Bilhetes

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Hey pessoa que está lendo isso, turu bom?
Bom eu resolvi escrever essas one's por que a quarentena tá chatona, e eu tenho que descontar minha hiperatividade em alguma coisa, se gostar deixa um comentário e vota pra fazer isso chegar em outras pessoas que vivem com o modo Alice ligado e gosta de fanficar.

Boa leitura.

— Você acha que eu deveria ir lá? — S/n pergunta para a sua amiga Ally.

Às duas estavam sentadas nas mesas na área aberta do refeitório e conversavam sobre os bilhetes que S/n estava recebendo ultimamente, eles apareciam no seu armário sempre com um elogio ou um trecho de um poema brega megarromântico, que não era seu estilo, mas que sempre lhe arrancavam sorrisos. O último bilhete marcava um encontro, numa parte da escola que era pouco frequentada pelos alunos na hora do almoço. S/N estava — até ontem — decidida a ir, mas agora não sabia mais.

Talvez ela estivesse se apaixonando por um anônimo que lhe dizia palavras bonitas, talvez ela estivesse com medo deste sentimento, só talvez ela estava com um pé atrás por medo de se decepcionar. Ao mesmo tempo, ela está a irritada, indignada de como alguém conseguiu conquista-la com cartinhas com uma caligrafia ruim de entender.

— Talvez você devesse ir, sei lá, vai que é uma pessoa legal que só não tinha coragem de chegar em você pessoalmente antes. — Ally diz antes de morder seu sanduíche natural.

— Ou talvez seja uma pegadinha sem graça feita por algum babaca — fala
S/n retrucando a amiga, ela era pessimista com relacionamentos, nunca acreditava realmente que alguém pudesse se apaixonar nela de verdade.

— Nunca vai saber se não for lá S/a! Deixa disso, acaba com a dúvida, sei que você quer.

Após acabarem de lanchar elas voltaram para a sala de aula, tiveram mais 2 aulas antes do horário do almoço, aulas essas em que S/n não prestou nenhuma atenção de tanto que pensava na pessoa anônima, pensando se iria ou não. Ela se sentiria idiota de ir e cair em uma brincadeira, mas também se sentiria idiota não indo, e talvez perder a oportunidade de conhecer pessoalmente o anônimo e não se dará oportunidade de conhecer alguém legal.

S/N se dirigia para o local mencionado no bilhete de número 100. Sim, ela contava e os guardava na sua repartição de papéis importantes, estava nervosa, mas tentava se manter plena, plenitude essa que talvez não continuasse no seu corpo quando visse quem a esperava no local, ela não tinha ideia de como iria reagir.

S/N pov

Respira não pira, respira não pira...
Era o mantra repetido a minha mente, eu já tinha tudo planejado na minha cabeça, se fosse uma brincadeira de mal gosto eu xingaria a pessoa até a sua quinta geração e ficaria tudo bem. E se não fosse uma brincadeira... Bom sempre disseram a mim que eu era ótima de improviso. Ou eu desmaiaria, tem essa possibilidade também, não sei lidar com fortes emoções.

Chegando lá eu não vi ninguém logo de cara, mas olhando com mais calma eu percebi que encostado numa árvore uma silhueta de cabelos longos e castanhos estava encostada. Estreitei os olhos para tentar reconhecer, mas as árvores do lugar não deixavam, já que as árvores eram bem juntas e pouca luz do sol passava por elas. Talvez eu estivesse a uns 15 metros da pessoa, então fui me aproximando.

— Olá, é... V-você é — eu coço a garganta para não gaguejar mais do que já estava, nossa que ridículo S/n! — sabe, o dos bilh— Eu paro de andar na hora que a pessoa sai das sombras e se revela.

Camila?!

— Ca-Ca-C-Camila? — não gagueja sua mongoloide — é você que...

— Sim, sou eu — dá um risinho tímido, coça a nuca e da mais uns passos para perto, ela me olhou por uns segundos, seu sorriso sumiu um pouco e agora ela parecia preocupada — decepcionada?

Ah minha querida, mas feliz que eu só... Nem sei.
Mas claro que eu não disse isso, na verdade, eu não falei nada por no mínimo uns dois minutos.

— S/N, você tá bem?

— É, não... Quer dizer sim! Quer dizer, eu acho que vou desmaiar — Agir como uma retardada: check. Falei muito rápido e com certeza minha dicção deve ter falhado em algum momento.

Mas pensa comigo, se a garota mais popular do colégio, a mais bonita, a que todos tem uma queda — inclusive você, na verdade, queda não é o termo certo, abismo seria mais apropriado — fosse a pessoa que te manda bilhetes românticos, você não estaria na mesma situação que eu? Surtando! Ainda mais quando essa pessoa é pelo menos um porcento do que Camila Cabello Conversamos poucas vezes, mas eu sabia que ela era maravilhosa só pelo que os outros falavam, eu conhecia muitas pessoas do seu círculo de amizade, e todos a elogiavam, estudávamos na mesma sala em Matemática e literatura, ela era tão inteligente e prestativa, comecei a prestar mais atenção nela depois de um dia qualquer na aula ela me ajudar a não passar vergonha por não saber o que responder a uma pergunta claramente fácil sobre o livro lido na aula de literatura.

— Ah minha nossa, você vai mesmo desmaiar? — a expressão no rosto de Camila tornou-se um pouco mais preocupada do que já estava.

— Não... Eu não vou, é que... Você é... você.- você é linda e eu sou muito tapada, jesus! Repreendo-me mentalmente, coloco minha mão direita no rosto por alguém segundos.

— Sim, eu sou eu e parece que você não gostou muito disso- ela olha para baixo.

Calma, para tudo, ela acha que meu surto foi porque eu não gostei dela ser a anônima?

— NÃO — quase gritei e levantei às mãos em sua direção, me aproximei mais — Não é nada disso eu só estou surpresa, tipo eu sou eu, e você é você, você é linda e maravilhosa, e eu sou eu, você é apaixonante, inteligente, meiga extremamente bonita, e eu sou eu... Já mencionei bonita e inteligente? E eu sou só, eu. — Novamente falei rápido e sinceramente nem eu entendi o que falei direito, mas no final a olhei e sorri nervosamente. Ela ri muito, gargalhada mesmo.

— Exatamente por ser só você, que eu comecei a nutrir sentimentos por você. — ela aproxima-se — por ser maluquinha assim — pera ela me chamou de maluca? Tá, ok, normal eu não sou mesmo.

— você é tão fofa quando levanta para responder à pergunta que o professor te faz quando te pega dormindo na aula, e é engraçado como você enrola até ele perder a paciência ou o sinal tocar. — se aproxima, mas um passo. — Você é extremamente engraçada, faz as aulas de matemática da professora Peterson serem divertidas tirando ela do sério, é prestativa e gentil.

— Ser só você, me conquistou sem esforço, e eu queria saber… se você não gostaria de ir tomar um sorvete comigo. Desculpa não ter tido coragem de vir antes falar com você, eu sou um pouco tímida, e nunca tive que chegar em ninguém, não sabia como fazer isso, sei que é repentino e tudo mais, a gente nunca teve lá uma conversa muito longa, mas eu queria mudar isso, sabe? — Ela estava falando enquanto gesticulava e parecia muito nervosa. Muito fofa, nunca imaginaria que isso estaria acontecendo fora da minha imaginação

— Será que eu tô sonhando?! — falo sem perceber.

— Como? — ela pergunta.

— Se você me pedisse para saltar do Gran Kênia eu iria sem pensar duas vezes.

— Isso é um sim? — Ela sorri perguntando.

— Isso é um com certeza!

Imagines Camren/youOnde histórias criam vida. Descubra agora