- Estou ouvindo Nanny... – disse me sentando em uma cadeira perto dela.
- Seu pai quer dinheiro, Amy, por isso você está aqui em Missouri. Eu prometi a sua mãe que a protegeria, do mesmo jeito que ela me protegeu.
- Te protegeu? – perguntei desconfiada.
- Sim, me protegeu.
- Protegeu de quê?
Nanny começou a chorar.
- Nanny, você está me assustando, o que aconteceu?
- O senhor Jeon tentou me estuprar Amy, se sua mãe não tivesse me salvado, eu não sei o que teria sido de mim, é por isso que eu odeio tanto essa família. Depois que os conheci, a minha vida se tornou um grande inferno.
- É por isso que ele odiava a minha mãe? – perguntei assustada.
- Tenho certeza de que a morte dela foi uma vingança.
- Minha mãe sempre foi muito correta. Ela não negaria ajuda a ninguém. – Digo orgulhosa.
- Amy!
- Nanny não se preocupe, ele nunca conseguira me pegar. – Levantei-me da cadeira.
- Você ainda está com raiva de mim?
- Não, você é minha família e família não guarda rancor.
- Obrigada.
- Mas isso não é o suficiente para me impedir, a data já está marcada, e eu vou voltar para o Brasil.
Ela não disse nada, só me encarou com aquele olhar triste e perdido.
❁ ════ ❃•❃ ════ ❁
Sai de casa em seguida, fui direto para a escola. Depois da aula teríamos treino, a repescagem estava chegando e eu estava começando a ficar nervosa. O treinamento era pesado e intenso, eu estava sendo massacrada. Porém estava feliz por estar ocupando minha mente com outras coisas.
- Sua cara é meio preocupante. – diz Jeongyeon.
- Não é não, eu estou um pouco cansada.
- Tem certeza?
- Tenho.
- A Maisie já foi se internar.
- Já? – perguntei surpresa. Não era para estar porque eu sabia que ela iria se internar, mas ando com a mente tão bagunçada.
- Que amiga você hein, esqueceu que era hoje, amanhã à tarde é a cirurgia dela.
- Desculpa Yeon, são os treinos que estão me deixando louca.
- Você precisa relaxar. Muito de uma coisa faz mal.
- Eu sei. – Suspirei cansada.
- Quando pretendia me contar sobre voltar para o Brasil?
- Que?
- O Taehyung me contou.
- Aquele fofoqueiro.
- Ele quer ajudar você e eu também.
- Vai me ajudar se não contar para ninguém que pretendo partir. Quanto menos pessoas souberem melhor.
- Está bem, minha boca é um túmulo.
Continuamos o nosso lanche em silêncio e depois voltamos a nossa rotina pesada. Nanny e eu não estávamos nos falando direito, e quando o dia da cirurgia de Maisie chegou, todos nós fomos para o hospital e novamente não pudemos entrar, passamos mais de oito horas sentados do lado de fora, e o dia amanheceu com a notícia de que tudo havia corrido bem e tudo que esperávamos era que ela acordasse logo.
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Segunda Chance
RomansaAmy nunca foi uma garota muito sociável, mas após uma tentativa de suicídio mal sucedida, sua vida vira de cabeça para baixo e surge a oportunidade perfeita para alcançar seu maior sonho, porem o que ela não imaginava era que a ajuda que tanto preci...