~ Capítulo 4 ~

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 O meu telefone tocava insistentemente alto

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O meu telefone tocava insistentemente alto. Tão alto que eu achei que tinha voltado a defender o meu país e aquela era a alvorada tocando em mais um dia infernal no quartel.

Por isso, trôpego e com os pés ainda se ajustando ao chão, me levantei e busquei de onde vinha o barulho, fazendo continência e tentando sobreviver com os olhos abertos.

Demorou mais alguns segundos para eu perceber que era o meu celular tocando e não um general querendo revistar nossas camas. Peguei ele ainda meio torpe e atendi o número desconhecido, a cabeça ainda anuviada tentando lembrar o que era de importante que eu precisava lembrar que havia acontecido naquele dia, ou até mesmo que dia que era, mas sem sucesso.

― Alô? ― Respondi grogue.

― Senhor Rashid? ― Uma voz grave e seria me perguntou. Apertei os dedos sobre a têmpora tentando controlar a porcaria da dor de cabeça que ameaçava tomar conta de mim.

― É ele. Quem gostaria? ― A voz respirou fundo.

― O senhor está sendo intimado a um acordo na delegacia. Se não comparecer nas próximas 2 horas, será preso.

― O que!? ― Arregalei os olhos completamente confuso. O que diabos?

Como de uma noite para a outra eu apareceria preso?? Eu não tinha feito nada que desse indícios de tamanho disparate.

Por mais que eu me esforçasse, talvez porque tinha acabado de acordar, minha mente não me trazia nenhuma resposta.

― É isso mesmo que ouviu. Estaremos no seu aguardo no endereço deixado em mensagem. ― E desligou. Simples assim.

Fiquei encarando o telefone e o endereço como se um alien estivesse no lugar do meu celular. Minha cabeça doía para caramba, o que significava que ontem tinha sido um dia que eu tinha saído para beber.

Fiquei encarando o celular por mais alguns segundos enquanto os pensamentos se clareavam e eu percebia a besteira que tinha cometido na noite anterior.

― Ai caramba... ― Consegui dizer batendo na minha cabeça e em seguida esfregando o rosto com as mãos sem acreditar nas minhas idiotices, sempre que eu bebia. ― O que eu fiz, caramba?

E cada vez mais que a imagem da noite anterior se formava na minha cabeça, mais eu tinha certeza de que tinha sido um idiota.

Para variar.

 Para variar

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