15: segredos pesados demais para se esquecer

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AVISO: é possível que você esteja lendo o capítulo 15 antes do 14. O Wattpad acabou bugando a ordem desses dois capítulos, então peço que, antes de começar esse capítulo, tenha certeza de que já leu o "14: uma pausa para as idas e vindas de um domingo".

 O Wattpad acabou bugando a ordem desses dois capítulos, então peço que, antes de começar esse capítulo, tenha certeza de que já leu o "14: uma pausa para as idas e vindas de um domingo"

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Quando o dia de segunda-feira aproximou-se, Margareth levantou de sua cama ansiosa e decidida.

Seria o momento perfeito para, enfim, contar à princesa sobre o que ela escutara a seu respeito, pois Gabrielle ainda não havia voltado de sua viagem misteriosa e Sienna parecia ter muito menos tarefas do que houvera no sábado. Como tais tarefas pareciam ser a única coisa que impedia as duas de ter uma conversa a sós, a dama imaginou que suas dificuldades houvessem, enfim, cessado.

Mas é claro que ela não podia estar mais errada.

Marga encontrou senhorita Bolgart logo pela manhã, quando a mesma estava a caminho de suas aulas diárias com o sr. Mendraud. Ali, ocorreu sua primeira tentativa de conversa, mas a princesa não parecia estar afim para ouvir qualquer coisa dita pela dama, pois, de acordo com ela, "estava muitíssimo atrasada e precisava correr para chegar a tempo".

Após o fim da aula, ambas caminharam lentamente de volta aos aposentos da princesa, enquanto a mesma fazia um monólogo nervoso no qual as flores e o "belíssimo dia" eram o principal assunto. Margareth ainda tentou interrompê-la, uma vez ou duas, mas a princesa, por algum motivo, parecia inquieta demais para calar-se por um só segundo.

Sua última tentativa ocorreu quando as duas já estavam acomodadas nos sofás do quarto de Bolgart. Sienna lia um livro, quieta como uma pedra, movendo apenas os seus pequenos olhos castanhos conforme avançava as páginas, de lá para cá, de cá para lá. Marga, por sua vez, não prestava muita atenção no livro, pois carregava o peso dos segredos que desejava libertar.

— Há algo de errado comigo, senhorita Allboire? — indagou a princesa, impaciente, sem ao menos retirar seus olhos do livro.

— Como? — gaguejou Margareth, surpresa com a fala.

— Está a encarar-me há dez minutos. — Ela não movia um músculo, como se afastasse seu contato com a dama a todo o custo. Fazia isso muitíssimo bem, pois sua voz não mostrava-se nem um pouco simpática. — Isso está atrapalhando minha leitura.

— Desculpe. — A morena engoliu em seco. — Não há nada de errado com a senhorita, alteza.

Sienna respirou fundo, levantou seus olhos e focou-os no rosto inquieto da dama. Margareth estremeceu com o fogo direcionado em si. Ela era capaz de dizer que algo afligia a princesa. Apesar de sua face salpicada lançar à garota um olhar irritado e profundo, Marga, ainda assim, sabia que o que a irritava ia além de umas simples encaradas recebidas. Era algo mais.

E, de fato, era. Algo que senhorita Bolgart também andava escondendo.

— Pois bem — a ruiva bufou, fechando o livro e endireitando-se em seu assento. — Já que não parece estar interessada em sua leitura, preciso que faça algo para mim.

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