Sofia pegou o porta-retrato em mãos e olhou a foto mais de perto. Diego imediatamente tirou a foto das mãos de Sofia e tentou pensar em uma saída. Mas ele não era muito bom em mentir.
— É ela sim... Meu Deus! Como não percebi isso antes... É claro! Por isso, sempre achei que conhecia ela de algum lugar. É daqui de casa, ela é sua irmã. Mas ela não disse que veio de São Paulo? Ai meu Deus... Vocês estão juntos nessa!
— Sofia... Sofia... Calma! Deixa eu te explicar.
— Explicar o quê, Diego? Esse tempo todo vocês estão enganando a gente... Por quê? A troco de quê?
— Eu não estou enganando ninguém. A Jéssica inventou essa história e me pediu pra fingir que não conhecia ela.
— E você concordou com isso? Por quê?
— Porque ela ia fazer isso de uma forma de outra. Eu não queria me meter nas loucuras dela.
— Mas... Por que ela está fazendo isso?
— Ela queria se encaixar na escola e... Bom, deu certo.
— Meu Deus... — disse Sofia sentando no sofá — Preciso contar para Bea.
— Conversa com a Jéssica primeiro. Antes dessa loucura toda ela era uma garota muito depressiva e apesar de não concordar com isso, ela é mais alegre agora.
Sofia pensou naquilo por um momento. Se ela contasse para Beatriz não era uma garantia que ela a perdoaria, era capaz de achar que Sofia sabia de tudo desde o início.
— Está bem. Será que ela demora?
— Não sei...
— Não importa, vou esperar. Enquanto isso, coloca Mortal Combate pra gente jogar.
Jéssica finalmente estava tendo o seu encontro com Carlos, ela passou dois anos esperando por aquele momento e apesar do que ocorreu no carro daquela vez, ela sentia que ele tinha mudado. E o melhor: ele tinha mudado por ela. Pelo menos ela pensava que era isso.
— Eu adorei esse restaurante, adorei a comida, a sobremesa... Adorei ficar mais tempo com você.
— Eu também gostei muito. — disse Carlos assim que pediu a conta.
— Vamos pra sua casa agora?
— Acho que está tarde, melhor eu te levar em casa.
Obviamente ele não poderia levá-la em casa, então ela precisava encontrar outra saída. O plano inicial era perder a virgindade com Carlos, mas depois dessa noite ela decidiu que iria curtir o momento e esperar. A conexão que ela estava sentido parecia real.
— Está bem... — disse pegando no celular e fingindo abrir uma mensagem — Hum.. É... Você pode me deixar na Sofia? De lá eu pego um Uber.
— Na Sofia? Não sabia que vocês eram amigas.
— Não, claro que não somos amigas. A Bea me mataria! É que... Eu preciso... Fazer um favor para a Vic. Ela esqueceu um livro na casa da Sofia e pediu pra eu pegar. Ela não quer ver aquela vadia nem pintada.
— E por que ela não pede pra Sofia levar pra escola?
— Você ouviu a parte que ela não quer ver a Sofia?
— Cansativo ser garota, viu.
Mesmo não entendendo muito bem a necessidade de Jéssica ir até a casa de Sofia, Carlos pediu para o motorista levá-los até a casa da amiga. Ele queria acabar logo com aquele encontro e depois ignorar Jéssica pra sempre. Ela pensaria que ele ainda era o cafajeste de antes e assim desistiria de querer ser a senhora Passamani.
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Elite BSB
Ficção AdolescenteOlá elite de Brasília! Já teve a estranha sensação de que nada pode ser feito aqui ou alguém descobre? Sempre tem alguma notícia sobre os corruptos do Congresso Nacional, desvio de dinheiro ou operações da polícia federal com nomes engraçados. Poi...