Sofia fazia uma bolsa de gelo para colocar na mão de Diego, enquanto agradecia por ele ter voltado para salvá-la.
— Agora, além de te dever 363 pedidos de desculpas, tem mais um obrigado eterno.
— Você não está me devendo nada. Eu só fiz o que tinha que fazer.
— Eu não sei o que deu nele, eu nunca vi o Nic daquele jeito.
— Bom... Muita coisa aconteceu depois que você foi embora.
— É verdade que os pais deles estão sendo procurados pela Polícia Federal? — perguntou Sofia pegando a mão inchada de Diego e colocando a bolsa de gelo.
— Deu em todos os jornais. Eles estão sendo procurados por lavagem de dinheiro.
— Então eles fugiram do país sem o Nicolas?
— Parece que sim. Eu não sei muito bem. Não sei se você sabe, mas eu não sou amigo dele.
— Desculpa te fazer tantas perguntas. Eu sabia que tudo ia estar diferente quando eu voltasse, mas eu não achei que seria tanto.
— Quando você saiu todo mundo era pré-adolescente cheio de hormônios e agora... Ainda temos muitos hormônios, mas somos adolescentes que acreditam que sabem o que querem da vida.
Sofia sorriu, mas, no fundo, estava preocupada. Ela também passou muita coisa nos Estados Unidos, mas a maioria delas ela não queria lembrar. No momento, ela queria ter seus amigos de volta.
— Posso perguntar mais uma coisa?
— Claro.
— O namoro do Nicolas e da Beatriz é só fachada mesmo?
— Não faço ideia. Você sabe como são os boatos né, não dá pra acreditar em tudo.
— Ele que me disse isso.
— Então, você deveria conversar com ele pra saber o que está acontecendo.
— Por falar nisso, você não quer ir comigo nesse tal almoço que minha mãe inventou?
— Não era só uma pergunta?
— Foi mal, eu era péssima com promessas. Estou tentando melhorar isso.
Ele sorriu, mas ela sabia que o que dizia era totalmente verdade. Desde que saiu de Brasília ela quebrou tantas promessas que não conseguia mais contar nos dedos.
— Então topa ir comigo no almoço? — disse Sofia encarando Diego.
Diego levou um minuto para responder. Aqueles olhos verdes claros e o sorriso perfeitamente branco o deixou confuso por um momento.
— Não posso, vou ter que trabalhar. Se eu furar minha namorada me mata.
— Certo. Foi mal... Ainda tenho muito chão até conquistar sua amizade.
— Não é isso. É que realmente preciso da grana...
— Tudo bem eu entendo. — disse ela sorrindo e colocando o cabelo para trás da orelha — Acho que sua mão melhorou.
— Ela não está acostumada a socar pessoas, mas acho que vai ficar bem.
— Obrigada de novo.
Luísa entrou na cozinha gritando para Sofia ir descansar e Diego internamente agradeceu a intervenção. Por um instante, acreditava que estava rolando um clima e não queria ter que dar um fora no seu antigo amor platônico.
Após se despedirem, Diego voltou para casa e deu de cara com Jéssica no sofá mexendo no celular. A sua intenção era entrar no quarto e fazer uma ligação para a Victória, apesar de não ter acontecido nada de mais, ele sentia que devia falar com ela.
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Elite BSB
Novela JuvenilOlá elite de Brasília! Já teve a estranha sensação de que nada pode ser feito aqui ou alguém descobre? Sempre tem alguma notícia sobre os corruptos do Congresso Nacional, desvio de dinheiro ou operações da polícia federal com nomes engraçados. Poi...