Quase errado

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Quando eu acordei ainda não estava acreditando em tudo que havia acontecido comigo. Sorri ao me olhar no espelho e constatar que todas as mudanças que haviam acontecido nos últimos tempos me fizeram amadurecer. Eu já não era mais uma garota insegura, e gostava de mim como era, estava conseguindo valorizar o pouco que achava atraente em mim.

Gostava do meu olhar, achava que tinha um corpo aceitável e meus cabelos já estavam bem abaixo dos meus ombros.

- Estou pronta para recomeçar no Brasil. – sorri diante do espelho, e logo em seguida deixei que as lágrimas caíssem. Um aperto esmagava meu peito com força, eu queria ir, mas não queria deixá-lo para trás.

Tudo isso era um plano para protegê-lo. E se tudo saísse como planejado, tanto eu quanto Jungkook seríamos felizes longe um do outro. Irá doer no início, mas sei que superaremos. Acredito nisso.

Eu já suportei tanta coisa, não é?

Peguei a mochila e a mala que estava pronta e caminhei até a porta do meu quarto. Com uma mão na fechadura tentei abri-la, mas não consegui.

- Cadê minha chave? – fui até minha escrivaninha e não a encontrei, olhei embaixo da cama, em cima da mesma, pelos cantos do quarto. – Estou trancada. Nanny? Nanny você está aí? – bati na porta chamando por ela. – Nanny? Minhas chaves. Eu não encontro, estou presa aqui dentro...

- Está me procurando?

Virei para trás e a vi encostada perto de minha janela. Estava séria e com um jeito estranho.

- Como entrou aqui? Eu quero sair e não estou achando minhas chaves.

- Está procurando por isso? – ela ergueu as chaves me mostrando que estava com ela.

- Está com você. – Digo aliviada. – Me dê. Eu vou acabar perdendo o voo.

- Venha pegar.

- Como?... Não é hora de brincar.

- Você ainda não percebeu? Você não vai a lugar nenhum. – Ela diz com um olhar perverso que me causa certo arrepio. Ela tirou de trás de si uma arma branca e apontou para mim.

- Para que isso? – Dou um passo para trás assustada. – O que está acontecendo?

- Como você é lerda, parece mesmo com seu pai. – Ela diz com uma voz debochada. – Eu não quero que volte Amy, agora que você é maior de idade não posso me arriscar e perder você de vista. Tive que sustentar essa palhaçada até chegar a hora certa, mas acabou. Agora você vai conhecer o seu verdadeiro destino.

- Do que você está falando?

- A Amy foi tão difícil fazer tudo isso, você não pode simplesmente estragar meus planos. Foi difícil se infiltrar na casa dos Jeon, matar a velha e o velho também, e a sua mãe. Todo esse teatro cansa. Aquele idiota do senhor Jeon apaixonado pela sua mãe. – Ela ri. – Esses Jeon's gostam de uma Flores. Não sei o que veem em vocês. Vocês são... tão sem sal. – ela me encarou.

- O que? Minha mãe? Você... Você disse que...

- Esquece tudo o que eu disse, Amy! Tudo era mentira. Eu sei jogar muito bem, não é à toa que consigo tudo que quero. Depois que eu terminar meu serviço com você, tudo vai voltar a ser como antes, eu serei a tia que perdeu a sobrinha. – Ela faz drama. – E que está sofrendo.

- Vão descobrir o que você está fazendo!

- Você acha que sou idiota? Eu sei quem são os Park's, os Min's e os Kim's. Não foi difícil descobrir, principalmente depois de você mesma me infiltrar na casa deles. Eu sei que eles querem me pegar. Eles estão esperando um pequeno deslize meu e eu o darei a eles.

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