Siga o som da flauta

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Uma mulher que aparentava ter aproximadamente uns 50 anos apareceu no portão.

- A senhorita é a moça que agrediu o senhor Jeon. – Ela apontou para mim me assustando.

- Eu não o agredi... – tentei me defender.

- Como não? Eu vi tudo! – ela estava brava.

- Senhora...

- O que está acontecendo aqui? – perguntou um outro senhor chegando do nada.

- Aquela moça acha que pode voltar aqui depois do que fez ao senhor Jeon. – diz convicta.

- Eu preciso muito falar com ele. – Insisti.

- Não há nada para você fa... - Ela continuou.

- Senhorita Flores? – o homem perguntou. – A moça do pingente?

- Sim, sou eu.

- Entre. – Ele correu até o portão, abrindo para que eu passasse.

- Obrigada. – Digo sem jeito.

- Não agradeça, venha comigo. O senhor Jeon vai adorar a visita da senhorita.

Ele me levou para dentro, a senhora que me atendeu primeiro ficou em um canto enfezada, ela deve ser alguma espécie de governanta ou algo do tipo.

- Eu sou James, o mordomo. Sente-se. – Me apontou o sofá grande e luxuoso da sala, na verdade a casa de Jungkook era totalmente luxuosa. Cada peça espalhada de forma alinhada em sua sala, era uma raridade espetaculosa, e mostrava o gosto refinado que a família Jeon possuía. Realmente nunca me imaginei com nada daquilo.

James percebeu minha curiosidade e nervosismo com a situação.

- A maioria das peças foram escolhidas pelos avós de Jungkook.

- São formidáveis. – Foi tudo que eu disse, espantada com minha própria formalidade, eu nem sei o que é formidável, ou o que significa.

- São realmente formidáveis. A senhorita gostaria de uma água? Café? Suco ou um chá? Ou outra bebida, a senhorita tem mais de dezoito anos?

- Eu tenho mais de dezoito anos, mas não precisa se incomodar comigo.

- Não é incomodo algum. Tereza traga um suco para a senhorita Flores e um pedaço daquela torta de maçã maravilhosa que você fez. – Ele disse para uma outra empregada.

Quantos empregados o Oppa tem?

- Por favor, senhor James...

- Senhorita Flores, eu sinto muito pelo tio do senhor Jeon, ele está preso agora e eu sei que a senhorita tem algo a ver com isso.

- Eu não o coloquei na cadeia, ele entrou sozinho, mereceu estar lá.

- Eu não disse isso senhorita. Sempre tive minhas dúvidas sobre ele, não é apropriado um empregado se meter nos assuntos de seu patrão, mas a senhorita tem um grande admirador.

- Admirador?

- Sim senhorita Flores, admiro sua coragem. Não sei direito o que aconteceu, mas sei que deve ter ficado com medo.

- As notícias correm tão rápido, o senhor Jeon... Sabe?

- Creio que sim.

- Ele vai demorar a chegar?

- Sim senhorita Flores.

- Então acho melhor voltar outra hora. – Me coloquei de pé, a empregada chegou com uma bandeja com suco e torta.

Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora