Capítulo 4

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NICHOLAS

Não foi nada como eu esperava. Eu não imaginava que Lucas ia ficar tão feliz de descobrir que era corno, mas ele estava bem feliz – muito feliz mesmo. Ele estava com um sorriso enorme e não se aquietava no banco, mudava de música a cada cinco segundos. Os olhos expressivos de Lucas me pegaram olhando para ele. Cara, eu preciso foder esse garoto. 

Não gosto do jeito que acho os olhos dele extremamente atraente e só de imaginar os olhos dele me devorando, enquanto me faz um boquete já fico duro. Lucas tem uma boca linda, que ficaria muito mais linda em volta do meu pau. Já consigo imaginar a cintura dele marcada com meus dedos. A bunda dele vermelha com meus tapas. O pescoço fino marcado pelas minhas mãos em volta dele. Puta que pariu, preciso foder Lucas. 

— O que foi? – ele perguntou, dessa vez sério, mas não tanto, o que acho sexy demais. As sobrancelhas dele ficam meio erguidas. Os cílios longos ficam mais evidentes, dando um realce maior nos seus olhos escuros.

A sensualidade de Lucas gira em torno dele ser sexy sem saber. Porra, quando a língua dele procurou pelo canudo do drink, tive vários pensamentos bastantes impuros, que giram em torno da língua dele circulando pela cabeça do meu pau.

— Nada – falei, tamborilando o volante. Estou torcendo para Lucas não ver o tamanho da minha ereção.

Olhei para o lado e me arrependi. Eu não deveria ter olhado para as coxas dele e como ficam incrivelmente lindas naquele jeans. Lucas vestia uma camisa preta de manga longa e gola alta, e uma calça jeans também preta e justa – justa até demais para o meu gosto. Minhas mão são grandes, elas provavelmente cobririam uma coxa inteira de Lucas – será se ele se incomodaria se eu começar a acariciar a coxa dele?

— Eu tô tão feliz – ele disse, rindo. Lucas pegou o celular e começou a digitar freneticamente. — O twitter precisa saber – ele disse. — Não, primeiro tenho que contar para as meninas.

— O que o twitter precisa saber?

— Que eu estou solteiro e na pista! – ele disse, eufórico.

Não gostei disso. Não quero que outros fodam Lucas, quero ser o primeiro. Depois pode aparecer qualquer um. Mas eu exijo ser o primeiro.

— Na pista? – perguntei, sorrindo de lado.

— Sim – ele respondeu, ele digitava tão rápido no celular, que me incomodou a ideia de ele estar marcando de ver outros garotos.

Porra, eu estou bem aqui. Me escolhe. Eu quero te foder mais que qualquer outro garoto.

— Acabei de mandar uma mensagem para as meninas – ele disse, guardando o celular. — Vamos para o Malone's, né?

— Sim – respondi.

O que eu preciso para fazer esse garoto prestar atenção em mim? Puta que pariu, o que eu não faço por sexo.

Tirei minha jaqueta e joguei no banco de trás do carro. Está na hora de expôr o que Deus me deu de melhor. Fiz questão de que ele pudesse ver cada músculo do meu braço e cada tatuagem minha – descobri por meio de Julie, que Lucas acha tatuagens muito atraentes. Olhei de canto para Lucas, eu tenho a atenção dele no momento.

Lucas suavemente e discretamente olha todo o meu braço malhado e tatuado, depois desce até às minhas mãos e nos anéis. Dirijo apenas com a mão direito, enquanto coloco meu braço esquerdo no apoio do banco. Toco minha boca com a minha mão direita, ainda tenho toda a atenção de Lucas.

Lucas dessa vez não me olhava mais suavemente, muito pelo contrário, o olhar dele era feroz e sedento. Ele não fez questão de esconder que estava olhando para o meu peito, e para a tatuagem no meio – um olho iluminista num triângulo, formando uma rosa e suas pétalas, com três hastes em cima. Há! Lucas também me quer.

O Intercâmbio - Livro 2 | Off Campus (LGBT) - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora