Rapidamente, Moisés pega algumas garrafas de querosene - se deslocando com dificuldade de um lado para outro enquanto passa seu plano para a aliada. - Ele derrama o líquido por todo o galpão enquanto Betina o ajuda deixando as caixas de pólvora abertas e as enche de papel crepom, a mando de seu protetor.
Vai ser lindo!, pensa o homem sem alma.
O plano é simples: a garota incendiária ficará na entrada do galpão com o ferro que ela tentou acertar o Moisés quando não o reconheceu. Enquanto isso, ele segura a porta, pois ela é aberta de baixo para cima, então teria que estar amarrada em algo na parte superior do velho galpão. E é o que ele faz, indo até a parte superior - um espaço de menos de cinco metros de largura feito de madeira parecido com um andaime - e deixa a corda que dá apoio à abertura da porta bem amarrada. Ele se esconde no breu da escuridão com os olhos astutos e com intenções assassinas.
Aquilo é uma armadilha, uma gaiola que eles pretendem queimar com Samantha lá dentro. A discípula do fogo está ansiosa; ela pode até ser perigosa, mas só com uma garrafa de álcool e um fósforo. Confronto corpo a corpo ela é uma negação, então o seu golpe precisa ser certeiro, bem na cabeça e com muita força. Mesmo sem imaginar que trata-se de sua tia.
Enquanto se esconde próximo à entrada do galpão, Betina começa a se lembrar das últimas palavras de Vera em relação ao seu pai, algo mais presente e palpável, como se sua consciência começasse a demonstrar flashes de memória de quando ele estava vivo e a pegava nos braços. Assim como algumas raras lembranças do pequeno Lucas aprendendo a andar a pegaram-na desprevenida, como se nunca imaginasse que seu cérebro arquivasse aquelas imagens como lembranças.
Isso ficou para trás. , pensa ela enquanto termina de fazer o que o incendiário manda. Mas, de alguma forma, a garota sente como se gotas de remorso pingassem de sua consciência deturpada. Ela sente saudade de Luigi, e estranha esses pensamentos naquele momento, talvez seja pelo fato de achar que pode morrer naquela empreitada contra os policiais que seguiam o seu salvador.
Ainda com o corpo dolorido e a cabeça latejando, Samantha para diante do velho galpão para conferir sua munição. Destrava sua inseparável pistola e deixa a beretta empunhada firmemente. Sua mente é um turbilhão de emoções e lembranças. Finalmente, o grande dia chegou, assim como chegou para Sanguessuga quando cruzou seu caminho anos mais cedo.
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Antes.Ainda urrando de dor, Sanguessuga tentava focar sua visão em sua adversária, que o encarava com um meio-sorriso estampado na face. Um sorriso de vitória que o bandido ruivo estava mais que disposto a arrancá-lo da mulher. Ele pensava no quanto a havia subestimado, e agora pagaria um preço alto.
O ruivo sabia que Samantha não estava sozinha e tinha certeza de que o seu parceiro que a ajudou a levá-lo para aquele desconhecido lugar estava por perto, em algum lugar os observando, mas também não iria ficar parado.
A verdade nua e crua não era uma irrealidade do fato de um homem de um metro e oitenta e cinco e musculoso estar levando uma surra de uma mulher de um metro e setenta com muita determinação, além de faixa preta em duas artes marciais e apta em confronto corpo a corpo.
Todos sabem que músculos nunca superaram inteligência, e Sanguessuga era um covarde que gostava de intimidar os outros pelo seu tamanho e perversidade. E assim a luta recomeçava, um segundo round no qual um dos dois iria cair. Definitivamente.
Tentando deixar de lado a dor em seu órgão genital e do nariz quebrado, o ruivo passou uma rasteira em Samantha, que desabou de costas no chão. Ela arfou de dor pelo impacto cometido contra seus pulmões enquanto tentava retomar o fôlego. A mulher tentou se levantar, mas foi surpreendida pelo seu agressor, que se sentou em cima dela, deixando o peso de seu corpo imobilizá-la. Sem perder tempo, ele a acertou com um, dois, três socos em sua face, deixando-a desnorteada.
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Série Psicopatas Vol.01 - Incendiário (REVISADO).
Mystery / ThrillerOs psicopatas podem ser charmosos e extremamente astutos, muitas vezes levando suas pobres vítimas a acreditarem que são elas próprias culpadas por suas sinas desgraçadas e até mesmo a levarem ao ápice da loucura. Muitas vezes essas próprias pessoas...