Capítulo 15

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NICHOLAS

Meu corpo dolorido é o resultado de uma noite em que ele foi muito bem usado. Minha pele ardendo, marcada pelos arranhões de Lucas, é outro resultado de uma noite maravilhosa e selvagem. 

Lucas deitado no meu peito, dormindo feito um anjo – que se transforma em um demônio sexual de noite – é resultado de um acordo de sexo casual, que eu vejo muito futuro. Muito futuro mesmo.

Passo a mão pelos cabelos escuros dele, são tão pretos que é capaz de se camuflar de noite.

Lucas está muito fofo dormindo.

Me ajeito na cama, ficando com meu rosto colado no dele. Nariz com nariz. Sinto a respiração suave dele, e me lembro de como ele fica ofegante na hora do sexo. Toco a boca dele, que agora está vermelha, não vejo a hora de poder beijá-lo de novo e de ter os lábios dele envolvendo meu pau.

Lucas me deu um chá, muito bem dado.

Será que ele vai reclamar se eu acordar ele para transar? 

Coloquei minha mão nas nádegas, apenas o lençol felpudo preto está me impedindo de ser feliz. Apertei de leve a bunda dele, mas nenhuma reação.

Lucas está tão cheiroso, depois do no sexo no chuveiro e de tomarmos banho – digamos que talvez a conta de água possa vim bem alta –, ele não quis transar de novo, o que me deixou bastante magoado, especialmente porque tive que aceitar ele dormir tão colado ao meu corpo.

O pior era que Lucas não parava de acariciar meu abdômen, o que bom, só me deixou mais excitado. Mas precisei me conter, não sou tão pervertido ou necessitado que não consigo aguentar umas horas – horas inteiras de pura tortura, uma das piores.

Dei um selinho nele, ele repuxou os lábios e resmungou várias coisas sem sentido. Eu ri e pressionei meus lábios no dele, como um beijo de bom dia, até que senti um tapa enorme no meu rosto.

— Ai! – gritei, com a mão na minha bochecha. Lucas ainda dormindo feito um bebê. — Puta que pariu, esse tapa doeu – falei, me levantei fui até o meu espelho do guarda roupa.

Meu rosto marcado por três dedos.

— Lucas, isso doeu – falei, mas ele continuava de olhos fechados e dormindo. Peguei no pé dele e puxei para fora da cama.

— Puta que pariu! – ele disse, depois gemeu quando a bunda dele tocou no chão frio do meu quarto. — Tu tá ficando doido? – ele perguntou, se levantando do chão e andando até a mim.

Porra, quero transar com ele de novo. Já esqueci do tapa, já esqueci de tudo. Só quero foder Lucas de novo.

— Vamos transar – falei, colocando minha mão na cintura dele.

E bum, mais um tapa de Lucas em mim, dessa vez nas minhas mãos.

— Au? – reclamei, tirando as mãos da cintura dele e dando dois beijos nelas, uma em cada mão. — Beija pra sarar mais rápido – estendi minhas mãos até ele. Lucas contorceu a boca e revirou os olhos. Não acho que ele seja uma pessoa muito matinal.

— Você. Me. Acordou. Pra. Transar? – ele perguntou, furioso. Dei de ombros e assenti, não é óbvio que eu faria isso? — Nicholas, você tem noção do que você fez?

— Te acordei pra transar – falei.

— Exato! – ele exclamou. Me aproximei mais dele, minha ereção já está tocando ele, plena certeza que estou de pau duro, desde o tapão que levei no rosto. — Se afasta – ele esticou o braço entre nós, criando uma distância que eu acho desnecessária. — Nicholas, tu acabou de me acordar! – ele gritou, furioso.

O Intercâmbio - Livro 2 | Off Campus (LGBT) - COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora