O mundo dos pesadelos

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" Aprenda a amar a si mesmo primeiro, para depois amar os outros"

Quando acordei pela manhã de segunda-feira, minha cabeça doía. Levei a mão até o lugar onde antes havia um corte devido à queda na ponte, ele latejava. Fui até o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes, olhei-me no espelho, meu rosto tinha uma expressão cansada, como se eu tivesse passado a noite inteira em um ringue. Procurei uma roupa para vestir, mas não encontrei nada adequado, o Oppa tinha razão minhas roupas eram horríveis, como o Tae conseguia namorar uma garota que se veste com esses trapos?

Oppa?

Olhei ao redor do cômodo a sua procura, eu não o via desde sexta, depois daquele sonho horrível. Me sentia aliviada por ele ter partido, mas a sensação de medo não havia ido embora. Ele era um completo estranho, no entanto estava vivendo no meu quarto. Ao que parecia era inofensivo, sendo incapaz de fazer algum mal a mim devido sua situação, mas quem me garante que não me faria mal algum dia?

Coloquei uma roupa qualquer, a calça preta de sempre e uma camisa branca de mangas cumpridas. Encarei as cicatrizes nos meus braços, estavam quase melhores, ainda não eram muito bonitas de se ver, mas nada que mangas cumpridas não escondessem. Desci as escadas apressada, não queria ficar no meu quarto, não sozinha.

Na cozinha Nanny preparava um café da manhã recheado de guloseimas.

- O que está acontecendo aqui? Vai ter uma reunião e eu não estou sabendo? – tentei parecer tranquila.

- Não. Essas guloseimas são para o Taehyung! – ela diz animada.

- Como? – perguntei perplexa.

- É o que você ouviu! Eu sei que ele vai vir te buscar, então eu quero que você entregue tudo isso para ele. – Ela dizia empolgada.

- Nanny Você passou a madrugada inteira cozinhando? Tem torta de frango, de chocolate, bolo de cenoura, rocambole... Você quer matar meu namorado? E por que vai dar tudo isso a ele? Por acaso é aniversário dele e eu não estou sabendo?

- Para de dar chilique! Não tem nada demais em te dar uma mãozinha, conquistamos um homem pelo estômago e sua comida não é lá essas coisas. – Ainda caçoa de mim, quanta audácia.

- Que insulto!

- Vai tomar seu café, daqui a pouco o meu genro chega e eu não quero que você o deixe esperando.

- Fala sério.

Daqui a pouco ela me troca por ele e me vende em uma liquidação. Sentei-me à mesa inconformada já não bastassem meus problemas, tenho que me preocupar com mais esse.

- A Noona está com ciúmes! A Noona está com ciúmes!

Sua voz ecoava em meus ouvidos em um tom brincalhão, mas eu não conseguia vê-lo, então não sabia onde ele estava.

- Cala boca! – gritei para que parasse.

- Por que está me mandando calar a boca? – Nanny pergunta acirrada.

- Não foi com você. – Tentei parecer normal, coisa que não funcionou muito bem.

- Só estamos nós duas aqui Amarílis. – Inspira cansada. – Amy sobre ontem à noite...

- Eu não quero falar sobre isso, foi muito apavorante.

- Tudo bem, sua consulta está marcada para a semana que vem, converse sobre isso com o médico, vai lhe fazer bem.

- Tá bom.

- Agora coma logo, o Tae já deve estar chegando. – Engoli o pão que estava comendo rapidamente, já que Nanny fez questão de me apressar para que Tae não ficasse esperando.

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