adam havia caído no sono pouco tempo depois de gozar pela segunda vez, as mãos dele ao redor da cintura de Daisy continuaram a segurando com força e ele apenas deitou no colchão de lado ainda a segurando.

Daisy estava tremendo muito para ter forças suficientes para sair do seu abraço naquele instante, seus pulsos e joelhos pareciam dormentes por ela ter ficado tanto tempo se apoiando neles na cama.

Ela precisava pedir para ele ir de novo, porque era apenas tão bom ficar de quatro e deixá-lo fodê-la como quisesse, batendo o quadril contra sua bunda e indo tão fundo, tão rápido.

Ele havia deslizado para fora dela com um suspiro desgostoso, como se quisesse ficar lá para sempre, mas a camisinha precisava ser retirada, e Daisy ainda estava tentando voltar a si quando ele a deu um nó atrás de si e jogou para longe em direção a que eles haviam usado mais cedo.

Seus braços a envolveram num abraço apertado depois disso, e Daisy sentiu quando ele inalou profundamente em seus cabelos e suspirou extasiado.

O peitoral dele estava frio contra as costas dela, porque havia suor demais deslizando entre eles, mas depois que eles se acalmaram e começaram a descansar, seus corpos pareciam apenas gelados em contato um com o outro.

Daisy se remexeu dentro do abraço quando seu coração voltou a bater num ritmo normal, e quando virou de frente para ele Adam a largou apenas para que pudesse puxar os cobertores e pôr sobre seus corpos frios.

Mas seus braços logo voltaram a abraçá-la e ele continuava a cheirando, como se quisesse desesperadamente guardar cada resquício daquele momento na memória.

Daisy sorriu satisfeita com todo o carinho, ele parecia ser do tipo que precisava de bastante contato depois do orgasmo, e ela não seria a pessoa a reclamar de todo aquele aconchego.

Ele a beijou algumas vezes levemente, lambendo seus lábios com carinho e selando suas bocas devagar, e Daisy pensou que nunca esteve tão feliz antes na vida enquanto observava as pálpebras dele fecharem e sua expressão facial se tornar serena juntamente com sua respiração.

Eu amo você, ela pensou em dizer. Porque já sabia, e tê-lo daquela forma, agarrado a ela e dormindo tão pacificamente só reforçava o sentimento dentro de si.

Ela esperava que durasse para sempre, aquela sensação de pertencimento, como se ela tivesse encontrado algo pelo qual lutara para achar a vida inteira.

E foi assim que ela caiu no sono, abraçada junto dele, com o fantasma de seu nome querendo escapar de seus lábios.

Mas agora ela estava de pé, em frente ao espelho no banheiro de seu quarto, observando seu corpo marcado pelos dedos e lábios de Adam.

Lips Of An AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora