Capítulo 21 - Reencontros sempre são complicados

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Sofia fazia uma bolsa de gelo para colocar na mão de Diego, enquanto agradecia por ele ter voltado para salvá-la.

— Agora, além de te dever 363 pedidos de desculpas, tem mais um obrigado eterno.

— Você não está me devendo nada. Eu só fiz o que tinha que fazer.

— Eu não sei o que deu nele, eu nunca vi o Nic daquele jeito.

— Bom... Muita coisa aconteceu depois que você foi embora.

— É verdade que os pais deles estão sendo procurados pela Polícia Federal? — perguntou Sofia pegando a mão inchada de Diego e colocando a bolsa de gelo.

— Deu em todos os jornais. Eles estão sendo procurados por lavagem de dinheiro.

— Então eles fugiram do país sem o Nicolas?

— Parece que sim. Eu não sei muito bem. Não sei se você sabe, mas eu não sou amigo dele.

— Desculpa te fazer tantas perguntas. Eu sabia que tudo ia estar diferente quando eu voltasse, mas eu não achei que seria tanto.

— Quando você saiu todo mundo era pré-adolescente cheio de hormônios e agora... Ainda temos muitos hormônios, mas somos adolescentes que acreditam que sabem o que querem da vida.

Sofia sorriu, mas, no fundo, estava preocupada. Ela também passou muita coisa nos Estados Unidos, mas a maioria delas ela não queria lembrar. No momento, ela queria ter seus amigos de volta.

— Posso perguntar mais uma coisa?

— Claro.

— O namoro do Nicolas e da Beatriz é só fachada mesmo?

— Não faço ideia. Você sabe como são os boatos né, não dá pra acreditar em tudo.

— Ele que me disse isso.

— Então, você deveria conversar com ele pra saber o que está acontecendo.

— Por falar nisso, você não quer ir comigo nesse tal almoço que minha mãe inventou?

— Não era só uma pergunta?

— Foi mal, eu era péssima com promessas. Estou tentando melhorar isso.

Ele sorriu, mas ela sabia que o que dizia era totalmente verdade. Desde que saiu de Brasília ela quebrou tantas promessas que não conseguia mais contar nos dedos.

— Então topa ir comigo no almoço? — disse Sofia encarando Diego.

Diego levou um minuto para responder. Aqueles olhos verdes claros e o sorriso perfeitamente branco o deixou confuso por um momento.

— Não posso, vou ter que trabalhar. Se eu furar minha namorada me mata.

— Certo. Foi mal... Ainda tenho muito chão até conquistar sua amizade.

— Não é isso. É que realmente preciso da grana...

— Tudo bem eu entendo. — disse ela sorrindo e colocando o cabelo para trás da orelha — Acho que sua mão melhorou.

— Ela não está acostumada a socar pessoas, mas acho que vai ficar bem.

— Obrigada de novo.

Luísa entrou na cozinha gritando para Sofia ir descansar e Diego internamente agradeceu a intervenção. Por um instante, acreditava que estava rolando um clima e não queria ter que dar um fora no seu antigo amor platônico.

Após se despedirem, Diego voltou para casa e deu de cara com Jéssica no sofá mexendo no celular. A sua intenção era entrar no quarto e fazer uma ligação para a Victória, apesar de não ter acontecido nada de mais, ele sentia que devia falar com ela.

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