[CONCLUÍDA]
S/N é uma jovem sonhadora que está iniciando sua vida profissional com uma maravilhosa chance de trabalhar na multinacional da família Kim. O que ela não sabe, é que muito mais a aguarda nessa nova experiência!
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Um sábado, após 15 dias de treinamento
P.O.V. de Jieun
Como essas duas semanas de treinamento passaram rápido!
Ontem foi meu último dia com Yuri. Em tão pouco tempo, criamos uma amizade. Vou sentir falta dela!
Na próxima segunda-feira, estarei sozinha. Ainda não me sinto totalmente preparada, mas Yuri me garantiu que posso ligar sempre que tiver dúvidas, o que é bastante comum ao assumir um novo cargo.
O Sr. Kim também tem sido muito paciente. Após nosso "encontro" no lago, ele tem se comportado de maneira diferente. Não mencionou mais nada do que disse naquela noite, nem tentou me seduzir com olhares. Ele evita me olhar diretamente, sempre fixando o olhar em outra coisa, como o laptop ou o celular.
Seria mentira dizer que estou aliviada com isso. Na verdade, sinto uma vontade imensa de admitir que o que ele me disse é recíproco, mas a razão me diz que não é correto. Preciso resistir à tentação.
🍃
Segunda-feira, o primeiro dia em que Jieun assume o cargo.
Cheguei meia hora antes do previsto, um pouco nervosa. Faço um exercício de respiração para me acalmar e começar o dia com tranquilidade.
Enquanto estou ali, de olhos fechados e respirando fundo, sinto a presença de alguém me observando.
Abro os olhos e encontro o Sr. Namjoon, acompanhado de uma mulher muito bonita. Ambos estão sorrindo discretamente, divertidos com a cena.
— Bom dia, Jieun! O meu irmão já chegou? — pergunta o homem, ainda rindo um pouco.
— Bom dia, Sr. Kim Namjoon! Ainda não — respondi, um pouco envergonhada.
— Esta é a Srta. Ha Yun, noiva dele.
— Prazer em conhecê-la, Srta. Ha Yun!
— Igualmente, Jieun!
— Vamos aguardar na sala dele. E não precisa ser tão formal comigo, odeio isso! Pode me chamar de Namjoon a partir de agora.
— Perfeito, Namjoon! — rimos. — Aceitam uma água ou café?
— Não, estamos bem, obrigada!
Que situação desconfortável!
A noiva do Sr. Kim é realmente linda! Posso até estar errada, mas ela parece ser uma pessoa elegante e doce. Me sinto mal por nutrir sentimentos por alguém que está com uma mulher assim. Senti uma pontada de inveja.
O Sr. Kim chegou cerca de quinze minutos depois. Quando passou por minha mesa, desejou um bom dia olhando para baixo. Aproveitei para informá-lo sobre suas visitas.
— O Sr. tem visitas aguardando em sua sala.
— Visitas? Assim tão cedo?
— Sim, seu irmão e sua noiva.
Ele virou-se em minha direção e me olhou nos olhos, sem dizer uma palavra, mas transmitindo um "Desculpe por isso" silencioso. É claro que ele não tem culpa, e eu não o estava cobrando. Não temos nada, e nem teremos! Dei um sorriso tímido, como se dissesse "Está tudo bem", e ele entrou na sala.
P.O.V. de Kim
Não esperava encontrar a Ha Yun aqui na empresa! Em todos esses meses, ela só veio uma vez, acompanhando o pai. Justo hoje, quando planejava convidar Jieun para almoçar comigo! Agora ela nunca aceitará. Não era para terem se conhecido ainda... Eu precisava resolver isso antes que Jieun enfrentasse essa situação.
Preciso conversar com meu pai. Definitivamente, não dá para prosseguir com esse casamento. Desde que entrou na minha vida, tudo mudou! Não paro de pensar nela e desejo viver isso. Não sei se dará certo, mas quero tentar. Mas pra isso, preciso encontrar uma maneira de convencer meu pai. Não posso simplesmente dizer que estou apaixonado pela minha secretária e que vou desconsiderar nosso acordo comercial, ou seja, o casamento. Meu pai dirá que é apenas empolgação passageira, para eu me divertir e só. Não é isso que quero. Quero algo mais profundo pela primeira vez e sei que Jieun é a pessoa certa.
Quando ouvi que Ha Yun estava na minha sala, meu coração congelou. Não consegui encontrar palavras, nem era o momento certo para isso. Ela me diria que não devo explicações. Decidi entrar logo na sala. Na verdade, queria abraçá-la e dizer que resolverei isso logo, para que possamos nos conhecer melhor.
Entrei e encontrei os dois em uma conversa animada, parecendo amigos de longa data.
— Bom dia, meu irmão!
— Bom dia, Kim!
— Bom dia — disse Ha Yun, dando um sorriso sem graça.
— Estava chegando e encontrei a Ha Yun perto do elevador. Decidi acompanhá-la até aqui.
— Hummm, entendi — falei, indo em direção à minha mesa, tentando não demonstrar muito interesse.
— Bom, já vou indo. Bom dia a todos! — disse Nam, saindo rapidamente da sala.
Ha Yun se sentou em uma cadeira em frente à minha mesa.
— Kim, como está?
— Bem, na medida do possível. E você?
— Tudo bem... — suspirou. — Vim te visitar porque acredito que precisamos nos ver mais, já que vamos nos casar em breve. Nos últimos oito meses, mal nos encontramos. E não pense que isso é uma cobrança de afeto, pois sei que tipo de relação temos, mas precisamos cumprir pelo menos o requisito social. Logo vão começar a dizer que nosso casamento nem existe. As pessoas precisam nos ver juntos.
— Seu pai te mandou aqui, não é?
— Ele está preocupado com os rumores... dizem que é tudo mentira, que nunca nos viram juntos, que não temos nenhuma foto...
Queria dizer a ela que vou desistir desse casamento sem sentido, mas preciso primeiro conversar com meu pai.
— Não se preocupe com isso. Vamos resolver tudo — falei, tentando oferecer conforto. Sei que também está sendo difícil para ela.
— Fico mais tranquila assim, Kim. Obrigada! Já que estou aqui, que tal almoçarmos juntos? Posso esperar no shopping aqui perto.
— Tudo bem — respondi, não querendo ser indelicado. Ela não é uma pessoa ruim e está na mesma situação que eu, talvez até pior, sendo mulher. Imagino a pressão que aquele velho ditador deve exercer sobre ela.
