Diga com quem tu andas que eu direi quem tu és

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Olá biscoitinhos!!! Para não ter confusão, o capítulos está sendo narrado pela Sophia, e quem essa guria? Uma mocinha que já apareceu por aqui...
Espero que vcs sintam o mesmo que eu depois que lerem kkkkkk

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A manhã era calma, nem parecia que estávamos concluindo mais um ciclo.

Os ciclos são como eu costumo chamar os serviços que acabam. Eu chamo esse de ciclo 22, foi à idade com que comecei o trabalho.

No início eu deveria pegar a garota, levar para a Turquia e a escravizar, mas eu descobri segredos incríveis envolvendo toda aquela família, foi a primeira vez que estive diante de um caso tão complicado.

Você pode se perguntar o que está acontecendo e embora eu não queira que saiba vou lhe mostrar tudo desde o início.

É só vir comigo.

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Minas Gerais 30, de janeiro de 1999.

- Vá atrás de sua irmã, e diga que o almoço está pronto.

- Sim mamãe.

Minha irmã estava cavando o quintal de terra atrás da nossa casa, com certeza estava aprontando alguma.

- Mamãe disse para te chamar para almoçar.

- Estou ocupada agora, estou quase achando um tesouro. – disse sem ao menos olhar para mim.

Parecia tão concentrada, nosso cachorrinho, Bob, estava com ela. E enfiava o focinho no barro cada vez que ela tirava mais terra do buraco, ele estava tão feliz, rosnava e balançava o rabo numa velocidade surpreendente. 

- Quanta empolgação para um cachorro. – Digo irônica.

Ela tentava afasta-lo, e mandá-lo sair, mas ele não entendia, continuava latindo e tentando ajudá-la a sua maneira.

- Posso ajudar também? – perguntei.

- Claro que não! Se me ajudar, vou ter que dividir o tesouro com você.

- Mas o Bob está ajudando. – Indaguei irritada.

- Ele é cachorro! – o cãozinho latiu. – Viu?

- Vou falar para a mamãe que está destruindo todo o nosso quintal. – Ameacei.

- Não estou não sua idiota.

- Está sim. – Mostrei-lhe a língua. – Te odeio.

- Eu te odeio mais.

- Eu te odeio muito mais!

- Não, eu que te odeio muito mais!

- Não, eu te odeio mais! Quero que morra!

- Eu não vou morrer!

- Vai sim, todo mundo morre um dia!

- Mas eu não vou. – Insistiu. – Mamãe!

- Se você não morrer eu mato você! – Pulei em cima dela.

- Que isso vocês estão malucas? Duas irmãs brigando! Parem com isso já! – Gritava mamãe que uma hora dessas tentava separar suas duas pestinhas briguentas, que estavam agarradas ao corpo uma da outra.

- Ela quem começou! – gritei.

- Não interessa quem começou. Vocês são irmãs! Irmãs não brigam e nem ameaçam uma a outra de morte. – Ela diz nos encarando friamente.

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